Third

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Ps- Por favor leia as notas finais, pois são importantes. Boa leitura!



—Isso é desacato a autoridade. — Alyson sentiu seu rosto queimar levemente.

—Não quando eu também sou autoridade. Mas é nosso segredo, não conta pra ninguém. — Ryan piscou travesso virando o copo de whisky fazendo todo o líquido desaparecer. — Duas doses de tequila, por minha conta. Eu prometi mais cedo.

—Muito obrigada, mas vou ter que recusar detetive Simmons. — Aly caminhou até o bar do camarote ao reparar as duas mulheres lançando olhares cheios de segundas intenções na direção de Ryan e não demorou muito depois que se afastou para elas se aproximarem garantindo que ele não a seguiria.

—Uma margarita, por favor. — Pediu gentilmente ao barman.

—Martini pra mim. — A voz grossa do seu lado fez seus nervos se abalarem. Fechou os olhos pensando se o dia poderia ficar pior. — Boa noite, Alyson.

—Senhorita Moore pra você, Ariel. — Ela se virou para o loiro que a fitava com semblante irônico. Ariel Hernandez e seu ar de quem sabia demais eram capazes de tirá-la a paciência apenas respirando. O olhar debochado só perdia para personalidade cínica e dissimulada daquele jornalista que se achava na razão e adorava causar dúvidas na população sobre a capacidade da detetive.

—Pra que toda essa cordialidade se nos conhecemos há tanto tempo, Aly? — Ele sorriu prendendo o lábio inferior entre os dentes ao pronunciar o apelido da mulher.

—Infelizmente a vida põe pedras no nosso sapato, não é mesmo? — Ela o encarou, inexpressiva. Se ele soubesse a raiva que ela guardava, passaria o resto da noite infernizando-a.

—Na sua vida, as pedras são cada vez mais pesadas. E admiro a confiança em si que, mesmo com um assassino tão cruel a solta, está no melhor pub da cidade em plena segunda-feira tomando um drink pra descontrair. — Alyson fechou o punho. Só Deus sabia como era difícil controlar sua fúria quando se tratava daquele filho da puta.

— Não se preocupe com os assuntos do departamento, Ariel. Se fosse da sua conta, deveria ter se formado policial e não jornalista. — O barman colocou as duas taças sobre o balcão. Aly pegou a sua e saudou Ariel, virando um gole do drink nos lábios. Em seguida, tirou da pequena bolsa uma quantia suficiente que pagava as duas bebidas e sobrava alguma gorjeta. — Por minha conta. Passar bem.

Alyson colocou as notas sobre o balcão e voltou para área reservada. Ryan já havia se perdido com as duas mulheres em alguma das cabines do banheiro. Catherine tinha o corpo escorado sobre a barra de ferro observando o movimento na parte de baixo do lugar. Aly não pode deixar de sorrir quando viu um rapaz jovem cheio de confiança se aproximar da amiga e depois de poucas palavras trocadas já voltava para a roda de amigos com o rabo entre as pernas.

—Ele era bonitinho, vai. — Aly parou ao lado da melhor amiga batendo levemente com um dos ombros.

—Era sim, mas não tem o que realmente gosto. — Ela sorriu bebericando a bebida vermelha na taça.

—Quem é a vítima da noite? — A detetive mirou algumas meninas dos outros camarotes procurando achar alguma que fizesse a preferência da amiga.

—Pode ser você. — Cath fitou a amiga com graça no olhar e Alyson deu risada. — Falando sério agora, viu quem está aqui?

—Ariel? Veio me cumprimentar com a melhor cara de pau que tem. — Revirou os olhos se lembrando do tom sarcástico do jornalista.

—Não dá pra confiar nesse cara. Tem algo nele e espero que você descubra logo. — Catherine ergueu uma das sobrancelhas ao encarar o jornalista e ver que ele a encarava de volta.

7 de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora