Cap 7

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Cierra narrando

Cierra narrando

Abro os olhos com a visão ainda um pouco embaçada mas.. to viva!

Minha cabeça dói, e um zumbido constante ecoa em minha mente. A luz do sol que entra no quarto desse hospital incomoda minha visão. Minha última lembrança é de estar lá no barracão levando porrada daquele maluco doente.

- Aí meu Deus, ela tá acordando gente! ela tá acordando - ouço a voz de Tais e o zumbido aumenta, aperto os olhos na tentativa de abri-los

- Tais - à chamo, tentando formular uma frase

-Amiga eu não sei o que te dizer, aquele covarde sem coração. Olha o que ele fez com você- ela diz chorando

- Aí meu corpo dói muito Tais - lágrimas caem - Tais e o pior disso tudo é que eu não consigo ter ódio dele, só pena. Ele ta num vazio eterno, que só ele entende. Ele precisa se tratar - digo com voz embargada

-você ta comendo merda? Acho que o Terror não bateu o suficiente, deixa eu bater mais um pouco, porque você ta perdendo o juízo, Cierra- Diz com raiva - você virou hospício? Manicómio? O que?!?! Terapeuta, é isso???- diz quase me agredindo - você não tem obrigação nenhuma de se preocupar com esse maluco, e muito menos tem alguma coisa haver com os problemas de cabeça dele! Se situa! Ta louca?- diz me dando um peteleco

- AÍ- exclamo- Você não tem noção do quanto eu me odeio por sentir qualquer sentimento por ele que não seja ódio. - desabafo em prantos-Mas eu quero saber o que aconteceu, depois da sessão tortura? Quem me trouxe pra cá? - perguntei

-Por mais absurdo que isso pareça, foi o maluco do Terror - Diz e eu fico mais surpresa ainda

Quanto mais eu conheço ele, mais eu acho que ele precisa de ajuda, de amor! Atenção.

Eu apanhei, apanhei muito. Mas não me arrependo de ter falado tudo que estava preso. Falei e falei mesmo.. Ele só precisa de alguém que esteja por ele! E diga a verdade sem medo.

-Quando ele me ligou, ele estava preocupado. Ligou do seu celular. Todo desnorteado, todo acelerado - diz - ele precisa de um tarja preta isso sim!!

-e o Arthur hein? Cade ele? - mudo o assunto

- Ele tá na creche. Perguntou por você o dia todo, mas eu disse que você tinha saído e que voltaria logo.- ela diz

- Ta bom, obrigada! - digo forçando um sorriso

-Oi, com licença - Entra uma médica bem senhorinha -a senhora já está de alta, os ferimentos não foram os piores. E um conselho de uma médica que já assinou muitos óbitos de meninas que se entregam pra esses vagabundos. Saia! Se retire enquanto você ta nova e principalmente, viva! - disse a doutora enquanto tirava os aparelhos de mim

-Vou te indicar alguns medicamentos que vão diminuir as dores no corpo, e bastante pomada que irá deixar sua pele novinha em folha! Sem marcas. -Disse e entregou um papel nas mãos de Tais.

- Obrigado - digo dando um sorriso

Ela se retira da sala. E eu tento levantar mas sem sucesso, então Taís me ajuda a levantar

Bandido Também Ama (REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora