Capítulo um: Seja Bem Vinda

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Dakota se despediu rudemente de seus pais antes de entrar no colégio. Com uma mala em cada mão, ela adentrou o espaço, ouvindo seus passos ecoarem pelo corredor. Vários estudantes, que passavam tempo por ali, observaram a novata.

Ela nunca se importou em ser olhada, por isso continuou caminhando confiante, procurando pela diretoria. Não foi difícil achar, era a terceira porta do corredor à direita.

Ela pousou suas malas ao lado do batente e bateu a porta, ao ouvir o "entre", ela pediu licença e deu dois passos para dentro.

-Eu sou a aluna nova, Dakota Raymond.

-Seja bem vinda, Dakota. Seu quarto é o número 112, aqui está sua chave. Desculpa, nós não vamos poder lhe mostrar a escola. Estamos com um grande problema para resolver.

Dakota pegou a chave, de boca aberta, chocada por ter sido dispensada de um jeito tão rude. A secretária se virou de costas, e Dakota espiou a mesa dela. A procura de indícios do que pudesse ter feito a secretária ser tão pragmática ao falar com ela.

Então ela viu, sobre uma pilha de papéis, a foto de uma parede. Era, de fato, uma das paredes do colégio. Dakota havia acabado de ver uma idêntica, a parede da entrada da escola.

O aterrorizante era que na parede estava escrito "DEAD" com algo como tinta vermelha, ou sangue.

Ela deu passos incertos para trás, apertando a chave entre os dedos fortemente, o ferro feriu a palma de sua mão, mas Dakota não se importou muito.

Ela só se importava com a sensação estranha que tomou conta de seu corpo, o arrepio que voltou a lhe percorrer a espinha.

Algo realmente ia dar errado.

Ela nunca teve tanta certeza de algo em sua vida. Se virou, e sem mais uma palavra saiu da secretaria, com passos trêmulos e rápidos ela se encaminhou de volta ao portão.

Mas seus pais já haviam ido embora, o carro deles estava ao longe. Levantando poeira da longa estrada de terra.

Dakota tentou acenar para eles, mas ao perceber que estava fazendo papel de boba, parou. Eles nunca a veriam, de qualquer forma.

Ela estava tremendo levemente. Ao se virar para a parede de pedras, tão idêntica a da foto, ela achou que poderia desmaiar a qualquer momento.

-Ei. Você. - ela ouviu uma voz grave chamar, se virou, a procura do dono dela. - Está tudo bem? Você parece prestes à vomitar.

-Eu só não queria estar aqui... - ela disse, a voz baixa. Algo naquele garoto a deixou tremendamente envergonhada, talvez fosse sua beleza excessiva.

-Ah. Isso. Bem, parece que seus pais não se importaram muito com isso. - ele disse, e ao perceber que sua fala não havia ajudado a acalmar a menina, ele lhe lançou um sorriso confortante, e suavizou: - E o Colégio é incrível. Tenho certeza que você vai amar. Alguém já te mostrou os locais mais legais daqui?

-Na verdade... não, parece que a secretária estava muito ocupada.

-Parece, então, que o Destino deixou para mim a missão de te introduzir de verdade ao colégio. E eu não costumo recusar missões, então... Vamos.

Dakota achou a escola assombrosamente grande e bonita. Com escadas largas e pilastras grossas, era majestosa e delicada.

A presença do garoto era divertida, ele fazia comentários bobos, que a faziam sorrir sem pensar. Ele era simpático e pelo que ela podia ver, bastante popular, a toda hora alguém o cumprimentava.

Teve um momento em que um outro garoto passou por ele, e ambos se encararam com expressões de poucos amigos. Dakota achou estranho, mas ela nunca foi muito de questionar. Fora que ela mesma tinha várias inimizades.

-Então, cá estamos nós. No dormitório feminino. Se me permite o conselho: seja muito discreta caso resolva fazer uma visita ao dormitório masculino. Algumas freiras fazem ronda. E de manhã, às 6h30min elas verificam todos os quartos. Então, esteja aqui a essa hora.

Dakota sorriu amarelo para o garoto, envergonhada, ela não tinha em seus planos nenhuma visita a dormitórios masculinos.

"Esse foi seu primeiro pensamento a meu respeito?", ela se perguntou, enquanto pegava as malas, que ele cordialmente havia levado até ali.

-Bem, obrigada. - ela disse baixinho, repentinamente havia perdido toda a intimidade que tinha acabado de adquirir com o garoto.

-Não me leve a mal, eu não quis te ofender. É só que eu já vi muitas pessoas se darem mal por isso. E não queria que você passasse por uma dessas... situações.

Dakota não entendeu bem o que ele queria dizer com "situações", mas, como já foi dito, ela não era de perguntar muito.

Apenas sorriu para o garoto e empurrou suas malas para o pequeno quarto. Entrou e se apoiou no batente, de frente para o garoto.

-Qual seu nome? - ele perguntou, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

Dakota pensou em fazer charme e se recusar a dizer o nome. Mas isso não era de seu feitio, ela era madura e segura demais para joguinhos do tipo.

-Dakota Raymond.

-Dakota... Bonito nome. Não vai perguntar o meu?

-Não. Mas se quiser me dizer, sinta-se à vontade.

-Isso quer dizer que você tem interesse?

-Não mesmo. - ela respondeu séria, o que fez o menino rir.

-Certo, mesmo assim, eu sou Kyle Turner.

-A gente se vê por aí, Kyle.

-É, a gente se vê por aí.

Então ela fechou a porta na cara dele, e, dentro do quarto, ela encostou na madeira fria. Seu coração estava acelerado, e ela não sabia nem por que. A beleza do garoto realmente a havia afetado mais do que deveria.

Dakota passou o resto da tarde e toda a noite arrumando os seus pertences, nem desceu para jantar, estava sem fome.

Sua colega de quarto não deu as caras em nenhum momento, o que Dakota, internamente, odiou. Ela queria conhecer alguém no primeiro dia de aula, que seria o dia seguinte. Kyle não contava, ele aparentemente era popular demais, e não teria tempo para ela.

Já passava das onze quando Dakota terminou. Ela suspirou de alívio e finalmente se jogou em sua cama, já vestida apenas com seu pijama, se encolheu debaixo das cobertas.

Ela estava quase dormindo quando ouviu os barulhos pela primeira vez.

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Beijinhossss ^3^
Ass.: Anne, a Deusa Suprema.

(Erika postando oficialmente e passando pra dar um oizinho: Ooiii! Agora, beijokas e até sábado que vêm.)

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