Resolutions

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#Chocada
#NoChão

:v boa leitura, amores 😆🌚
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Os fogos de artifícios explodiam em diferentes cores, tamanhos e formas alto no céu, efêmeros ao mesmo tempo que infinitos. Misturados ao doce azul da noite, ao fogo das estrelas pontilhadas, eles queimavam; não os fogos mas Tae, Hoseok e Yoongi, numa mistura harmônica de corpos. O tempo estava congelado e os números vermelhos no relógio eram apenas riscos inexpressíveis quando eles mesmo já eram o tempo que queriam ter ou as cores riscando o céu. Talvez as pessoas gostassem de assistir aos fogos porque talvez cada um deles carregasse o futuro, as celebrações e a felicidade e no momento em que se abrissem no céu e caíssem sobre suas cabeças, eles estariam abençoados com aquilo; como se representassem o novo do ano. 

Novamente, eles entrelaçavam-se um ao outro, como uma muralha em construção. Suas vozes eram o topo mais alto do mundo, onde o prazer fincava sua marca. As mãos de Hoseok em Taehyung, cujos lábios estavam em Yoongi, que tinha os olhos fechados e o cabelo bagunçado. Depois de tanto tempo, ele percebera o quanto era bom poder apenas pensar, sem quaisquer problemas possíveis. Ele precisava deixar tudo isso para trás e virar a página. E falar com seus pais depois do que acontecera era uma delas.

E Yoongi o fez, por ligação; sua mãe mesma atendera o telefone, deixando-o sem palavras e com a garganta seca subitamente. 

— Alô? - disse do outro lado mas o loiro não respondeu; ela continuou — Yoongi? 

— hã, oi. 

— Filho! Feliz ano novo!

— Feliz ano novo, mãe...

— Mas me diga, por que está ligando? – ela pausou por um instante — Não diga que decidiu voltar!? Querido... – exclamou e Yoongi a interrompeu antes que continuasse

— Não! Não é isso. Apenas liguei para desejar ano novo e bom, queria saber se está tudo bem?

— Oh, claro! Estamos bem, não se preocupe, venha para casa passar o dia quando puder, ficaríamos felizes. 

— Talvez, mas por enquanto tenho coisas para pensar. 

— Gostaria de falar com seu pai?

— Não, não é necessário... – a conversa parecia morrer aos poucos. Ainda havia palavras presas em ambos, necessitadas de momentos. A mãe de Yoongi falou primeiro. 

― Yoongi – chamou — Nós só queremos que seja feliz, seja conosco ou não. Você está feliz, certo?

Ele engoliu em seco e sorriu para si mesmo, pensando em como as coisas finalmente pareciam estar boas — Sim, estou, mãe.

— Já conseguiu um emprego?

— Não, ainda não

— Se quiser ajuda, nós ajudaremos, filho.

— Não há necessidade – eles ficaram em silêncio — Hã, preciso ir mas diga feliz ano novo ao pai também

— Feliz ano novo, filho – e ele desligou. Era bom poder ter uma conversa simples e sem desentendimentos com sua mãe; como ele podia ser filho de sua mãe? Eles tinham gostos e personalidades completamente opostas, sempre discutindo ou discordando. Ela nunca parecera entende-lo ou procurara fazer isso. Mas ouvi-la agora foi reconfortante.

Tocar os lábios de Taehyung e Hoseok era como provar a Ambrosia, sentindo-a tomar conta de seus sentidos. Quando sentia as mãos dos morenos o tocarem em diferentes partes, mordendo, chupando, masturbando, apenas tocando ou apertando, ele sentia as pequenas grandes borboletas levantarem voo, batendo suas asas dentro de seu estômago, arrepiando. Yoongi gostava também de ser quem dava prazer para os dois morenos, transformando os gemidos altos e irregulares nas mais bonitas palavras da música. 

