Sinopse
"A vida é feita de escolhas, e algumas delas podem fazer você se arrepender pelo resto da sua vida ou te dar frutos do qual você jamais imaginou".
Mikael Schwartz
Hoje é o dia mais feliz da minha vida, vou guardar essa data no meu calendário para sempre, dia quatro de maio de dois mil e dois, dia do meu casamento com Andreia: a mulher da minha vida.
Apaixonado desde os meus quinze anos e ela com quatorze. Éramos melhores amigos. Conversávamos sobre tudo, brincávamos e estudávamos juntos, apesar de sermos de classes diferentes. Tínhamos um terceiro elemento, Eduardo, ou Edu para nós, nosso amigo.
Quando ela estava com dezessete anos, fiz-lhe uma surpresa. Eduardo me ajudou a preparar tudo. Sei o quanto as mulheres gostam de romantismo, e confesso, amar te faz romântico também. Ela sempre gostou de estar perto da natureza. Petrópolis, uma cidade próxima, somente uma hora e meia de viagem, possuía uma cachoeira lindíssima. Minha mãe preparou com muito carinho uma cesta de piquenique, com direito a toalha e almofadas. Fui buscá-la em sua casa. Eduardo não fazia ideia do que eu tinha em mente para aquele dia, eu queria que ela soubesse antes dele.
Ao chegarmos, ela desceu do carro, extasiada com a paisagem, e correu para perto do rio. Eu pedi ao Edu que a distraísse enquanto eu arrumava as coisas. Ele assim fez, abraçou-a e saíram tagarelando, passeando como somente ele sabia fazer.
Assim que terminei de arrumar, dei um assovio bem alto e eles olharam para mim. Percebi na hora o brilho de seu olhar. Soltou Edu e veio correndo até mim, jogou-se em meus braços quase nos derrubando. Sentamos na toalha conversando como sempre fazíamos e começamos a comer. Em determinado momento levantei-me e fui ao carro pegar o que havia deixado escondido lá.
Retirei de trás do meu banco, um vaso de violetas brancas com azul e levei para ela. Sentei-me novamente ao seu lado e falei com todo o meu coração:
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– Andreia, eu quero te fazer um pedido hoje. Não sei se algum dia você percebeu, mas eu sou apaixonado em você desde os meus quinze anos. E hoje eu gostaria de pedir para ser minha namorada. Suas cores preferidas são azul e branco. Consegui esse vaso com muito esforço, mas tenho certeza de que valeu a pena. Aceita?
– É claro que aceito Mauro!!!! – respondeu minha pergunta dando-me um selinho – Achei que você nunca fosse fazer o pedido, seu bobo.
Eu segurei sua nuca e beijei-lhe como sempre tive vontade.
Com ela eu descobriria todos os prazeres do corpo. Eu era muito religioso e me guardava para a mulher da minha vida, assim como ela se guardava para mim.
– Ah não! Isso está ficando meloso demais. Não foi para isso que vim junto com vocês. Vão se agarrar no carro, lá que é lugar para tirarem a roupa e transarem bastante.
– Eduardooooooo! – gritamos juntos.
– Ué? Falei algo errado?
– Eduardo eu nunca briguei com você, mas respeite a Andreia, ou vamos ter nossa primeira briga. Ela não é como essas meninas que você fica se agarrando por aí.
