III -

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- Hmmm... – Alex apertou os olhos e colocou a almofada em cima de sua cabeça, para abafar o barulho do despertador.

Ela esperou o toque acabar, mas ele era insistente, não iria parar enquanto ela não o desativasse. Por fim, logo após uns poucos minutos estendeu o braço e bateu na mesinha com a mão algumas vezes até sentir o celular na superfície. Alex o pegou e olhou a tela brilhante.

9h05.

Ela piscou uma vez e chupou o ar fortemente com a boca. Lembrou-se o porquê deveria ter acordado as 9h00.

Levantou-se rapidamente e catou sua bolsa, lá pegou uma calcinha que sempre guardava de reserva e foi para o banheiro.

Tomou um banho rápido e escovou o dente que deixava de reserva no banheiro de visitas. Colocou o short jeans e camiseta branca que usara ontem à tarde, antes de ir para o trabalho. Elas estavam descartadas em cima do cesto de roupas e as vestiu. Calçou suas botas e jogou a jaqueta preta por cima dos ombros. Saiu correndo pela sala parando apenas para pegar a carteira dentro da bolsa.

Seryn estava ouvindo a movimentação de dentro do quarto, a garota murmurava algumas coisas, evidentemente com pressa. Sua dor estava mais administrável, mas ainda estava se sentindo fraca, só pediu silenciosamente para que Alex não demorasse com os animais.

A vampira olhou em volta, o quarto estava escuro, porém através das frestas das portas a luminosidades do sol era possível ver alguma coisa. Ela virou a cabeça para o lado e viu um pequeno abajur de bambu em cima do criado mudo e o acendeu, mas algo curioso ao lado do abajur chamou sua atenção.

Um porta-retratos transparente com armações pretos simples.

Nela haviam 3 pessoas sendo uma delas uma criança.

Um homem de meia idade com um sorriso bondoso nos lábios, com cabelos ruivos e cavanhaque.

Uma mulher com um sorriso largo como se estivesse gargalhando, seus cabelos eram louros, seu nariz arrebitado e seus olhos eram coloridos, um azul e o outro castanho.

Como as de Alex.

E a terceira pessoa era uma criança, ruiva, com os olhos coloridos, presa no colo da mãe. Ela deveria ter mais ou menos 5 anos.

Sua salvadora.

Seryn virou o porta-retratos e viu um pequeno texto escrito com uma caligrafia pequena e redonda.

As ameaças sempre serão constantes, mas sempre estaremos com você, nossos espíritos viverão junto a você.

Sinto muito, por você enfrentar o mundo sozinha.

Você é o nosso Sol, Alex.

Amamos você.

Mamãe

– 1994

Alex era órfã?

A vampira se perguntou, colocando novamente o porta-retratos no criado mudo.

Uma humana excêntrica sem família por perto, Seryn achou que a vida de Alex não tinha sido fácil.

Sua pele latejava constantemente, Seryn fechou os olhos tentando administrar o que estava sentindo. Ela não poderia dormir, vampiros não podiam dormir, mas ela resolveu relaxar e esperar Alex.

Alex abriu a fresta da porta do quarto com muito cuidado, para que a iluminação não entrasse. Estava com uma caixa de papelão media nas mãos e lá dentro havia 3 ratos brancos.

O Beijo da Morte (Romance Lésbico) DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora