CAPÍTULO 2
HENRIQUE BRANDÃO
Algumas semanas antes – Mato Grosso do Sul
Era noite de sexta feira, e depois de um dia de trabalho pesado na fazenda, eu tinha três coisas na cabeça.
F0der.
Beber.
F0der.
Vesti a camisa xadrez e dobrei as mangas até os cotovelos. Abotoei a calça jeans e calcei as botas de cano curto.
— Se arrumando todo. — Aquela era a voz de minha mãe parada na soleira da porta.
Eu sorri e enfiei a carteira no bolso traseiro da calça, observando seu reflexo pelo espelho.
— Você acha que a Catia vai deixar você colocar os pés no rufião de novo?
Rufião era o único bar nas redondezas, e se alguém estivesse afim de encher a cara, dançar ou pegar algumas moças, aquele era o lugar. Catia era a dona do local e apesar de seu tamanho ela lidava bem com brigões bêbados. O problema foi quando ela me viu f0dendo uma das garçonetes, num canto escuro atrás do Rufião. Ela e o marido da garçonete armaram a maior confusão. Para amansar a morena enfezada eu pretendia chegar um pouco antes e dar a ela o que estava precisando. Uma boa f0da em cima daquele balcão.
— Sei como lidar com ela.
Ela resmungou algo enquanto me deixava só...
— Não preciso saber das suas safadezas, só não me apareça todo esfolado igual a um gato brigão. — Me ralhou em voz.
— É muita cara de pau essa sua né Henrique. — Catia largou o pano cheirando a álcool que passava lustrando o vidro do balcão.
As cadeiras estavam sobre as mesas, ela estava terminando de limpar o local. O cheiro de desinfetante ainda estava no ar, mas assim que as pessoas começassem a chegar seria substituído por álcool, cerveja derramada e suor.
Eu me aproximei dela em silêncio, com um sorriso no canto dos lábios. Enquanto desabotoava minha camisa. Ela umedeceu os lábios, e pousou as mãos sobre a cintura.
— Vem aqui. — Exigi.
Contrariada, ela obedeceu.
— Você sabe exatamente como as coisas são. — Quando Catia chegou mais perto puxei-a pela cintura. Pressionei minha ereçã0 dura contra seu corpo. — Agora olha no meu olho e diz que não quer a minha rola grossa enfiando nessa sua b0ceta gulosa.
Um gemido escapa de seus lábios e os dedos dela acariciam os músculos de seu peito.
— Se é pra dividir você com todas as xoxotas da cidade, então eu passo a vez. — Replicou com a voz em um sussurro.
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Bruto ***Degustação***
ChickLitSou Carolina Ferraz, beirando meus trinta anos. Vivo para meu trabalho, advocacia é minha vida. Viver no Campo jamais me passou pela cabeça, pra mim quem gosta de mato é cavalo. Agora imaginem o meu martírio quando descobri que meu pai havia de...