O medo de reconhecer erros é, acima de tudo, o medo de se assumir como um ser humano com suas imperfeições, defeitos, fragilidades, estupidez, incoerência. Formamos nossa personalidade em uma sociedade superficial que esconde nossa humanidade e supervaloriza nosso endeusamento.
Hoje quem está brilhando poderá, amanhã, cair em desgraça para que outro o substitua. O pódio é cíclico, não há espaço para dois lugares. Além disso, a mídia constrói e destrói mitos. Podemos ter dignidade para estar entre os primeiros lugares ainda que nunca subamos no pódio e mesmo assim fiquemos entre os últimos lugares.
Por vivermos em uma sociedade que valoriza os super-heróis, negamos consciente ou inconscientemente nossa humanidade. Temos medo de assumir o que realmente somos, seres humanos, mortais, falíveis, demasiadamente imperfeitos. Não há sábios que não tenham loucuras. Gostamos de ver as chagas dos outros, não as nossas. Os noticiários televisivos expõem as falhas alheias e cativam nossos olhos, enquanto ficamos na sala silenciosos, escondidos de nós mesmos em nossas poltronas.
Não é possível desenvolver as funções surpreendentes da inteligência, as ferramentas mais importantes para explorar nossa psique, se não tivermos coragem de enfrentar nossa realidade, descortinar algumas áreas de nossa personalidade. A psique, como temos visto, é como um teatro, mas um teatro real, onde encenamos uma peça concreta. Quem representa essa peça, quem não se assume, quem não reconhece suas "loucuras" viverá artificialmente, não amadurecerá.
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O Código da inteligência
RandomNeste livro, o Dr. Augusto Cury descreve de maneira instigante os códigos da inteligência, Esses códigos são capazes de estimular tanto jovens, como adultos a libertar a criatividade, expandir a arte de pensar, desenvolver saúde psíquica e a excelên...