Capítulo 8

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Para todos os amores e desamores.
Que vocês possam encontrar alguém que fique e não desista de si, apesar de tudo.



















"Se você está pensando, que eu estou me importando. Claro que estou, eu não sou feito essa gente que ama, e de repente: tchau, acabou."

— Vinícios de Moraes.
























Valerie Martinez Clarck


















Depois do casamento da Lindsay, eu fui obrigada a ver o Dom com a Penélope juntos. Ela não desgrudou dele um se quer segundo, e isso me deixou um tanto abalada, por isso estou aqui em um bar qualquer, até porque não vou ligar para a minha melhor amiga em plena lua de mel.

Já bebi vários copos de vodka. Pois é, na solidão de NY mesmo estando rodeada por pessoas, todos bebem, talvez seja para aliviar o fato de que não faria diferença se você estivesse ou não ali. E talvez eu esteja bebendo por eu não fazer a menor falta para o Dom, eu fui embora porque não fazia diferença, entende?

- Você é tão gostosa, não sei como pude me controlar esse tempo todo. - Disse uma voz masculina.

- Cala a boca, seu... - Me calei assim que virei para olhar quem era.

- O que faz aqui? - Digo fingindo não estar surpresa.

- Depois que os noivos foram embora, aquela festa ficou muito chata. Sem você, ficou pior, doce. - Disse beijando meu pescoço.

- Fica com a Penélope. - Digo emburrada cruzando os braços.

- Ciúmes até hoje, meu bem? - Disse chegando mais perto. Isso provoca mais, que vamos daqui para o seu apartamento.

- Claro que não, só não quero atrapalhar. - Respondo séria.

- Você fica linda nesse vestido, mas ficaria mais bonita sem ele. - Disse no pé do meu ouvido, me fazendo querer transar com ele ali mesmo.

- Vamos para o seu apartamento? - Digo com uma voz sexy.

- Claro, minha dama. Vamos. - Disse tirando a carteira do bolso para pagar a conta. Assim que passamos pela saída do bar, ele me prensou na parece e me apertou o máximo que pode, beijando toda a minha face e passando do pescoço para a clavícula, até deixar um chupão enorme perto dos meus seios.

Entramos no carro e ele deu partida e acelerou o carro o mais rápido que pode, a essa altura já estávamos totalmente alterados.

Quando entramos no elevador do prédio que ele mora já se passava das três, e ainda teríamos uma noite e um dia maravilhoso.

Ele me apertou contra a porta o máximo que pode, até ele correr com as chaves para abrir logo. Quanto as portas se abriram, foi instantâneo, ele me pegou no colo e me levou para o quarto com nossas bocas coladas a todo momento.

A essa altura quando ele se deitou por cima de mim, já estávamos sem roupas, e a intensidade só aumentava. Ele apertava minhas coxas com força enquanto dava grandes estocada. Eu arranhava suas costas e puxava seu cabelo, com o desespero do desejo por ele, eu nem respondia por mim mais.

- Gostosa demais. - Sussurou no meu ouvido.

- Sou sua. Sempre fui. - Digo no pé do seu ouvido, fazendo ele ficar todo arrepiado. Com essa minha atitude, ele aumentou mais a velocidade, e nos cansamos juntos.

Horas depois, já tínhamos tido mais de quatro orgasmos juntos, passamos o resto da noite, fazendo amor e matando a grande saudade que existia dentro de nós.

Acordo com fortes braços em volta da minha cintura numa tarde de domingo, claro, já se passava das duas. Seus braços me fizeram lembrar da noite e da manhã maravilhosa que tivemos.

- Você é incrível, doce. - Disse me puxando ainda mais pra ele.

- Sabe, você é muito gostoso. Sempre foi. -  Levanto o meu rosto dando um selinho rápido em seus lábios carnudos.

- Toma banho comigo? - Se levanta rapidamente me puxando para si.

- Claro meu amor.

Estar com ele não é uma escolha, é uma precisão. Apesar de meus livros terem feito tanto sucesso, a saudade de casa aumentava a cada dia mais e estar com Théo me fez ver o quanto o Dom é importante para a minha vida de todas as formas.

Eu só queria poder ter voltado no tempo e ser egoísta a ponto de não ter deixado ele ir para a Itália, eu só queria. Mas, eu não posso, de toda forma farei o possível para ficarmos juntos de novo, eu não posso negar esse sentimento que existe dentro de mim.

- Você está tão cheirosa. Precisamos conversar. - Disse o Dom me abraçando por trás.

- Eu sei. - Digo cabisbaixa.

- Por que está assim?

- Quer a verdade? - Digo.

- Sim, minha linda.

- Eu não quero fingir que não somos nada, eu ainda amo você apesar de todo esse tempo, não posso mais ficar longe de você. Mas, tem o Théo, tem a Penélope e ainda seus pais e os meus.

- Você ainda está com o Théo? - Disse alterando a voz.

- Eu não falei mais com ele, desde de ontem no casamento. - Tento me defender.

- Precisamos falar com ele, juntos.

- Você é realmente tudo o que eu sempre quis. O homem da minha vida. - Beijo sua bochecha.

- Você é a mulher da minha vida, a mulher por quem sou apaixonado desde criança. Você foi, e continua sendo a calmaria do meu caos, a poesia mais linda, a rima da minha canção. E mesmo sem acreditar ainda te pertence esse meu tímido coração que por você sente um amor puro e sincero.

(...)

- Olá filha. - Disse minha mãe assim que entrei com o Dom. Um sorriso brotou em seus lábios assim que viu nossas mãos entrelaçadas.

- Oi Mãe. - Sorrio.

- Boa noite, Julieta. - Dom a cumprimentou com um forte abraço.

- Fico feliz que estejam juntos de novo, não suportava mais a idéia da Valerie se casar com alguém que não ama.

- Concordo com a minha querida esposa. - Disse o papai entrando na sala.



 




Desconhecido (Nem tanto assim)









- Você foi até lá? Falou com ela e seus pais? - Disse alterando a voz assim que adentrei no apartamento.

- Sim, mas não entrei. Ela estava com o Dom de mãos dadas, conversando com os pais dela. - Digo andando de um lado para o outro.

- Você não serve para nada mesmo. Porque foi agredi-lá? Agora ela nunca mais irá querer você, isso se um dia ela te quis. - Disse gritando.

- Não levante a voz para mim. Eu vou dar um jeito, caso não funcione, nós resolvemos de outra maneira.

- Sorte sua que eu pelo menos penso e tenho um plano B.

- Seja como for, nós vamos conseguir o que queremos e ir para bem longe daqui. - Dou um sorriso de canto.







Abismo de sentimentos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora