Capítulo 5

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COMO SE COMPORTAR A PASSOS DO PARAÍSO

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COMO SE COMPORTAR A PASSOS DO PARAÍSO

Bernardo está comigo nos ombros, andando pela praça como se eu fosse uma criança. Sinto uma raiva tão grande que me desestabiliza. Eu juro que vou socar a cara dele quando ele me colocar no chão. Argh!  Desisto desse jogo idiota. Bernardo é imbecil demais. E no fundo eu sabia que não era uma boa ideia provocá-lo, mãe eu realmente não achei que ele faria isso. Pelo amor de Deus! Ficamos cinco anos sem qualquer tipo de contato. Ele não pode simplesmente chegar e se achar no direito de fazer o que tem vontade comigo.

Chegamos ao carro, e finalmente ele me coloca no chão. Eu estou ofegante e com a visão turva. Abro a boca para falar, mas minha voz traidora simplesmente não sai. Bernardo cola o corpo no meu e sua súbita aproximação faz minha raiva se dissipar em questão de segundos. Sinto os sentimentos que eu reprimi por todos esses anos voltarem com força total. Ah! Bernardo como senti sua falta. Droga! Eu não acredito que não deixei de amá-lo depois do que ele me fez e que e bastou aproximação para ruir com todas as barreiras que eu ergui para me proteger.

Bernardo abaixa o rosto a centímetros do meu e percebo que ele também respira com dificuldade. Vagarosamente aproxima a boca da minha orelha e isso fez com que eu sinta uma pequena pressão começar se acumular abaixo do meu ventre e a familiar humidade começar no meio das minhas pernas. Céus! Como conseguir manter minha virgindade intacta perto dele quando namorávamos? Eu simplesmente perco o controle sobre o meu corpo.

Não posso dizer que em cinco anos eu não tive nenhum envolvimento, mas depois do que aconteceu com Bernardo algo me bloqueava. Sim, eu fiz terapia. E estava trabalhando nessa questão em particular. Para minha terapeuta ser uma virgem na minha idade não é um problema. Existem pessoas que preferem esperar pelo momento certo. É uma questão de escolha e confiança. O problema é que eu não escolhi esperar, eu só não me sinto segura com ninguém para dar esse passo. E depois do que eu vi minha mãe passar e do que o Bernardo fez comigo eu sinto que só vou me machucar. Então, passei esse tempo todo não me permitindo mais do que alguns beijos e sexo é um assunto que ficou esquecido. Contudo, cá estou eu, presa nos braços do meu ex-namorado e pensando justamente em sexo. É conflitante. Bernardo é o homem que eu sempre amei, mas ele também foi minha maior decepção.

— Eu senti tanto sua falta. — ele suspira no meu ouvido e sinto meu corpo se arrepiando.

— Não. Eu não senti falta, porque tudo não passou de uma mentira. — resmungo e juntando todo o resquício de força que me sobrou eu o empurro. — Eu não quero nem olhar para você. Foi por isso que eu fui embora, então não.

– Vai me dizer que você não sentiu falta da minha boca. Da nossa proximidade, do meu corpo junto ao seu. — sem eu esperar ele volta se aproximar e dessa vez sua mão segura firme meu rosto. — Eu senti. Eu senti casa maldito segundo longe de você. — tento me afastar novamente balançando a cabeça, mas sinto seu nariz no meu maxilar e antes de eu sequer tentar responder sua boca ataca a minha.

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