Capítulo 29

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Dentro do pacote havia um Jardim Zen, com areia, pedrinhas e garfo pra espalhar a

areia, muito bonitinho e de bom gosto, aposto que foi idéia da Millena, ela que adorava

essas coisas, nisso tínhamos em comum, gosto por coisas orientais. No caminho o Daniel foi dirigindo, eu fui dormindo no banco do passageiro, pois estava muito cansado e com um pouco de dor de cabeça, quando acordei já estávamos no estacionamento do prédio, nem vi o tempo passar. Deixamos o carro na garagem e subimos.

- Não via a hora de chegar em casa...

- Eu também...

- Beijar essa sua boca... Tocar nesse corpo gostoso...

Fomos nos beijando ali na sala mesmo, era tão bom quando isso acontecia, o Daniel

tinha um fogo insaciável, uma vontade de sexo que despertava com um simples toque na perna, uma piscada de olho, até mesmo com o aroma do perfume. Ele me abraçou e foi me beijando, ao mesmo tempo caminhando de encontro à parede me tornando seu refém, me arrepiei quando minhas costas peladas encostaram naquela parede gelada, ele adorava me prender na parede com seu corpo definido e pesado. Suas mãos passavam pelo meu corpo como um trem sobre trilhos, beijos ardentes, calorosos, selvagens, em pouco tempo já estávamos nus na sala, completamente despidos, ele me pegou no colo e me levou para o quarto onde demos continuidade de onde havíamos parado.

O Daniel era muito paciente, carinhoso e muito bom de cama, fazia sexo como ninguém, todas as noites que estávamos juntos nós fazíamos, à tarde, de manhã, não tinha hora para nos amarmos, mas o mais importante disso tudo era o amor que sentíamos um pelo outro.

Antes de ir tomar banho vesti uma cueca, fui até a área de serviço ver a Dani, estranhei que ela não havia ido até a sala me ver quando eu e Daniel chegamos. Ascendi a

luz da cozinha e vi que o chão estava todo vomitado, passei pela cozinha na ponta dos pés e fui até a caminha da Dani, notei que ela estava deitadinha com a língua pra fora e

respirando com dificuldade, na hora gritei pelo Daniel que veio correndo ver o que estava acontecendo, nunca a vi daquele jeito, já comecei a chorar de desespero e medo de perder minha melhor amiga:

- Daniel... Daniel... Corre aqui...

- O que foi, Bader?

- Olha a Dani... O que ela tem?

- Ela está estranha...

- Dani... Fala com o papai... Dani, olha pra mim... Ela não olha pra mim, Daniel...

Dani... Não faz isso comigo Dani, não morre filha... Reage Dani...

- Calma Bader...

- Ela está morrendo, Daniel...

- Vou vestir uma calça e uma camisa, pega ela e vai descendo até o carro, vamos

levá-la até um veterinário...

- A essa hora?

- Eu tenho um amigo veterinário, vamos até a casa dele...

- Vou colocar uma roupa, não posso sair só de cueca.

Corri até o quarto e vesti uma roupa, na verdade eu vesti qualquer coisa que vi na

frente, não queria perder tempo com detalhes, pois era a vida da minha cachorra que estava em risco. Descemos até o estacionamento, eu segurava a Dani nos braços e chorava de medo de perde-la, ela estava molinha, cabeça um pouco caída, respirando muito pouco, um pouco suja de vômito, o Daniel abriu a porta de trás do carro pra mim, entrei no carro e fui no banco de trás mesmo, com a Dani deitadinha no meu colo, às vezes ela gemia e aí eu já ficava histérico.

Meu petit ( romance gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora