O carro de Martin estava cada vez mais se afastando da cidade, Ana olhava para o relógio para saber quanto tempo eles estavam viajando pela estrada.
— Eu preciso ligar para minha mãe, avisar onde eu estou.
— Pode tentar.
Ela pega o celular e vê que não tem sinal, ele olha para ela, como se soubesse que aquilo iria acontecer.
— O que eu vou fazer agora? Minha mãe vai achar que eu fui seqüestrada.
— Meu pai já deve estar dando um jeito.
— Seu pai vai fazer o que?
— Meu pai vai usar um pouco de magia.
— Magia não existe.
— Existe. Só que você não quer acreditar. Você vive no centro de tudo e nem acredita. Avalon é o pilar de tudo, foi onde tudo começou.
— Avalon é só uma cidade esquecida.
Martins parou o carro, na entrada do que parecia uma fazenda.
— É aqui que vive a contadora de histórias?
— Não exatamente. Ela vive lá.
Ele apontou para floresta que crescia do outro lado da estrada.
— A contadora de histórias vive no meio da floresta, escondido de todos qualquer ser encantado que queira saber o seu conhecimento.
— Não seria mais fácil, ela viver em um lugar mais seguro, qualquer um poderia achar a casa dela.
— A floresta está cheia de magia e os guardiões vão impedir de qualquer de ferir ela.
— Que tipo de guardiões estamos falando?
— Você verá, fique ao meu lado, e nada acontecerá com você.
Desceram do carro e foram caminhando em direção a floresta, Ana escutava o som dos pássaros cantando, uma leve uma brisa no seu rosto e cheiro de ar puro tomava conta daquele lugar como se nunca alguém tivesse entrada ali.
A caminhada era suave por uma trilha, a medida que eles entravam cada vez mais fundo na floresta, ela sentia que alguma coisa estava espreitando eles.
— Você está sentindo?
— O que eu deveria sentir?
— A floresta está nos observando. Olhe para o chão.
Ela olhou para o chão e viu marcas de pegadas, as marcas deles na verdade.
— Estamos andando em círculo.
— Eu avisei você. A floresta sabe que eu sou e quais são as minhas intenções, mas ela não sabe qual é a sua.
— E agora vamos ficar preso aqui para sempre.
— Não. Vou chamar um amigo, um guardião que nos levará em segurança.
Ele assobiou, como se fosse um eco, a floresta respondeu.
Como se a floresta do nada tivesse dado vida, eles estavam ali parado, grandes lobos pretos, como grandes olhos vermelhos, mostrando os dentes afiados, pronto para atacar.
Ana lembrou a história da Chapeuzinho Vermelho.
— O que são eles?
— Nos somos lobos maus.
Um garoto saiu de traz da árvore.
— Seja bem vindo Princesa Ana. A contadora de histórias está esperando você.
— Luke quanto tempo?
— Já faz algum tempo Martín.
Ana percebeu um certo clima um pouco tenso entre os lobos e Martin, somente Luke se aproxima deles.
Os lobos foram entrando na floresta deixando somente eles.
— Existe algo tenso entre vocês?
— Eu pertenço a linhagem dos caçadores. Algumas criaturas mágicas tem medo de mim. Ele sentem o cheiro da morte me rodando.
Luke foi mostrando o caminho para eles no meio daquela floresta escura e sombria, e ele não se preocupava muito com a presença de Martin.
— As criaturas que estão desse lado tem um acordo artigo. A minha família só caça aquele que quebram as regras.
— Você é tipo a polícia do conto de fadas.
— Mais ou menos.
— Martin é uma ótima pessoa, ele me ajudou, quando eu era pequeno. A meu clã apesar de não acreditar muito nos caçadores tem vivido em harmonia com eles.
Um cheiro de biscoito toma o ar e uma casa aparece na frente deles, Ana fica impressionada com tudo, ela está se sentindo em um conto de fada.
— A contadora de histórias está esperando. Pode ir.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Modern Tales
Novela JuvenilAna sempre teve uma vida normal na pacata cidade de Avalon, a chegada de um novo aluno mudará o rumo da vida dela, quando ela descobre que ela é uma princesa, descendente da Branca de Neve que deixou uma difícil missão para o seu descendente, destru...