Capítulo 1

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                                                               #TAYLER WALKER

Não era eu no sonho e sim outro garoto, ele parecia sofrer parecia sentir falta de alguém e aquele sentimento de saudade parecia não faze-lo bem. Pelo seu semblante os fatos da vida pareciam não ajudar, queria poder ajuda-lo, como posso ajudar alguém de um sonho qualquer?

Ele segurava algumas fotos e parecia querer rasga-las, não consegui ver o rosto das pessoas nas fotos em sua mão, eles as olha novamente e parece ainda querer rasga-las, porém algum sentimento não o deixa fazer tal ato, pois seus olhos se enchem de lágrimas e ele a joga no chão, ele põe a cabeça entre os joelhos ainda chorando, quando levanta a cabeça me dou conta que estar novamente com as fotos em suas mãos, quando ele faz o movimento para vira-la consigo enxergar melhor a fotografia, chegando a conclusão que são dois garotos. Quando vira toda a fotografia noto então a data posta nela e é do futuro. Ao repetir novamente o movimento ele se encontra agora olhando para o rosto dos dois, é nessa hora que ele começa a alisar a foto, novamente seus olhos se enchem de lágrimas. Pelo jeito que ele se comporta ao olhar para a foto chego a conclusão que um desses garotos seja um pessoa importante em sua vida, e que algo pode ter acontecido com eles para o deixar assim, novamente sinto vontade de ajuda-lo. - Acordo atordoado depois desse sonho estanho com uma pessoa que não sei quem seja, ainda é noite aqui nos Estados Unidos, mais acho que no Brasil não seja o mesmo horario, quero falar com Italo a respeito disso, espero que como eu ele tenha tido esse sonho estranho, pois não quero compartilhar desse sonho sozinho.


                                                             #ITALO FADEL

Eu vejo um garoto.

Pequeno e de olhos claros.

Ele está sentado no banco de trás de um carro, olhando fixamente para uma mulher, que sorri para ele e lhe manda um beijo de longe.

Eu não sei quem ele é, mas tenho certeza de que não sou eu.

Eu apenas o assisto admirar a mulher à sua frente.

Ela conversa com um homem alto. Ele parece poderoso, mas ainda sim familiar à eles.

Estou longe demais para ouvir a conversa baixa deles e há alguma película invisível, alguma barreira, que me impede de avançar.

Parece ser uma conversa séria, os dois se alteram em algum momento e a mulher entra no carro batendo a porta com força.

Ele entra e continua a discussão.

- Você nunca está presente, eu já cansei disso! - Ela grita segurando as lágrimas que visivelmente teimam cair - Quer saber? Vá embora da minha vida de vez e leve tudo. Eu só quero o meu filho - Pede.

- Não seja precipitada está bem? - Ele tenta segurar uma mecha de cabelo dela, mas a mesma não permite - Eu sei que eu tinha prometido essa viagem em família. Mas... Você sabe como é o meu trabalho! - Ele vira o rosto para o lado da janela - Eu não tinha que explicar isso pra você, já te disse tantas vezes.

- Eu não posso mais com isso. - Diz saindo do carro e abrindo a porta de trás para pegar o menino, que observa a discussão não entendendo nada - Não consigo pensar meu futuro com um homem que coloca a família em segundo lugar - Conclui com a voz embargada.

No instante em que a mulher fecha a porta de trás do carro, já decidida a entrar em casa, tudo se limita a um som estrondoso é uma enorme onda de calor meio esbranquiçada.

Assustado, tento me aproximar, sem sucesso. Não se vê nada, tem fumaça em todo lugar.

Passam alguns segundos e quando ouço a sirene de bombeiros, a camada que me impedia de se aproximar some, permitindo-me aproximar.

O carro explodiu. Talvez o motor estivesse com algum problema, não sei. Grande parte da casa agora são apenas cinzas. E quando a fumaça some aos poucos no ar, olho para o carro, sem esperanças de encontrar algum corpo vivo.

Sinto uma náusea percorrer por mim. Não faço ideia do que está acontecendo, isso me perturba. Eu não sei onde eu estou, eu fui impedido de ajudar de alguma forma essa família. E ao mesmo tempo eu poderia ter morrido.

Céus, eu pensei que fosse um sonho! Mas é tudo tão real. O cheiro, o toque, a minha presença aqui.

Meus pensamentos são atrapalhados pela cena que vejo a minha frente: a mulher e o garoto, que aparentam ser mãe e filho, estão intactos, apenas desacordados.

- Isso não pode ser real.

Consigo tocá-los agora, e ajoelhado, sinto as pulsações. Ponho as duas mãos no rosto, esfregando freneticamente. Isso é sobrenatural, inumano. Isso _tem_ que ser um sonho. Procuro pelo homem. Mas não vejo nada a não ser pó.

Eu vejo colocarem na maca a mulher e o garoto e não faço nada, eles não parecem notar minha presença. Meus lábios estão secos, minhas mãos geladas. E eu não penso em me hidratar ou na temperatura. Só quero acordar desse maldito pesadelo.

Então vejo a luz.

Os Vistas : A Guerra das Três Nações ( #oscarliterário2017 )Onde histórias criam vida. Descubra agora