Capítulo 33

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Lucas

Acordei pela quarta vez e como esperado a Mary não estava na cama ao meu lado. Olhei no relógio e marcava quase quatro horas da madrugada. Durante esses dias ela fez isso com tanta frequência que agora sei exatamente onde encontra-la. Levantei da cama ainda me sentindo meio sonolento e caminhei até a cozinha do minúsculo apartamento. Desde o ultrassom em que descobrimos que nosso filho é um menino, eu fui obrigado a praticamente me mudar para o apartamento da Mary o que não me agradou, mas eu tenho dormido com ela durante todas as noites e sinceramente o que menos me importa é onde estamos desde de que estejamos juntos. Cheguei à cozinha e ela estava atrás do balcão uma camisola branca de ceda pequena delineando cada uma das suas formas e a barriga avantajada e redonda, o cabelo preso em um coque desalinhado, e enquanto comia uma fatia de melancia ela alisava sua barriga e falava algo baixinho. Aproximei-me cauteloso evitando fazer qualquer barulho que me denunciasse e fiquei parado assistindo a cena que se tornou uma das minhas favoritas. Atento a cada um de seus movimentos e admirando como ela consegue ficar ainda mais linda conforme o crescimento da sua barriga eu me pego rindo sozinho. E pensar que uns dias atrás eu estava vivendo um verdadeiro inferno sem a Mary e mesmo esses meses separados isso não mudou nada do que sentimos um pelo outro. O tempo só fez crescer e fortalecer.

- Acordada tão cedo? – Falo e ela se vira na minha direção, a expressão assustada quando leva uma mão ao peito.

- Lucas! – Sussurra. - Quer me matar de susto!

- Não. – Ri e caminhei para perto dela atrás da bancada. - Se você morrer com quem eu vou ficar? Posso saber por que você não está na cama...?

- Eu senti fome! – Da de ombros deixando sobre o balcão o resto do pedaço de melancia.

Seguro seu rosto entre as mãos chamando sua atenção e ela fisga o lábio inferior, estudando-me com os olhos chamativos e famintos e provocando um calor alucinante no meu membro que já está ereto dentro da cueca boxer. Em um rompante pego-a no colo e a coloco sentada na bancada ficando entre suas pernas.

- Eu também estou com fome... – Cochicho colando nossos corpos e distribuindo beijos molhados pelo seu pescoço.

- O que você quer... comer...? – Sua voz é apenas um gemido enquanto pergunta.

- Adivinha... – Colo nossas bocas em um beijo e sem nenhuma modéstia ela começa a passar a mão pelo meu corpo até encontrar meu pau já ereto e tão duro que começa incomodar. Passo minhas mãos nas laterais da sua coxa e tento manter o controle. O Que ultimamente me tem sido um enorme desafio.

- Quarto! – Pede ofegante separando nossos lábios e sorrindo de forma provocante.

Deixo meus olhos percorrerem seu rosto, a expressão cheia de excitação, os olhos dilatados, o sorriso fraco e lindo no rosto corado. Tudo nela está perfeito e convidativo é como se ela estivesse emanando um brilho próprio, intenso e apaixonante. Pego-a nos braços e ouço seu sorrisinho enquanto caminho para o quarto.

***

Avaliei os relatórios pela milésima vez antes de marcar a reunião. Fez dois meses que eu e a Mary voltamos e esses dias foram mais agitados que metade da minha vida praticamente inteira de farras. Com muito esforço consegui convencê-la de voltar para casa, mas tenho estado em contato com corretoras a fim de concluir a compra da nossa casa. No bairro mesmo onde meu avô mora. Ele bem que tentou me convencer de ficar na casa, mas eu e a Mary precisamos do nosso espaço, tirando seu minúsculo apartamento. Assim que nosso filho nascer eu a pedirei em casamento e oficializarei nossa união de uma vez por todas. Durante esses dias minha rotina é Mary, Mary, Mary. Saio da empresa e assim que a apanho no serviço passamos praticamente o dia todo em shoppings e lojas de departamento infantil. Tentei tira-la do serviço, mas seria mais fácil congelar o inferno a realizar tal proeza, ela insiste que o tal Vinicius a ajudou muito e não pode deixa-lo na mão antes de concluir o período de treinamento da sua substituta. O que me deixa enraivecido, e mesmo assim eu não falo nada a fim de não provoca-la e estressa-la, mas deixei bem claro que a Mary tem um dono. Chame-me de ciumento ou possessivo, foda-se, não quero homem nenhum tocado na minha princesa.

(CONCLUÍDO) Vencendo Gigantes - Livro 1 Série Desafio. Onde histórias criam vida. Descubra agora