Seul, Coreia do Sul
7:00.pm
KATHERINE P.O.V– Então, princesa. Me conte, você veio da onde? - ele se levanta e se encosta na sua mesa ficando de frente a mim.
– Atlanta... - mordo meu lábio. – e você? - ele parece se empolgar.
– Eu sou da Inglaterra. - ele sorri e se orgulha ao dizer isso, sorrio de lado e ele volta a fazer perguntas.
– Quantos anos tem? - ele se senta no sofá encostado na parede que ficava ao meu lado, me viro para ele e sorrio.
– Tenho 16 anos. - sorrio tímida e ele arregala os olhos.
– Não! - ele exclama e eu assinto com a cabeça rindo. – Você parece ter uns.. deixe-me pensar... - ele coloca a mão no queixo me examinando. – Digamos que uns 19 ou 20 anos.
– Não acredito! -gargalho e ele ri. – Mas e o senhor, quantos anos tem? - ele faz uma cara de ofendido.
– Senhor? Não, não. Me chame de você ou Maddox, querida! E bom, tenho 39 anos, eu sei que sou velho mas não precisa jogar na cara. - ele faz cena e eu reviro os olhos rindo.
– O senh... você não é velho, aliás, eu estava lhe dando uns 36 ou 37 anos! - ele faz uma cara de desconfiado e eu sorrio abertamente. – É sério!
– Sei, garanto que está a me iludir... - ele ri e olha para a porta. – Cara, estou com uma fome e bom, seus amigos e seu namorado devem estar preocupados. - ele se levanta e eu sorrio, mas logo o sorriso sai do meu rosto.
– Namorado? - pergunto a ele e nos saímos da sala.
– Sim, o Jimin.. Não vai me dizer que ele não é seu namorado? - ele vira para trás para me olhar por um breve momento e logo continua a andar olhando para frente.
– Não, eca! - ele ri. – Não gosto dele, muito pelo contrário. - chegamos até a sala e vejo que todos estão com um feição nervosa, seguro o riso e vou até o Hoseok que me abraça de lado, me sinto segura e sorrio.
– Vamos comer? Eu estou morto de fome. - Maddox diz e nos concordamos com a cabeça logo indo atrás dele.
– Kath... - Hoseok me chama e eu o olho. – Ele, ele... Ele foi legal com você? - ele pergunta e eu assinto sorrindo de lado.
– Gostei dele, ele tem um bom humor. - Hoseok assente com a cabeça se sentindo mais tranquilo.
Depois de alguns minutos eles resolveram pedir para a empregada fazer algo para comer, e então todos fomos pra sala, na maior conversa.
– E como estão os negócios? - aquela pergunta com certeza não foi para mim. Os meninos se sentem meio incomodados em falar perto de mim, mas sempre tem alguém que gosta de provocações.
– Estão indo bem, como nunca. - Jimin diz, colocando as mãos no bolso da calça enquanto um sorriso falso brota em seu rosto. – Os carregamentos vem chegando mais rápido do que antes, e os tiras nunca pegam. - meus olhos se arregalam e todos olham para mim. Jimin faz uma cara de surpreso, mas que obviamente era teatro.
– Carregamentos? - pergunto olhando para todos a procura de uma resposta. Maddox abaixa a cabeça assim como os meninos, e jimin sorri.
– Oh, ela não sabia que nos roubamos kilos e kilos de cocaína? Entre variados tipos de drogas... - os meninos o encaram e eu sinto meus olhos lacrimejarem.
– Cara... - Jiz se pronuncia negando com a cabeça.
Todo o meu corpo parecia entrar em óbita, eu precisava sair dali correndo. Minhas pernas se levantam junto de meu corpo sem a minha permissão, e quando eu menos espero estou a correr pra fora daquela casa, podia ouvir a gritaria lá dentro mas tudo o que eu conseguia fazer era correr.
"No meio da noite, é o horário que eu vou fugir. Não sabia como, mas sabia que precisava. Pego minha bota e a visto, junto do casaco já que lá fora faz um frio, abro a porta e saio com as botas em mão, para não fazer nenhum barulho. Desço as escadas e corro para a porta, abrindo a mesma e dando uma última olhada para a casa, sentindo meu olhos lacrimejarem, eu precisava sair dali correndo, minhas pernas tomam conta de todo meu corpo sem minha permissão e quando eu menos espero já estou a correr para fora daquela casa."
Doía, e eu sentia a dor. Mas eu queria continuar. Não faço ideia de onde estou, ou para onde estou indo. Mas eu precisava disso, meus pulmões estão ficando cada vez mais fracos e é nesse momento que eu decido parar. Avisto um parque a uma quadra e ando em direção ao mesmo, tentando acalmar minha respiração.
Não sei ao certo porque me senti mal, mas apesar de tudo eu não queria ver os meninos acabados, mais do que já estão. Eu me apeguei a amizade de alguns e ganhei um medo enorme de perde-los, apesar de algumas vezes imaginar o dia em que eu voltar para casa.
Me aproximo do banco que tem no meio no parque, ao lado de uns brinquedos e me sento, o sol já estava indo embora e da onde eu estava sentada podia ver uma rua enorme, que apenas desce, como se estivesse indo para o paraíso.– Sozinha? - uma voz grossa me faz pular de susto e rapidamente olhar de onde vem o som. Um garoto alto, corpo fisicamente bonito e cheiroso, parece ser tímido, mas também ser gente boa.
– É o que parece... - solto uma risada fraca e olho para baixo, mordendo os lábios levemente, por conta do nervosismo.
– Posso me sentar ao seu lado? - o olho rapidamente e olho para o espaço vazio ao meu lado, assinto com a cabeça e ele sorri.
– Está perdida? Não parece ser daqui, seu sotaque é diferente... - ele questiona. Abro um sorriso e molho os lábios.
– Nasci no Brasil e estava morando por uns quatro meses nos EUA, e agora eu vim com uns... amigos, aqui. E sim, acabei me perdendo deles, aliás, fala inglês? - sorrio de leve o olhando.
– Ah, sim. Quero tentar um intercâmbio nos EUA e por isso tive que aprender algumas coisas do inglês. - assinto com a cabeça.
– Quantos anos tem? - pergunto e ele me olha.
– Vou fazer 23, e você? - sorrio, logo o respondendo
E assim, conversa veio e conversa foi. Descobri que seu nome é Sehun e que ele quer cursar em música. Sentia cada vez mais o céu escurecendo e a noite chegando, então comecei a pensar nos garotos. Será que estão preocupados?
– Huh, pode me dizer que horas são? -
Sehun olha seu relógio no pulso e me diz que já são 20 da noite.– Céus! Preciso ir, foi um prazer te conhecer, um dia quem sabe, não nos encontramos por aí. - sorrio e ele se levanta, deixa um beijo na minha bochecha e morde os lábios.
– Mas antes, como vai voltar? Está perdida, não está? - merda.
– Sim, estou...
Desculpem qualquer erro!
Bye bye // Lari ❤
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