Capítulo 4 - Por impulso.

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   Três anos, três anos mantendo um segredo. Aquilo já não agradava Demi em nada, então a garota decidiu por um fim em tudo aquilo que estava a incomodando. Aquela seria a última vez que se encontraria as escondidas com o lutador. Nem a própria Lovato sabia como conseguia trair Nick, que era o namorado dos seus sonhos. Era como no ensino médio, juntos eram poderosos e aquele laço não podia ser destruído. Lá estava Demi, no seu carro estacionado na frente do prédio onde morava com Nick. Já com seus 21 anos, Demi trabalhava na grande loja do pai, nas horas vagas tocava em alguns barzinhos apenas por hobby e Nick estava já no segundo ano de psicologia, apesar de ninguém conseguir o imaginar como "doutor" Jonas, durante o dia ajudava o pai e os irmãos na mecânica. Demi ficava sempre livre, e era nesses tempos sozinha que se encontrava com o lutador no seu apartamento mesmo.

    Encarando seu celular em mãos, procurou na sua lista de contatos o número de Guilherme, assim que achou discou e colocou o celular próximo ao ouvido. Logo no terceiro toque ele atendeu.

— Eai Gui! — Demi disse normalmente.

— Oi gatinha! — Guilherme disse do outro lado da linha, na academia.

— Bom... Pode vir pra cá? — Foi quando Demi perguntou isso, que na cabeça de Guilherme veio logo um "É hoje". Do outro lado da linha, ele sorriu maléfico.

— Claro, daqui a uns minutos eu chego aí! — Respondeu sem nem pensar.

— Okay! — Demi desligou e suspirou. — Desculpa Gui, mas eu amo Nick Jonas! — Sorriu pensando alto e saiu do carro.

   Demi entrou em casa e se jogou no sofá a espera do lutador que não iria demorar muito a chegar. Enquanto Demi esperava, Guilherme apanhou uma arma calibre 38 carregada e guardou no bolso da jaqueta, hoje, sem nem esperar, Demi teria seu fim. Logo ele chegou no apartamento e subiu com a autorização que Demi já havia dado ao porteiro. Quando bateu na porta, Demi logo abriu e já entraram aos beijos, ele empurrou a porta com o pé e tirou sua jaqueta a jogando no chão sem quebrar o beijo intenso que acontecia, a arma calibre grosso ficou jogada no carpete do apartamento. Demi pulou no seu colo entrelaçando as pernas na sua cintura e logo foram para o quarto onde transavam muitas vezes sem Nick saber. Foram se despindo devagar enquanto beijos e mais beijos rolavam. Enquanto isso, Nick já estava de cabeça quente em meio aquele trânsito infernal da cidade, voltando para casa mais cedo pois estava com o dia livre. Depois de uns minutos, já estava chegando em casa e ao passar pela portaria, o porteiro o parou.

— Senhor Jonas... Eu acho que o senhor não devia subir! — Disse o jovem porteiro tentando segurar Nick pelo ombro, sem sucesso, o mesmo já estava indo em direção ao elevador.

— Bobagem, vou subir agora mesmo! — Como se o destino quisesse que Nick flagrasse Demi com o lutador, o elevador já estava de portas abertas. Ele entrou e apertou o botão do seu andar enquanto o porteiro ficava na porta imaginando a merda que estava prestes a acontecer.

   Saindo do elevador, Nick foi direto para a porta do seu apartamento e ao entrar já ouviu gemidos. No mesmo instante seu sangue ferveu então correu seu olhar pelo apartamento até ver a jaqueta jogada no chão com a arma do lado, num impulso de ódio e proteção, pegou a arma e foi até o quarto em silêncio, nem precisou abrir a porta e já se deparou com o lutador encima de Demi fazendo um vai e vem rápido, arrancando gemidos da sua amada. Mal podia acreditar no que estava vendo, seus olhos marejaram de ódio. Foi então que, por impulso, Nick apontou a arma para o cara em cima da sua namorada e atirou sem piedade. Demi arregalou os olhos pelo susto e Guilherme caiu da cama morto, olhou para Nick sem saber o que dizer.

— Não esperava isso de você Demetria... SUA VADIA INÚTIL, EU MATEI ESSE CARA E AGORA MINHA VIDA TÁ ACABADA POR SUA CULPA! — Nick gritou e jogou a arma no chão, encarando Demi com ódio. Demi se levantou pisando no corpo do homem no chão e se vestiu com seu hobby de seda, foi até Nick rapidamente e segurou seus braços.

— Amor, onde você achou isso? ONDE? — Gritou a morena, sentindo seus olhos também marejados.

— Foi ele, FOI ELE! — Nick a empurrou e Demi caiu sentada no chão, o olhando. Nick tapou o rosto com as mãos e deu uns passos para lá e para cá no quarto. Se remoendo de ódio. — Esse cara ia te matar... E VOCÊ TAVA TRANSANDO COM ELE! VOCÊ ME FEZ DE PALHAÇO, DEMETRIA!

— ME DESCULPA! — A morena gritou e se levantou já chorando. — Eu fui uma idiota... Eu fui uma estúpida... Eu ia terminar tudo com ele hoje, não queria arriscar nosso... — Foi interrompida.

— Hoje? JÁ TAVA ME ENGANANDO A QUANTO TEMPO, HEIN VADIA?

— ME OUVE, POR FAVOR! — Sem se importar se Nick a empurraria, Demi o abraçou pela cintura e foi se ajoelhando até estar abraçada com suas pernas em prantos. — Eu te amo Nick, eu te amo... Me perdoa, eu fui muito idiota! — A pobre mal conseguia falar. Nick a observou calado por um tempo, também não podia crer que estava vendo Demi naquele estado. Porém, não se convenceu tão fácil assim.

— Depois a gente conversa... Temos que nos livrar desse cara, antes que alguém descubra! — Demi engoliu um pouco as lágrimas e se levantou limpando o rosto.

— Como a gente vai dar um fim nele sem ninguém descobrir nada! — Perguntou com a voz baixa.

— Se veste! — Nick voltou para a sala enquanto Demi tomava um banho e se vestia.

   Nesse momento, a morena era a pessoa mais arrependida que já existiu na face da terra. Mas do que adiantaria se arrepender? Do que adiantaria se culpar e se achar uma idiota? A merda toda já estava feita. Agora já estavam sem saída.

   E Nick. O pobre homem se remoía de ódio pela mulher de sua vida tê-lo feito de otário por sabe se lá quanto tempo. Só sabia de uma coisa: iria ter volta, iria pagar Demi com a mesma moeda.

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