Tornado. [TW]

We are back. And we need your help.

Sei que está extremamente pequeno, mas tá muito calor e eu quero dormir, mas essa ideia estava na minha cabeça há bastante tempo, então... Aqui está!

Boa leituran

A garota olhava para a foto, quase como se estivesse paralisada. Seus dedos já estavam brancos, segurando com força o porta retrato branco, e suas mãos tremiam. Sua boca estava seca e um nó formou-se em sua garganta.

Ao ouvir passos se aproximando, guardou rapidamente a foto por baixo do travesseiro. Sua irmã bateu na porta e ela respirou fundo antes de responder.

- Pode entrar, Aylee. - Então a garota adentra cuidadosamente o quarto e observa a outra.

- Precisamos conversar. - Aylee diz, enquanto morde o lábio com força. A maior expira e assente minimamente com a cabeça, sinal para sua irmã sentar-se em um dos pufes. - Acho que encontrei um lobisomem na escola hoje.

Hopelyn arregala os olhos e desvia seu olhar para Aylee.

- Certo, se existem lobisomens aqui... - Hopelyn começou, mas Aylee a interrompeu.

- ...Existe perigo. - Hopelyn assente e as duas ficam por alguns segundos em silêncio, até que Aylee resolve quebrar o clima pesado. - Precisamos ir, Hope. - A maior desvia o olhar para a outra, com um olhar suplicante, enquanto negava com a cabeça. - Precisamos conversar com ele. Ele saberá o que fazer, ele vai nos ajudar, eu sei disso. E se ele não fizer nada nós vamos ajudar uma à outra, porque sempre foi assim. - Aylee senta-se ao lado da sua irmã na cama e pega suas mãos tremulas e geladas. - Sempre foi assim, Hopelyn, sempre só nós duas. Mas não conseguimos resolver isso. Precisamos de ajuda. - a pequena suplicava, implorava, mas a maior parecia não mudar de ideia. Aylee já estava desistindo de pedir esse grande favor à irmã, quando Hopelyn a surpreendeu.

- Arrume suas coisas, Ayl. - Ela olhou para a irmã menor. - Temos que visitar uma pessoa.

*

Estavam saindo de casa, sendo engolidas pelo frio da noite. A luz da lua estava forte, e a rua deserta. Ao olhar para os lados Hopelyn pôde ver seu vizinho no quarto, junto com os seus outros amigos. Ela podia sentir cheiro de sobrenatural quando estava perto deles, por isso apertou o passo.

Ela tinha colocado uma roupa bem simples e confortável, pois logo após a visita, iriam treinar, como sempre faziam antigamente. Apenas Hopelyn, Aylee, alguns golpes e a luz da lua.

Hopelyn não entendia o que estava acontecendo com Beacon Hills. Os animais estavam cada vez mais agressivos e desnorteados. Lembrou-se vagamente do veado atropelado que tinha visto na primeira noite, nos corvos confusos que invadiram a sala de aula mais cedo, e, claro, o cachorro que a perseguiu por dezenove quadras, tentando arrancar uma parte de seu corpo ou algo parecido.

Parou em frente ao carro e sentou-se, desconfortável. Só estava fazendo isso para sua irmã. Não era nada demais. Respirou fundo e acelerou.

*

Estavam na entrada do lugar. A brisa fria invadia seus corpos quentes e agasalhados, e um nó foi rapidamente formado na garganta das duas garotas, que exalavam ansiedade.

E talvez um pouco de medo.

Medo de não serem aceitas.

Hopelyn afastou os pensamentos com um movimento rápido, enquanto subia as escadas do tal loft, com Aylee logo atrás. Do corredor já sentiam seu cheiro. Cheiro de inverno, forte e decisivo, cítrico e rígido. Mas as meninas não sentiam isso. Sentiam saudades, amor, abrigo.

Pararam juntas na frente da porta do loft. Se entreolharam e, relutantes, encararam a fechadura. Hopelyn fechou os olhos e, com um pouco de dificuldade, abriu a grande porta, chamando atenção dos dois homens que estavam dentro do loft.

Peter e Derek viraram-se de frente para a porta, achando que fossem o bando de alphas. Mas, ao ver as duas figuras morenas, paradas, fitando o lugar, relaxaram os ombros, totalmente surpresos, com os olhos arregalados e boca em perfeito "O".

Os dois continham um pouco de esperança nos olhos. Esperança de que não fosse um sonho.

Afinal, viviam sonhando com isso.

Hopelyn deu um passo à frente, sendo seguida pela irmã.

- Eu gostei desse lugar. - Aylee disse, enquanto fitava o espaço quase sem móveis. Sua voz fez os Hales acordarem do transe. - Mas precisa de uma fechadura nova. - Ela disse, como se fosse um segredo ou uma novidade muito interessante.

- Olá papai. - Hopelyn disse, enquanto andava até a sala e jogava sua bolsa em algum canto. - Nós voltamos.

Hopelyn sentou-se no sofá de couro enquanto os Hales continuavam paralisados.

- E precisamos de sua ajuda. - Ela disse, por fim.