Cap 3

10.4K 663 138
                                    


Cierra narrando

-toma, usa esse - tais me mostra um de seus vestidos

- Com esse vestido vão ver até minha testa da minha xereca  - falo enquanto vejo como o vestido ficou no meu corpo

Sou bem magrinha, mas tenho o glúteo bem mercadinho, e o peitinho pequeno, mas é durinho no lugar graças adeus

-Então garota! - diz dando um tapa forte na minha bunda

-ai puta - passo a mão no lugar que ela bateu fazendo uma massagem

- E tu quer chamar atenção como? Enfia a porra desse vestido e vai pro baile logo- diz deitando na cama - E se tu não tá aguentando um tapinha que eu tô te dando, imagina um tapa do Terror! Você tem certeza do que está fazendo né? - ela diz

-Amiga, eu já estou certa do que vou fazer! - digo
- É hoje o enterro de Douglas né?

- É sim - ela fica cabisbaixa - ele faz tanta falta sabe? Não sei nem o que pensar sobre isso tudo ainda. Mas vou encontrar forças pra recomeçar minha vida. E Arthur como tá? - pergunta

-Te falar que as vezes eu desconfio que ele tá doente mesmo. Tá aprontando todas lá no hospital. Mas porra, o tratamento lá é muito melhor, e agora estão me cobrando ne. - sento ao lado dela e deito também- eu só tenho o Arthur no mundo inteiro, eu não posso perder ele também - ficamos ali mesmo abraçadas e chorando, cada uma por seus motivos

**
Já estou pronta e só estou dando um toque final na maquiagem. Não quero parecer uma mendiga também. Eu sei que essas mulheres de bandido vão pro baile parecendo que vão pro "Met Galla"
Tais disse que já passou a visão pro Terror e disse que ele me chamaria. Só em saber disso, até o cabelo do cu arrepia.

Finalmente estou chegando próximo à quadra onde acontece o baile.
Nunca frequentei esse lugar, apesar de conseguir ouvir o som da minha casa
Nunca me envolvi com as coisas daqui, até porque meus pais também não gostavam e nunca encheu meus olhos nada disso, até hoje.

- Cierra? - Olhei pro lado e vi Livia uma colega minha daqui do morro nós já estudamos juntas

-finalmente um rosto familiar - Dei um sorriso
- Você por aqui? - ela pergunta meio espantada
-pois é, vim dar uma voltinha - digo meio sem graça
- mas já que ta aqui, vem! vamos dançar - Diz e sai me puxando pela multidão

Em um baile de favela, vemos de tudo que você pode imaginar.
Crianças usando drogas, meninas de 13/14 se prostituindo por um combo de vodka, é degradante.
As patricinhas subindo o morro querendo se aventurar
Playboy atrás de drogas
Mas a realidade é essa.
Não  julgar, pois não sou muito diferente delas

"Poze Poze é o malvadão
Eu sem nem entender como foi que eu
Me perdi pensando em nós dois, pois
Não posso deixar pra depois"

-se eu te pedir pra ficar promete que não vai emboraaa sem tempo pra perder bebê, já passou da hora de- canto me movimentando
- Você se entregar pra mim, desce só mais um pouquin- canto e danço junto com Lívia- Louca toda se vem de lalá mas bem melhor sem roupa

Quando eu estava começando a me soltar, vem um macho falar comigo.
- Tu que é a Cierra? - Diz um homem branco e um tanto rústico
- Sou eu mesma - digo um pouco nervosa
- Terror ta no seu aguardo. Me segue que eu te levo- diz e eu me despeço de Livia e o sigo

Subo em sua moto e esse homem desce o morro na velocidade da luz
- Quando tudo acabar, eu vou estar aqui fora pra te levar pra casa, valeu? Só faz o que ele mandar, não faça ele pedir duas vezes que ele fica nervoso- diz

Bandido Também Ama (REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora