[1]

6.8K 428 7
                                    

P. O. V. A. U. G. U. S. T. O

Estou paralisado no lugar aquela mulher não era a quem eu havia deixado a três anos atrás, seus cabelos longos agora se resumiam até os ombros seu rosto estava mais maduro e com pequenos cortes, sua pele não era mais tão delicada quão antes, seus traços gentis e sorriso angelical agora tava espaço a traços amargurados e um sorriso debochado.

— O que está fazendo aqui? — Ela pergunta novamente quando não obtém resposta vem até mim e pega Pietro no colo e puxa Lorennzo pela mãozinha.

— E..eu bem vim falar...descobrir quem....

Não consigo nem sequer formular uma frase diante dela, ela sorri de algo que não entendo, nessa hora os meninos chegam e paralisam vendo nós dois.

— Está tudo bem aqui? — Matheus pergunta e ela apenas concorda com a cabeça.

Ela se vira para Diogo e fala alguma coisa que não entendo, ele abaixa a cabeça e concorda como se fosse uma ordem.

Ela se vira novamente para mim e Diogo pega os meninos saindo com eles da sala.

— Para onde ele está levando eles? — Dessa vez sai alguma frase.

— Não te interessa. — Ela responde cruzando os braços. — Ainda não me disse o que está fazendo aqui?

— Sim, me interessa sim, porque se são seus filhos também são... — Ela me repreende apenas pelo olhar.

Ela tinha mudado muito..

— Bom se não irá dizer, fique a vontade mas precisa trabalhar, vamos Matheus. — Ela começa a andar e sigo ela e Matheus de longe.

Vejo ela entrando na sala do chefe sem nem sequer falar com aquela "secretária" entro ligo atrás.

— O que está fazendo aqui? — Matheus me pergunta e tenho ódio de quem me pergunta.

— Bom estou aqui para saber quem pegou meu... — Então vejo ela sentada na cadeira atrás da mesa do chefe mexendo no computador.

— Você? Você é a pessoa que roubou meu lugar? — Pergunto a ela que nem sequer me olha continua olhando para o computador.

— Esse lugar aqui é meu por direito e bom se puder se retirar da minha sala. — Ela estava sendo tão má comigo.

E eu merecia mais ela não consegui nem me olhar nos olhos enquanto estava sendo rude comigo e esse era o pior tipo de pessoa.

— Matheus saia da sala eu preciso conversar com ela. — Falo agora um pouco mais alto chamando até a atenção dela.

—Não fale assim com ele. — Ela me repreende.

— Ele é meu irmão e falo assim com quem eu quiser. — Apoio minhas mãos na sua mesa e olho no fundo dos seus olhos azuis.

Eu não conseguia mais decifrar seus sentimentos e nem conseguir achar rastro da pessoa que eu amei.

Ela respira fundo como se quisesse se controlar para não fazer algo doido.

— Só saio daqui quando conversamos. — Falo por fim, ela olha para Matheus e lança um olhar ele concorda e sai da sala.

Eu volto a ficar em pé e assumo uma postura ereta, ela se encosta na cadeira e me analisa faço o mesmo.

Como não pude perceber assim que entrei na sala pela primeira vez tudo ali estava bem na minha frente.

Na mesa possui papéis com seu nome uma foto dos meninos, o nome dela em uma placa.

Sra. Montenegro

Pelo menos ainda usava o nome de casada.

— Anda se quer saber de algo então faça suas perguntas não tenho o dia todo... — Ela quebra o silêncio.

— Você mudou bastante.. — Comento e ela sorri ironicamente.

— Sério? De tantas coisas a se falar é isso que tem para dizer? — Eu não estava mais suportando sua indiferença.

— Para de ser uma vaca malvada, eu estou tentando conversar com você.

Ela arregala os olhos mas depois volta a sua posse natural, ela se levanta e apoia as mãos na mesa seu rosto está a centímetros do meu.

— Eu vaca malvada? Augusto eu te esperei por três anos, eu pedi a Deus todos os dias para que você voltasse mas você não voltou...

— Eu posso explicar...

— Eu não quero a droga das suas explicações, eu segui em frente Augusto e estou muito melhor sem você eu e MEUS filhos, porque quem cuidou, quem passou noites sem dormir preocupada fui eu e não você.

— Tina.. — Eu tento falar mas ela não deixa.

— Para você é Valentina e eu quero que sai da minha sala agora e não volte mais aqui.

— Me desculpa...

— Elas não me servem mais. — Ela volta a se sentar.

Eu sei que eu deveria insistir, mas não posso, não agora...

Saio da sala e encontro Matheus conversando com a secretária ele me olha e só de me ver parece entender tudo.

— E aí como foi? — Ele se aproxima de mim.

— Ela mudou... — Digo ainda sem rumo.

— Não Augusto, você a mudou.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
DEIXE SUA ESTRELINHA 🍀🆙

Um Novo Recomeço ( SEGUNDO LIVRO )Onde histórias criam vida. Descubra agora