CAPÍTULO 3

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O meu dia esta sendo horrível, depois de ontem eu ter falhado pela primeira vez em vinte e sete anos, estou me sentindo um merda, não entendo o porquê isto foi acontecer comigo. Claro que eu ainda tive que satisfazer a Renata, não podia deixa-la na mão, só por que meu corpo não quis participar da brincadeira. Ainda bem que nunca dependi somente do meu pau para satisfazer uma mulher. É claro que a Renata queria muito mais que a minha língua e meus dedos, ela me queria todo dentro dela, mas isso não teve. Ela ficou simplesmente morrendo de raiva de mim. E eu também.

O pior é que eu não sei o porquê isto aconteceu, sempre fui muito ativo sexualmente, sempre nos divertimos muito juntos, eu gosto do jeito dela na cama, faz alguns meses que nos pegamos quando temos vontade e sempre foi prazeroso estar com ela, a mulher não tem frescura em relação a sexo. Claro que o fato de eu ter falhado me lembrando daqueles olhos não me ajuda muito. Mal a conheço e já sinto uma vontade insana de cuidar dela, de chegar logo para meu turno apenas para ver aqueles olhos pelos poucos segundos em que ela me encara sem desviar o olhar. Durante alguns dias vou trabalhar durante o dia, o que vai me garantir poder cuidar dela mais de perto. Estou no corredor, são oito horas da manhã e sinto que o meu dia será longo e estressante. Chegando próximo ao seu leito, coloco minha mão na cortina que separa ela dos outros pacientes quando escuto uma risada. Não aquele tipo de risada contida e baixa. Aquela risada alta e gostosa, aquele som que contagia, me pego sorrio também.

- Com licença. - murmuro anunciando a minha entrada. Puxo um pouco a cortina e entro confirmando que a risada veio dali. -Bom dia doutora. - Cumprimento a médica que esta com ela.

- Bom dia, Caic. - A médica me responde, com um sorriso largo no rosto. Ela é uma das poucas mulheres do meu turno que eu ainda não peguei, é o tipo de mulher que eu gostaria de passar a noite, alta e curvilínea. Uma linda morena. Pena que esteja fora do mercado, não costumo me envolver com mulheres casadas, no geral isto significa encrenca. Apesar de eu quase querer abrir uma exceção para ela.

Viro-me para cumprimentar a pequena, e é só aí que percebo que ela está de pé e apoiada com as mãos na cama.

- Bom dia pequena. - Cumprimento-a.

- Bom dia. - Ela responde, mas continua de cabeça baixa, olhando para as pernas, testando as forças delas. Acho que testando se consegue ficar em pé sozinha.

- Olha, eu não sabia que o seu nome era pequena. - fala a doutora, com certo cinismo na voz.

- E não é. - A pequena responde rápido, vejo que ficou desconfortável ao ser cobrada.

- Eu tinha que chamá-la de alguma coisa. - Me defendo.

A doutora pensa sobre algo e balança a cabeça descartando o próprio pensamento e apenas sorri discretamente.

- Bom, pequena, então mais tarde volto para te dar alta, qualquer coisa é só mandar me chamar. - A médica fala e sai do quarto, nos deixando a sós.

O pânico que sinto ao ouvir a palavra alta me paralisa, fico ali, com a prancheta nas mãos e completamente sem reação.

- Ei, você pode me ajudar? - Só quando escuto o seu pedido é que saio do transe.

- Tudo bem?

- Preciso de ajuda para deitar. Minhas pernas estão começando a ficar moles. - fala ainda não me olhando nos olhos.

Com alguns passos estou ao seu lado.

- Licença. - murmuro, colocando seu braço em meu pescoço e para não machuca-la á levanto do chão passando meu braço por debaixo das suas coxas. Respiro fundo quando ela se alinha um pouco mais em mim, segurando em meu pescoço para se equilibrar. Mesmo internada há alguns dias, ela ainda não esta cheirando à hospital. Sinto isso quando respiro mais fundo com ela nos braços. Inalo profundamente, sentindo cheiro de sabonete e outra coisa que é só dela. Seja profissional e pare de ter pensamentos sobre ela! Com cuidado deito-a na cama, cubro suas pernas com um lençol.

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⏰ Última atualização: Jun 09, 2020 ⏰

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