Prólogo

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Para a minha prima e irmã, que me disse para eu nunca desistir dos meus sonhos.















"Não tinha um só dia, que eu não pensasse nele."
- Valerie.



















Valerie Martinez Clark



















Nova York.


Minha vida mudou bastante no último ano, não tenho os mesmos amigos, a não ser por Lindsay, falo pouco com meus familiares, talvez seja por eu ainda estar em NY. Desde que me tornei uma escritora famosa, minha vida mudou para melhor, meus ciclos socias, meus amigos, eventos que me convidam, realmente tudo se tornou um furacão que está cada vez mais forte.

Já tenho três livros lançados, e um em andamento, que fala justamente sobre superação, tenho um bom exemplo em falar nisso.

- Valerie, temos uma entrevista amanhã. - Disse Helena desesperada que nem ao menos perguntou se poderia entrar.
- Helena. - Respiro fundo, pois sei que o que ela irá ouvir, não será bom para ela.
- Pode falar. - Diz ela porénão prestava atenção em mim, mas sim nas papeladas que eu precisava assinar.
- Eu vou voltar para casa. Para o Brasil, para a casa dos meus pais. - Digo decidida.
- Não pode voltar agora. - Diz com certa raiva, pois sabia que essa hora chegaria.
- Mas eu vou, já se passou de um ano e eu deixei uma vida lá, uma vida que no entanto era maravilhosa. - Digo me recordando de meus momentos.
- Se está falando do Dom, você sabe que ele tem outra, e que está a ponto de se casar. - Diz ríspida.
- Eu sei, até porvocê faz questão de sempre me lembrar. E foi por conta da sua pressão, que acabei aceitando o pedido de noivado de Théo.
- Mas, você me disse que gosta dele. - Disse ela sem entender.
- Eu gosto e muito, mas não a ponto de me casar. - Digo em um tom alto.
- Você precisa se casar. - Diz ela em um tom um pouco mais baixo.
- Claro que preciso. - Digo irônica.
- Você irá deixa-ló aqui? - Diz ela segurando a maçaneta.
- Sim, ele terá de aceitar. - Digo me levantando.

Sim, eu estava noiva. Noiva de um cara que eu gostava, mas não que eu amava, nunca irei amar alguém como amei o Dom. É impossível.

Assim que eu falar com Théo, irei voltar para casa, além do mais meu avô não está nada bem de saúde, tanto que está morando com meus pais. E isso me faz ver, que preciso ir o quanto antes para perto dele. Mesmo correndo o risco de me encontrar com o Dom, e todo o sentimento voltar.

Depois de um longo dia de trabalho, finalmente chego em casa, ansiosa para contar para Théo que irei embora. Assim que penso em entrar no banheiro, a campanhia toca, caminho até o hall já imaginando quem seja.

- Olá Théo. - Digo com desânimo.
- Oi, meu amor. - Diz me abraçando, porém não correspondi.
- Precisamos conversar. - Falo e o levo em direção ao sofá de três lugares, temo que sua reação não seja uma das melhores.
- Pode falar. - Diz com um semblante preocupado.
- Recebi uma ligação de meus pais, dizendo que meu avô não está muito bem de saúde.
- Sinto muito, querida. - Diz me interrompendo.
- Já se passou um ano em que estou aqui, e eu irei embora para o Brasil. De vez, para sempre. - Digo aliviada.
- Você não pode. Temos um casamento marcado, sua vida está aqui, eu estou. - Diz alterando a voz.
- Sim, eu posso e eu vou, minha vida não está aqui, está no Brasil, eu só passei um ano aqui. - Digo tentando faze-ló compreender, o que é inútil.
- E eu? Nosso casamento? - Diz se levantando.
- Ainda vamos nos casar ué.
- Não irei para o Brasil. - Diz ríspido.
- Então, nosso noivado acaba aqui, sinto muito. - Digo me levantando.
- Não, isso não, tudo menos isso. - Diz colocando suas mãos por volta de minha cintura.
- Tanto faz. - Digo impaciente.
- Vou resolver minhas coisas e depois irei para o Brasil ficar com você, talvez semana que vem.
- Tudo bem, até mais então. - Digo me soltando de suas mãos. Pude ver ódio no seu olhar por conta de minha decisão. Ele rapidamente retirou sua jaqueta de couro preta, o que deixava ele um tanto bonito, não posso negar que ele é bonito, e que conhecia caras lindos por NY, mas nada como o Dom. Meu Dom.
- Você não irá dormir aqui, pegue suas coisas, não estou afim. - Digo pegando suas coisas e estendendo até ele. O mesmo resolve pegar e ir embora. Ele saiu bufando, com raiva de mim, bateu a porta com tanta força que eu cheguei a pensar que a mesma iria cair.








Abismo de sentimentos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora