Capitulo 2

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Peguei na minha pasta e levei-a para o quarto. Tirei o telemóvel do bolso e liguei a uma das minhas melhores amigas. No ecrã do telemóvel aparecia “a ligar a Lizzie”, mas sabia que não conseguia falar com ela por telemóvel, é um assunto demasiado duro para ser falado por telemóvel. Ao segundo toque Lizzie atendeu, e como sempre com a sua boa-disposição saudou-me de forma alegre.

*Chamada on*

-Heyy Aggie!!

-…….-tudo o que se ouvia era o soluçar do meu choro.

-Aggie?? Estás bem??- notei a preocupação na sua voz e tentei responder-lhe.

-Lizz……Não!-consegui proferir.

-Eu vou já para aí!!- disse ela apressando-se a desligar o telemóvel.

Assim que desligou, ”larguei-me” no chão, junto á cama a chorar.

“Porquê?” era única coisa que rolava na cabeça. Lizz chegou, e muito apressadamente me abraçou. Não sei como entrou, pois não me apercebi da campainha tocar.

-Aggie, o que se passa, porque é que a tua mãe está a empacotar as coisas?-diz arregalando os olhos.

-Lizz a minha mãe quer ir embora!-disse agarrando-a com a maior das minhas forças.

-Mas porquê??

-Eu não sei…Ela não me diz!!

Fiquei ali um bom bocado com ela. No relógio marcavam já 18 horas. Lizz já tinha ido embora, os meus amigos, os verdadeiros, já sabiam de tudo. A Lizz era muito boa amiga, mas era uma desbocada de primeira! Fiquei ainda mais triste ao ler as mensagens que me mandavam. Desci para jantar, já tinha arrumado, contra a vontade, a minha roupa toda e a maior parte das coisas que tinha no meu quarto.

Na mesa estava já o meu irmão mais velho Nathan, ou como ele preferia Nath, a minha mãe e a minha irmã mais nova, Abigail, ou como nós a tratávamos, Abby de 23 meses. Sentei-me á frente da minha mãe, a minha irmã encontrava-se ao meu lado e o Nath estava entre a minha mãe e a minha irmã. O nosso pai(meu e do Nath, a Abby era adoptada), não vivia connosco, visto que ele e a minha mãe se separaram quando eu muito pequenina. Nunca soube a verdadeira razão, mas também nunca tive o interesse de saber, tal como ele nunca quis saber de mim. Quando era mais pequena, mais ou menos 4/5 anos, eu ficava uma pouco triste, porque no dia do pai todos os meninos da minha sala do infantário faziam a prenda para o pai e atividades com ele. Era a única menina, que nesse dia ficava a olhar para os outros, imaginando ter um pai para também poder fazer o que eles faziam. Imaginava também, como nos filmes em que os pais levam as filhas que adormeceram no sofá, para a cama e a seguir as cobrem com o beijo caloroso e prolongado no rosto. Não podia queixar-me de falta de carinho por parte da minha mãe, mas um pai, é sempre um pai.

Começamos a comer, e visto que toda a gente estava calada decidi prosseguir com a conversa.

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Espero que gostem!! Beijinhos ;)

Awkward LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora