CAPÍTULO 4

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Depois de vários dias internada e uma parada cardíaca, eu fui liberada com algumas prescrições médicas, como a fisioterapia, devido a um braço quebrado e três costelas fraturadas.
Meus pais vem toda hora no meu quarto perguntar se eu estou bem, mas quando pergunto de Henry, nada dizem.

Ouço gritos na sala lá embaixo, levanto assustada com dificuldade da minha cama, reconheço essa voz, é da dona Rita, mãe de Henry.

— ONDE ELA ESTÁ?— um grito de desespero.

— Se acalme Rita. Nós sabemos como é difícil.— Minha mãe tenta reconforta-la.

— Você não sabe de nada. Sua filha está bem, graças ao MEU filho, não é ela que está inconsciente numa cama de hospital. Ah você está aí?!— ela olha em direção as escadas que é onde eu me encontro— Enquanto meu filho está lá, internado, sofrendo naquele hospital, você está aí como se nada tivesse acontecido,— lágrimas descontroladas escorrem em seu rosto— se ele não tivesse te abraçado na hora que aquele maldito caminhão estava vindo, ele estaria bem, mas não,— ela apontou o dedo pra mim— Ele deu a vida dele pela sua, e agora ele precisa de você, você tem que ajuda-lo, você deve isso à ele.— Eu estava assustada com aquilo, como assim Henry me abraçou? Porque ele fez isso? Porque ele sempre faz isso? Salva a minha vida.

— Eu sei. Eu devo minha vida à ele.— Minha voz saiu como um fio.

Dona Rita sempre gostou de mim, mas agora vi odio e mágoa em seus olhos. Eu me sinto pessima, de uns tempos pra cá não retribuía o amor de Henry com a mesma intensidade e ele sabia disso, mas nunca desistiu de mim, e ainda por cima, deu sua vida pela minha. Não posso desistir dele.

O que eu fiz para te merecer?Onde histórias criam vida. Descubra agora