Cap. 2 - Lembranças Amargas

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Postando hoje, pois amanhã terei um compromisso. Espero que comecem a entender que traumas todos nós temos. A atitude que tomaremos é que mudará o curso de nossas vidas...

Renata

Eu e minha irmã gêmea, Rúbia, somos muito unidas e também totalmente diferentes. Enquanto eu sou mais quieta e tímida, ela toca o terror. Enquanto eu sou muito religiosa e quero casar virgem, ela já saiu com tantos meninos que perdi as contas. Isso porque debutamos esse ano.

Somos de uma família muito tradicional da Espanha, a família Castilho. Famosa por seus doces tradicionais chamados de yemas e as porras. Moramos em Ávila, numa casa aconchegante de dois andares.

Se papai e mamãe sonhassem com as coisas que Rúbia aprontava, acho, ou melhor, tenho certeza que já teriam enfartado os dois.

Tenho meus momentos de bagunça e Ruan está em todos eles. Mas são os almoços em família, passeios ao redor da nossa cidade e das muralhas que mais amo. Às vezes, fico passeando e conversando com Ruan que esqueço do horário e acabo levando bronca da mamãe. Já Rúbia some e vai para festas chegando de madrugada, fica de castigo, mas não está nem aí.

Eu e ela começamos a brigar quando Ruan em um de nossos passeios ajoelhou-se em frente à um dos portões da muralha entregando-me uma rosa vermelha como pedido de namoro. No percurso da nossa amizade eu me apaixonei por ele, mas jamais imaginei que o sentimento era recíproco. E, por esse motivo, não querer estragar nossa amizade, achei melhor ficar quieta na minha.

Porém, Rúbia ficou muito zangada e disse que eu estava fazendo a maior burrice. Ela dizia que Ruan não prestava e nunca mais saiu conosco. Ela afastou-se completamente.

No entanto, ouvia-me falar dele e das coisas românticas que ele sempre fazia para mim, apoiando-me calada.

Quando eu estava com dezenove anos, ele foi até meu pai e pediu minha mão em casamento.

Um ano depois estávamos nos casando, exatamente no dia quatorze de maio de mil novecentos e noventa e quatro.

Lembro-me como se fosse hoje...

Casamos na Basílica de San Vicente, isto porque papai era influente na sociedade avilense. Meu vestido foi feito sob encomenda, revelava a minha personalidade.

Rúbia implicava e dizia que ela casaria com o vestido de noiva vermelho. Eu? Somente ria dela, pois acreditava que ela teria essa coragem mesmo.

Voltando ao meu vestido... Ele deixava meus ombros à mostra, mas com mangas rendadas até a altura dos cotovelos. Todo o tecido era rendado e na cintura havia um detalhe todo de ouro branco. Meu véu, de organza, tinha uma cauda enorme que arrastava pelo chão de organza e detalhes rendados em toda a extensão da sua borda. Para finalizar o sapato era tão delicado quanto o vestido, rendado e com uma tira subindo pelo meio fechando em meu tornozelo, a sola e o detalhe de dentro do salto eram vermelhos, mas não o deixava vulgar.

 Para finalizar o sapato era tão delicado quanto o vestido, rendado e com uma tira subindo pelo meio fechando em meu tornozelo, a sola e o detalhe de dentro do salto eram vermelhos, mas não o deixava vulgar

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