Meu jeito de escrever a vida...

Vida que segue

Na manhã seguinte acordei e me joguei de baixo do chuveiro, tomei meu café e fui para a escola... 

Chagando no trabalho fui "apedrejada" por palavras, pelo homem que se dizia meu pai...Dizem que o problema dele é ter sido criado de forma bruta, afinal meu bisavô era italiano e meu avô o puxou um pouco e não era fácil na época em que eles viveram. Porém, meu pai que também não se portava como um bom filho, ele foi o primogênito da família era paparicado, de certa forma, tinha sempre tudo do melhor, ou aquilo que meu avô pode lhe dar... mas quando seus irmãos nasceram se sentiu ameaçado de perder seu "trono".

Quando atingiu uma certa idade, ele tinha de trabalhar pra ajudar seus pais, mas não achava certo ele ir e seus irmão Cris e Maicon ficarem em casa... Ele só não pensava que seus irmãos eram muito novos para isso. Sentia raiva por seu pai não mandar Cris trabalhar no bar, ela era uma menina muito tímida, mas também muito inteligente...Seu pai tinha orgulho de Cris, e Toni tinha inveja, ele não gostava de estudar, não queria  saber de nada nem de seu futuro. Sentia muito ódio de sua irmã, mas ela nunca fizera nada contra ele e nem se importava em conversar, por que sabia que ele era bruto.

Toni, meu pai, já havia batido em sua irmã, mas ninguém sabia pois ela nunca entregou o irmão, sabia que se falasse ele iria sofrer e ela não queria isso para seu irmão mais velho...

E naquela manhã eu fiquei pensando em como meu pai se tornara esse homem bruto, sem amor, lealdade, sem sentimentos. Como se tornara tão rude consigo mesmo... Uma pena, pois com ele, só soma um corpo sem valor pesando a terra...

-Garota!!! Saia do meu escritório e me traga uma cerveja...

Parei de pensar e fui até a cozinha e peguei uma garrafa de cerveja para Toni.

 -Sua imprestável, você só fez atrapalhar minha vida quando nasceu...   Me retirei do ambiente pois não aguentaria essa tortura de palavras toscas e arrogantes de ódio... Meu coração já não doía mais, eu não sentia amor nem pelo meu próprio eu, as vezes eu penso no que ele diz, as coisas que saem com tanta certeza e clareza de seus lábios e seus pensamentos... Acho que realmente me enquadro em alguns pontos... Tais como: "Fria, infeliz, insensível, incompleta..." e mais um livro de coisas que eu sou chamada... Meu pai sempre dizendo que eu fui um erro, e que não deveria ter nascido. Verdadeiramente eu tinha dó por ser assim, pois eu queria ser uma boa filha, mas ele não colaborou e dentro de mim só foi crescendo a minha raiva. Ele me fez mal durante um bom tempo por eu ser essa filha indesejada, porém hoje já não ligo mais.

Não ligo pra nada disso... Minha vida sempre sendo baseada em coisas que os outros querem, CHEGA, tudo vai mudar, não sei o dia e nem a hora, mais vai mudar... 

"Mudanças vem quando necessitamos viver de verdade..."

-Ingrid Raquel