Meu Lado Oculto

Capitulo 6 [Parte II]

Boa Leitura !

Fernanda de Couto

Eu estava radiante hoje. Finalmente depois de muito tempo vou poder dormir fora de casa e consegui curtir a noite com as minhas amigas e a Carla. Finalmente as regras da minha mãe acabaram, meio tarde porque logo mais vamos nos formar e entraremos na faculdade, mas é como dizem: "antes tarde do que nunca".

As meninas querem fazer uma social na casa da Pri para comemorar e toda a galera vai pra lá. Minha mãe se animou tanto com isso que ate resolveu me ajudar a encontrar uma roupa decente pra ir, ela sabe que a menina que eu gosto vai estar lá e mesmo sem saber quem é a menina, ela me apoia em tudo. Eu sei que se ela soubesse que é a Carla ela amaria do mesmo jeito, mas o medo de se assumir para a família a impede disso. Eu ainda tenho meus medos, ela ainda não sabe, mas eu estive conversando com a Priscilla sobre isso e desabafei sobre não ter certeza dos sentimentos dela por mim. A Pri me disse para ter calma que logo o pedido acontece, mas eu não estou confiante assim que ela vá me pedir em namoro um dia, talvez quando ela terminar a faculdade e não depender mais do seu pai, mas eu não sei se vou aguentar esperar tudo isso.

Depois de escolher uma roupa legal com a ajuda de minha mãe fui para o banho. Lavei meus cabelos e fiz uma hidratação rápida, passei meu amigo e companheiro exfoliante de rosto e terminei meu banho com um óleo corporal. Sai e sorri para a escolha de roupa da minha mãe, me troquei rapidamente e passei uma maquiagem fraquinha. Deixei meu cabelo solto para secar naturalmente e passei um perfume que eu sabia que Carla amava, minha mãe entrou no quarto minutos depois de eu ter terminado de me arrumar e eu dei uma voltinha pra ela mostrando o resultado final.

- Você esta linda filha... – Sorri pra ela.

- Obrigado por escolher minha roupa... – Agradeci vendo que Carla amaria aquela saia.

- Eu imaginei que sua parceira tenha um fraco por saias, pela quantidade que você comprou mesmo não gostando... – Sorri e assenti com a cabeça.

- Bom, agora deixa eu ir que deve estar todo mundo me esperando na casa da Pri... – Beijei o rosto da mamãe e desci as escadas.

- Fernanda... – Escutei meu pai me chamar assim que coloquei minha mãe na maçaneta.

- Sim pai... – Disse me virando.

- Do que você vai para a casa da sua amiga ? – Perguntou.

- Acho que de ônibus... – Sorri pra ele que abriu um amplo sorriso e balançou uma chave nas mãos.

- Vá com o carro... Só devolva-me ele inteiro... – Sorri feliz e corri para abraçá-lo.

- Obrigado pai ! – Exclamei e ele sorriu.

- Divirta-se querida. – Assenti e sai de casa indo em direção a garagem.

Olhei o carro por um tempo sorrindo, eu passei meses aprendendo a dirigir e hoje com dezoito anos estava feliz de ter conseguido a minha carta. Apesar de ser provisória eu estou feliz de poder dirigir. Entrei no carro e dei partida enquanto abria o portão, depois de tirar o carro da garagem fechei novamente o portão e buzinei para meus pais na porta indo em direção a casa da Pri.

[...]

A frente da casa estava lotada de carro quando estacionei o meu do outro lado da rua. Travei-o e fui em direção a casa dela, fui recepcionada pela Leth que antes mesmo deu tocar a campainha abriu a porta da casa dando de cara comigo. Ela tinha um copo na mão provavelmente contento a mistura de energético com Whisky, um sorriso no rosto e uma vermelhidão na pele constando que ela já tinha bebido o suficiente por hoje.