Sob as cores de artifício, eles se amavam; à sua maneira. Yoongi pensava em como eles haviam chegado até ali, como aos poucos, inconscientemente, eles foram incluindo-o em suas vidas – e ele o mesmo –, sem se importar realmente se importarem com estranhezas ou qualquer outro tipo de coisa que os fizessem ressentidos. Não. É difícil deixar alguém capaz de deixar uma boa marca profunda. 

Sob o azul do céu e o branco acinzentado da lua, Taehyung rebolava em cima do colo do loiro, o mesmo dentro do mais novo, com uma das mãos na cintura de Tae e com a outra, juntava a ideia de dois dedos à boca de Hoseok. O membro deste tinha as mãos do mais novo em torno, frenéticas e delicadas. Yoongi sentia a língua passar erótica na ponta de seus dedos e ele mordia o lábio inferior, acertando de novo, de novo e de novo o ponto de Tae.

Puta merda... Era cada gemido, cada demonstração que apenas os fazia desejar por mais. Não haviam limites ali, apenas o novo. A novidade do cinza e dos céus; para o loiro, os dias acinzentados pareciam mais bonitos e talvez até mesmo trágicos. Sempre achou que eles tomavam toda as almas tristes do mundo e lhe davam um dia para si. Na maior parte das vezes até chovia e ele tinha o calor interno de apenas sentar na cama para sempre. Yoongi poderia ficar para sempre na cama com Taehyung e Hoseok; eles eram deles e de si próprios.

E ter um deles gozando em resposta às estocadas e tombando a cabeça para trás era uma das sensações as quais eram impossíveis de se lembrar; cada vez era diferente e melhor. Ver Hoseok de quatro em cima da cama, diante de seus olhos dilatados era bom também; saber que mesmo sentindo em três, eles amavam.

As mãos únicas do mais novo apertavam os mamilos de Yoongi, que continuava a entrar e sair de dentro de Seok, que agarrava os lençóis amassados de modo que ficasse com os dedos brancos. Juntar aquelas camas mesmo contra as ordens fora a melhor coisa que eles haviam feito.

— Caralho, Yoongi! – gritou, gemendo em seguida. Por sorte – ou azar – a maioria dos estudantes estava fora para ver suas famílias ou apenas andar a esmo. Não sabem o que estão perdendo. O menor sorriu malicioso consigo mesmo e intensificou, vendo a luz da lua bater nas costas nuas e suadas do moreno; observando a aflição de tal por ainda não ter vindo, por mais que adorasse ter Yoongi dentro.

As paredes do quarto eram finas mas quando estavam entre quatro, eram muralhas. As palavras eram, na maior parte, desarmônicas e quebradas mas se é capaz de achar o lar nelas. Ele podia criar um porto seguro nos dois, sem dúvida, porém como atracaria se nem direção tinha?

E conforme Yoongi estocava, Taehyung penetrava. Prazer encontrando prazer. As mãos do primeiro na cintura de um, as daquele no peito, tateando as dimensões. O calor ia envolvendo-os como os braços frios da cidade grande fazia. Os móveis pareciam meros espectadores do pornográfico, absorvendo os palavrões e as palavras indecifráveis juntas aos gemidos.

Se já era ano novo ou não, eles não sabiam.

Não demorou até que Hoseok desfizesse-se sob as ações de Yoongi e gozasse em cima da cama. Ele deixou os sons altos passarem por seus lábios mordidos e quebrar a áurea e arfando quando sentiu o líquido quente de Yoongi preenche-lo. Nem um segundo depois, Taehyung desfazia-se dentro de Yoongi. No silêncio dali, os corações eram as batidas do relógio, a respiração que saía pelos lábios entreabertos e vermelhos. Era os beijos lentos e ávidos, passionais.

Era a sensação de cada um, o êxtase em seus corpos e mentes. Era o final das cores, o brilho das estrelas e a luz da lua coberta pelos prédios; as folhas das árvores e as pupilas dilatadas. Eles eram.

Crayon Box ↺ taeyoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora