Seu nome era simplesmente único. Era suave aos ouvidos, acalmava a alma. Poderia não acalmar a sua, porém a minha acalmou-se apenas de lê-lo. Não pude deixar de notar seu fone de ouvido violeta. Ontem ele havia vindo sem eles. Os sapatos estavam sujos, não a ponto de sujar o chão, apenas o tecido branco aparentava ter colidido com a lama.
Ele se dirigiu desta vez para o terror. Seria esta minha deixa? Sim. Mas resolvi ficar sentado no pufe e continuar minha leitura. Se for fazer, será ao fim do dia. Não quero estragar minha tarde de leitura.
A biblioteca ao meio dia estava completamente vazia, assim como meu estomago, não iria aguentar esperar mais, precisava por aqueles biscoitos de morango para dentro.
Dirijo-me à meu restaurante gourmet mais conhecido como terraço para apreciar essas maravilhas gastronômicas que o Marc faz.
O vento lá em cima estava bem gelado, chegava a queimar levemente o meu rosto às vezes. Em cima das montanhas no horizonte estavam mais cumulus nimbus. Pelo visto era uma convenção bem grande. Aquela visão dava a impressão de que elas estavam formando uma muralha, como se quisessem nos prender aqui, para sempre. Mas nada que um pouco de sal fizessem-nas chorar.
Sento-me em um dos bancos. Desta vez trouxe alguns biscoitos no bolso da jaqueta em um pequeno saquinho, iria comê-los com o café, iria deixar os outros para mais tarde.
A porta de acesso ao terraço abre e ele surge. Está com sua caneca de zebra, dela sai um pouco de fumaça, o café aparenta estar realmente quente, mas nada que uns minutos neste frio para que e o mesmo fique na temperatura ideal.
Ele dá uma volta pela a enorme árvore fake, toca em um dos seus galhos. Ele ri. Oh não querida árvore, ele descobriu seu segredo. Será que ele irá contar as outras?
Ás vezes imagino que a noite as árvores podem conversar entre si, justamente quando não há ninguém olhando, como se fosse a sociedade secreta das árvores. E acho que se as árvores de verdade soubessem que mesmo a grande macieira sendo verde e bonita, mas não sendo realmente uma árvore, a excluiriam.
Seria ótimo se isso apenas acontecesse na minha mente cheia de imaginação.
Ao redor do seu tronco havia um circulo com grama, esta por sua vez era totalmente real.
Ele me olha, dá um sorriso, e se vira para o pequeno apoio que há nas laterais do prédio, e ali fica observando a cidade. Coloco meu primeiro biscoito na boca. Ele parece extraordinariamente mais gostoso do que os de ontem.
Está vindo em minha direção.
AI meu deus.
Ele se senta ao meu lado.
- Linda vista não?
- Sim, belíssima – Ele aperta sua xicara com as duas mãos.
- Porém o frio atrapalha um pouco – completo.
- É a tempestade – ele aponta para as colinas – segundo o rádio serão dois dias de chuva e vento – ele dá uma olhada ao redor enquanto fala - dois dias sem vir aqui.
- Aceita um biscoito? – ofereço.
- Claro – ele tira um do saco, droga, logo o que tinha pedações de morango.
O silêncio constrangedor toma rédea do momento. Quero muito olhar seu rosto, mas a vergonha toma conta de mim, o máximo que consigo olhando para frente e ver seus longos – nem tanto - cabelos laranja balançando-se de acordo com o vento.
Uma garota com um livro de capa branca entra no terraço. Ele levanta-se e caminha em direção à árvore falsa.
- Nos vemos depois Heitor? – ele diz olhando para trás.
- Claro, nos vemos depois!
- Ah e a propósito meu nome é Toby.
Eu sei... eu sei.
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O Garoto da Biblioteca I Romance Gay
Любовные романыA biblioteca municipal é o abrigo de outono para Heitor, ele a considera um " Forte de livros", um local onde ele viaja através da leitura, se apaixona com os romances, se arrepia com o terror, seu sangue gela com os suspenses, se alegra com as comé...