Depois de dias esperando, finalmente liberaram Henry à visitação. Me alertaram que ele já havia acordado porém não estava reagindo.
Eu não sabia o que fazer, o que dizer mas sabia precisava vê-lo.
Olho ao redor do meu quarto e vejo a caixinha colorida que Henry me deu, com várias fotos nossas, desde quando éramos só duas crianças inocentes até os dias mais atuais. Peguei ela e sai do quarto.— Bom dia gente,— dei um beijo na testa do meu pai e outro na minha mãe.- Estou de saída.
— Não vai nem ao menos tomar café?— papai perguntou.
— Só uma maçã tá ótimo.— peguei a maçã e dei apenas uma mordida me sentindo enjoada de tanto nervosismo.
— Você está emagrecendo muito minha querida, cuide-se...
- Tá bom mãe, tchau. - Acenei e peguei as chaves do carro.
Em casa tentamos deixar o clima mais normal possível— o que não me deixa confortável—, meus pais evitam falar de Henry e eu então evito falar com eles, pos Henry é o único assunto que eu quero agora.
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Adentrei naquele recinto azul e branco, congelante devido ao ar- condicionado. Me arrepiei. Não só pelo ar mas também por medo, medo de ver Henry.
— Bom dia!— a recepcionista loira chamou minha atenção para si.— Posso ajuda-la?
— Bo-bom dia, eu vim visitar Henry Müller.
A recepcionista que estava sorrindo mudou o semblante para pena, que me fez gelar.
— Só preencher essa ficha.— Ela me entregou um papel e uma caneta. Assenti e os peguei.
Preenchi todos os dados com a maior calma, para prolongar mais aquele momento, eu realmente estava com muito medo.
Tremendo dei a assinatura final e me levantei voltando à recepção.— Pronto.— Entreguei-lhe a folha.
— Obrigada, quarto 320 sexto andar, elevador a esquerda, final do corredor.— Dessa vez decidi não olhar para seu rosto. Agradeci e fui ao elevador.
Nele tocava uma música de fundo, que deixava o clima ainda mais tenso.
Quando as portas se abriram levei um susto que me trouxe a realidade e a cada passo mais próximo ao dito cujo do quarto eu pensava em dar meia volta e ir pra casa correndo como uma garotinha assustada.
— 320.— Respirei fundo e abri a porta.
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O que eu fiz para te merecer?
Short StoryA ansiedade de Henry era tanta que ele não conseguiria esperar mais nenhum segundo para fazer o pedido mais importante de sua vida para Olivia, que já imaginava o que estava acontecendo e preparava-se para dizer "não". Henry encostou o carro com um...