CAPÍTULO 1

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*Alice*

Minha manhã foi completa nostalgia. Lembrar do meu pai, nos trás conforto e ao mesmo tempo saudades.

Queria tanto que ele estivesse conosco.

Ele iria me amparar quando tivesse pesadelos, iria soprar minhas feridas, iria me fazer uma princesa, sua princesa.

Iria tentar realizar todos os meus sonhos, ah se iria!

Por falar em sonho, desde a semana passada venho sonhando com algo muito esquisito e, hummm, meio inusitado.

*Flash Back Sonho On*

*Autora On*

Alice estava em uma floresta, um pouco assustadora, sombria, misteriosa. Não sabia se sentia medo, ou prazer, em estar naquele local.

Assustou-se quando algo, atrás dos arbustos, a chamou bastante atenção.

Era um lobo!

A garota não teve medo, também não teve o impulso de sair correndo. Estava tão curiosa, que resolveu aproximar do animal.

O lobo tinha olhos azuis profundos, pelos brancos e, era extremamente grande. Ele a encarava fixamente, mas não era para amedrontar, era mais como uma súplica para que Alice se aproximasse.

E ela obedeceu.

Aproximou-se do lobo sem medo algum. Quando, finalmente já estava perto o bastante, o grande lobo abaixou sua cabeça, a incentivando a lhe alisar a cabeça. Ela o faz, assim fechando seus olhos em pura nostalgia. Uma ligação muito forte os cercavam.

Como de impulso, Alice monta no animal, que rapidamente, começa a correr em linha reta, apenas desviando de árvores, pedras e alguns arbustos que haviam no caminho.

Seus cabelos castanhos voavam à proporção que o vento soprava. Logo vira seu destino, um chalé, no meio da floresta.

Alice sai de cima do lobo, indo em direção do chalé, uma sensação de que algo ruim estava por vim, lhe acertou em cheio. Não sabia em certo o quê era, só sentia.

Aproximou-se o bastante para poder ver o quê havia dentro do chalé. Um pequeno grupo de homens e mulheres, vestidos de preto dos pés à cabeça, e com uma grande capa com capuz, que lhes cobriam a cabeça. Eles pareciam muito preocupados, mas, por quê? O quê eles tanto conversavam?

Não dava para Alice escutar quaisquer palavra, pois o vidro dificultava a passagem do som.

Que droga! _ resmungou.

Uma energia ruim corria naquele lugar, ela sentia, ela sabia.

Uma jovem mulher, que aparentava estar no auge dos seus 30, avistou-lhe, avisou a todos daquele local, que  olharam para Alice em sincronia.

Estavam prestes a sair do chalé, fazendo com que Alice corresse o quanto que podia. Foi quando uma mulher gritou:

- Alice! Espere!

E era nesse mesmo instante que seu sonho acabava.

*Autora Off*

*Flash Back Sonho Off*

Sai dos meus devaneios, quando ouvi alguém gritar, estericamente, por mim.

- Alice!

Aquela voz! Era o Tomás!

Alice: Tomás! - corro até chegar no meu bom amigo.

Tomás: Gata, achei que você não iria vir, já ia lá te acordar com um balde de água gelada! - Gargalha, exibindo sua metade malvada.

Olho para ele espantada com seu comentário.

Tomás é um dos meus três melhores amigos, ele é gay, e sempre é o que acaba me consolando e me dando concelhos incríveis.

Alice: Desculpe, hoje faz nove anos que meu pai morreu. Daí tive que consolar minha mãe e consolar a mim também. - Sorri tristonha.

Tomás: Oh, eu tinha me esquecido, Lice. Perdoe-me! - falou meio sem graça e triste.

Alice: Não tem problemas! -sorrio fraco- Agora,  me conta as novidades. - Falo, interessada.

Logo o vejo mudar de expressão, e fica mais animado que criancinha de sete anos, quando vai ao parque de diversões.

Tomás: Gata, deixa eu te contar. Nas férias, sabe né, eu fiquei com um cara que, meu Deus! - abanou-se com sua mão direita.

Gargalhei alto.

Alice: Pode me contar tudo, sua bicha safada! - Dou-lhe um tapinha na mão.

Tomás agarra meu braço e logo começamos a andar, enquanto ele me contava como o garoto era lindo e beijava bem.

A promoção dos acontecimentos, eu só gargalhava.

Eu amo essa bicha!

Continua....

(Tomás na multimídia)

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