6. Não espere por mim

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"Seu olhar nunca será para mim... Seu sorriso jamais serei eu o motivo dele..."

Vesti uma blusa de frio e coloquei um cachecol vermelho em voltado do pescoço sentindo-me sufocada com tantas roupas, apenas assim poderia manter meu corpo aquecido.

Me encarei no espelho por alguns instante imaginado que parecei uma bolota pálida com uma faixa vermelha de presente.

Suspirei derrota pegando meu caderno de anotações e minha câmera na escrivaninha.

— Nina. – disse papai ao abri a porta do quarto — Vai sair, querida?

— Sim.

— Tome cuidado e nem pense em entrar na floresta. – ele me encarou.

— Não se preocupe, não irei.

— Não se atrase para o jantar. – disse papai sorrindo.

Assentir passando por ele.

— Conseguiu criar algo? – quis saber papai me seguindo pelo o corredor.

— Ainda não. – me limitei — Mas irei.

O olhei fingindo animação. Papai não precisava saber o quanto tem sido difícil para mim criar até mesmo um paragrafo.

— Sei que vai. – ele sorriu e bagunçou meu cabelo — Minha filha é um gênio, acredito em você.

Esbocei em meu rosto um sorriso animador e arrumei meu cabelo.

— Não esqueça do jantar. – lembro-me papai antes que pudesse fechar a porta atrás de mim.

Senti a brisa fria em meu rosto fazendo-me soltar ar dos meus pulmões e a fumaça branca flutuar próxima ao meu rosto.

Abri o caderno vendo a lista que havia feito para o trabalho de literatura.

Caminhei em direção a floresta parando o mais próximo possível. Por um momento pensei em como ela podia me enfeitiçar de tal maneira que fazia-me querer mais que qualquer coisa retorna a ela e senti sua brisa suave em meu rosto e respirar seu ar repleto de variedades de essenciais os quais deixavam-me fascinada.

Balancei a cabeça na tentativa de afastar qualquer pensamento relacionado a voltar a floresta.

Liguei a câmera e procurei por um bom ângulo para minha primeira foto do trabalho.

Parei olhando fixamente para um certo ponto que parecia-me familiar, trazia recordações de uma tarde da qual desejava que tivesse sido apenas um sonho.

Meu coração bateu mais forte e minha respiração ficou mais rápida enquanto minha mente lembrava-me o quanto Black tinha a pele quente e como seu perfume que por varias vezes invadiu meus pulmões era viciante fazendo-me principalmente desejar torna a senti seus braços em volta do meu corpo trazendo a sensação de que estava segura e que encaixava-me perfeitamente a ele...

— Ninabelly? Nina? – ouvi a voz de Quil trazendo de volta a realidade.

— Quil... Ah, oi. – o olhei levemente assustada.

— Se assustou? – ele me olhava risonho.

— Estava distraída. – sorri amarelo —Me desculpa.

—Tudo bem. – ele riu — O que estava fazendo?

— Tirando algumas fotos para um trabalho. – expliquei ao olhar minha câmera.

— Ah, sim. Quais já tirou? – quis saber Quil olhando para a câmera.

— Apenas essa. – mostrei sem graça.

Quil pegou a câmera para que pudesse ver melhor.

— As fotos tem que ser apenas dessa arvore? – quis saber ele.

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