Capítulo 21

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PATERNIDADE

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PATERNIDADE

Entro no meu carro e respiro fundo algumas vezes na tentativa de me acalmar. Olho para o relógio no painel e marca sete horas da manhã. Eu não preguei os olhos desde ontem. Estou exausto.

Depois do fiasco de jantar com a Viviane eu não voltei para casa. Passei em um posto enchi meu tanque e comprei algumas barras de cereal e energéticos na loja de conveniência. Eu ficaria esperando até ela sair. E foi exatamente o que eu fiz estacionei meu carro em um lugar estratégico e aguardei. Em algum momento ela precisaria manter contato com os bandidos.

Já passava das duas da madrugada quando ela finalmente saiu. Segui seu carro a uma certa distância para que ela não percebesse e me dei conta que estávamos na rodovia perto da divisa de Rio Claro com Araras. A minha sorte foi prestar muita atenção em seu carro, pois ela entrou em uma estrada praticamente inacessível e visivelmente de pouco acesso, ela conduzia o carro tranquilamente como se pegasse esse caminho todos os dias. Seguiu até entrar em uma estrada de terra cercada de matos grandes, desacelerei e comecei segui-la com cautela.

A distância eu percebi que ela estacionou o carro e caminhou para um casebre praticamente abandonado. Desci do carro e liguei para a polícia avisando o que estava acontecendo e recebi ordens para não me aproximar do local. Desci entre os matos e me aproximei da casa. De fora eu consegui ouvir vozes alteradas. Esperei. Eu não poderia correr o risco de entrar e deixar as coisas piores. E eu me mantive assim até que eu ouvi.

Se eu fechar bem os olhos eu escuro os gritos desesperados da Letícia. Na hora eu sequer pensei corri em direção à entrada da casa e invadi com um chute na porta.

Lembro do olhar assustado da Viviane e de correr em direção a outra porta. Que cena horrível. Aquele homem infeliz em cima da Letícia sem as calças, honestamente eu nem mesmo sei como eu consegui parar, pois meu único intuito era matá-lo. Deus, que sentimento horrível quando a segurei em meus braços desacordada. Eu estava desesperado. Letícia tinha marcas vermelha nos braços e sangue escorrendo no canto dos lábios. Sem contar que sua bochecha estava vermelha indicando que alguém havia batido nela. Eu nem sei como consegui dirigir só sei que cheguei ao hospital em tempo recorde.

Nicolas me ajudou e me entregou uma camisa que ele usaria para treinar depois do plantão. Eu fiquei o tempo todo ao seu lado, só relaxei quando ela abriu os olhos. Só não esperava que ela fosse perguntar por um bebê que eu nem imaginava existir.

Porra. Eu já quis ser pai. Já imaginei como seria. Mas, eu não esperava que fosse acontecer dessa forma. Com a mulher que eu amo hospitalizada depois de um sequestro e tentativa de estupro. Essa notícia me pegou totalmente desprevenido.

Entro em casa e minha mãe corre na minha direção.

— Meu Deus, Bernardo. Como você faz uma coisa dessas com sua mãe? — ela me aperta entre seus braços pequenos — Eu quase morri do coração. Você sumiu a noite toda. Como a Letícia está?

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