Daniel Shaw entre mundos

Capitulo VI

Em Las Vegas, Caim se divertia como os humanos, fazendo pactos com diversas pessoas desesperadas por dinheiro, festa e luxuria ele alimentava o ainda mais do pecado presente na cidade.

Enquanto seus servos procuravam pelo menino perdido. Ele estava aproveitando mais um dia em um cassino há procura de humanos que quisessem poder.

- Esses humanos, são tão idiotas – disse ele rindo para si mesmo – escorias do mundo, fazem pactos a troco de papel.

Enquanto fazia seu drink no bar como sempre fazia na parte da manhã.

Subitamente foi levado a outro lugar, era fétido, mistura de enxofre com cadáveres apodrecendo. Além de um calor insuportável que derreteu seus sapatos e começou a queimar suas roupas, ele estava uma sala cheia de corpos que se contorciam e gritavam de dor, estavam todos sem pele a cena era tão horrenda que até mesmo ele se repudiou.

- Sofrimento eterno, é isso que acontece com almas ruins – disse uma voz bem conhecida.

- Baltazar meu grande amigo, como está aqui no inferno? – Disse em tom de deboche, em sua frente estava um ser que parecia um humano, contudo seus olhos eram negros como a noite, seus chifres eram grandes e entortavam dando-lhe uma aparência de um bode – Caim riu disso internamente – para completar a aparência estranha ele tinha um rabo pontudo que se movia conforme o demônio andava.

- É bom se lembrar com quem está falando seu condenado – disse Baltazar segurando o pescoço de Caim com tanta força que o mesmo ficou sufocado, olhou profundamente nos olhos dele e o soltou – Eu confiei em você para encontrar o garoto, contudo você só me decepcionou seu imundo.

- Não sou seu condenado, você não me dar ordens

- Não dou ordens, mas posso lhe mostrar o verdadeiro inferno – disse o demônio se transformando em uma forma mais humana.

Caim engoliu seco e somente disse:

- Ainda não encontrei o garoto, graças a um dos condenados de sua irmãzinha, que deu mais poderes a ele com isso ele o está protegendo com uma magia muito forte.

-Não zombe de minha irmã, ela já está recebendo o castigo que merece

- Olhe só está com dó da irmãzinha vagabunda

- Não fale de minha irmã - disse o demônio voltando ao seu estado anterior- eu lhe darei mais poderes e dois cães infernais, contudo você tem cinco dias para me dar novas notícias sobre o garoto senão eu mesmo o colocarei no caldeirão de fogo.

Diga o encantamento: "Lucifer, potestatem dedit mihi de filio eius"

Baltazar respondeu: "Et dabo tibi filium potestatem adão"- se cortando logo em seguida e oferecendo o braço a Caim.

- Está de sacanagem, não é? – Disse Caim indo em direção ao braço e sugando o sangue.

Enquanto ele bebia o sangue Baltazar ria do condenado.

Entao os dois disseram ao mesmo tempo: "hoc ita faciat, et sic adimplebitis"

- Pronto você tem mais poderes, os dois cães estarão ao seu comando basta lhes pedirem que eles procurem o garoto, lembre-se precisamos dele vivo.

- E quanto a Gabriel? Acho que ele está com o garoto

Baltazar parou e pensou alguns minutos.

- Faça quantos soldados da sombra forem precisos, distraia o e me traga o garoto, não quero que um anjo atrapalhe todo nosso plano.

- Está bem eu irei fazer

- E lembre-se cinco dias ou irá arder no inferno.

Dizendo isso Caim estava novamente no bar, preocupado com a situação.

- Já fazem cinco anos que estou aqui e nunca mais tive notícia desse garoto, agora tenho cinco dias ou irei voltar para aquele inferno.

- O que disse senhor Caim? – Disse a garçonete que sempre lhe atendia.

- Nada não minha linda, e você como vai? – Disse ele em um tom cortes. Ali estava uma alma que ele queria alguém que ele queria muito controlar.

Estou bem – respondeu ela com um sorriso – que mal lhe pergunte, o que o senhor faz da vida? O que você está fazendo em Vegas? Vive aqui a tanto tempo e só o vejo no cassino deve ser muito rico – disse ela com um sorrisinho de lado

- Tenho negócio de alto risco e meus contatos ficam aqui nesse cassino – disse ele chamando ela mais para perto e falando em seu ouvido – Estou em missão especial que não posso falar é muito secreto.

- E como está indo essa missão?

- Não muito bem, não tenho tido tanta sorte, mas recebi um incentivo acredito que logo ela estará concluída – disse ele com um sorriso no rosto – me dê outro copo do seu melhor whisky.

Ela preparou o whisky e entregou a ele.

Enquanto bebia ele sentiu.

Era um poder tão forte que podia ser sentido de longe.

Ele se concentrou para tentar encontrar de onde vinha aquela onda de força. Ele sentiu que a força vinha do Leste, mas estava ficando mais fraca, então ele conseguiu achar a localização, antes que pudesse chegar mais perto a onda sumiu.

- O que foi Caim o que é essa felicidade toda? – Disse a garçonete sorrindo.

- Parece que a sorte sorriu para mim minha querida – disse ele sorrindo – por acaso você tem um mapa do país aí?

- Claro – disse ela apontando para um grande quadro na parede do outro lado do cassino.

- Obrigado.

Ele se levantou foi até o grande quadro, pegou o celular e ligou.

- Jack, aqui é o Caim junte seus meninos e vai para um estado chamado Pensilvânia senti uma onda muito forte vindo de lá. Há e outra coisa também lhe enviarei dois cães infernais para ajudar na busca. Quero que achem o mais rápido possível o garoto. Procurem em cada cidade, em cada casa, não importa o que precisarem fazer, mas não chamem muita atenção não quero aquele maldito anjo atrapalhando.

Ele ouviu o que o outro dizia.

Não eu não vou com vocês agora tenho assuntos a tratar – disse ele olhando para a garçonete - eu estarei indo quando vocês o encontrarem e também não quero que Gabriel sinta minha presença. Se precisar de mais soldados me ligue eu enviarei mais sombras da noite, façam isso imediatamente.

Desligou o telefone e se dirigiu ao bar novamente.

- Parece que logo irei cumprir missão minha querida dama- disse ele a garçonete

- Então, não nos veremos mais?

- Provavelmente não

- Que pena, só por que gosto de sua presença – disse ela lançando um olhar de interesse – talvez pudéssemos comemorar sua partida hoje, o que acha?

- Acho que seria um prazer – disse ele beijando a mão da moça.

Quando ele a beijou, ela sentiu um extremo prazer. Ela sentiu mais desejo em tê-lo para si, um jeito carnal tão profundo e intenso como nenhum homem a havia feito sentir.

Ela sorriu saiu de trás do bar e o acompanhou para o hotel do cassino.