Lembro-me como se fosse ontem quando Harry abandonou-me. Ele me obrigara a abortar, mas nunca faria isso com um ser tão pequeno.
Saberão como tudo isso começou...*Flashback On*
Estava no banheiro a pouco tempo, esperando o bendito teste de gravidez mudar ou não meu futuro.
Quando ele finalmente fica pronto, meu mundo desaba.
Como pude ser tão idiota a ponto de não ter tomado a pílula do dia seguinte ou usado a camisinha? Burra, burra, burra!
Tenho de contar aos meus pais e, claro, ao Harry. Só não sei bem como fazer isso.
Tomo um longo banho, tentando perceber como fui tão fútil. Saio, me seco, troco de roupa e desço as escadas de minha casa para o jantar, que cheira muito bem.
Chegando na mesa, vejo meu namorado, Gemma, sua irmã, Anne, sua mãe e Robin, seu pai, e obviamente, meus progenitores, Jacob e Roberta, sorridentes. Meu Deus! A casa está cheia e quero só ver como vou contar com todos tão felizes assim. Vou estragar tudo, como sempre.
Saio de meus devaneios com o Harry colocando seus longos, mas aconhegantes braços à minha volta.
Correspondo, lhe dando um confortante abraço. Anne, pergunta:
- Estás bem, querida?
- Estou. E a senhora?
- Estou bem, desde que não me chame mais senhora, como já lhe disse mil vezes. - ela sorri, e me sinto culpada por ter que acabar com toda essa alegria.
Fico séria. Gemma, pergunta, um pouco receosa:
- O que se passa? Estava feliz e de repente fica desalegre.
É agora!
- Gente, isso é uma coisa séria okay? Entendam o meu lado... Harry e eu não usamos camisinha um dia e... não tentei a pílula do dia seguinte. Estava com alguns enjôos, vômito e meu período estava atrasado. Não conseguirei pronunciar o final dessa história, que deve estar no pensamento de cada um neste momento.
Eles olham para mim angustiados e tudo que pensam em fazer é sair porta afora.
Harry, que estava abraçado à mim, se afasta. Seu olhar sob o meu é de desprezo, ódio, raiva.
Meus olhos marejados não aguentam tanto sofrimento e eu desmorono na frente de todos:
- Hazza, por favor, vamos superar isto, eu juro. Vamos ser felizes e...
- Não há nada de ser feliz! Como você acha que é felicidade saber que vai ser pai aos 18 anos? Aborte ou acabou tudo. - me interrompe.
Fico perplexa com o que ele acaba de falar. Como assim abortar? Nunca! Esse ser no meu ventre é tudo o que eu devo ter agora além de bens materiais, coisa que realmente não me importa agora, além da amizade de Nicole, minha melhor amiga.
Meus pais se afastaram de mim e estavam todos do lado da família raivosa e maldita de Harry.
Não tenho mais ninguém na minha vida, a não ser esse pequeno bebê, que nem começou a se formar dentro de meu ventre.
Saio em disparada para a rua e só vejo Nic, que estava na calçada, correr atrás de mim, com um olhar preocupado.
- O que se passa? Saiu correndo feito o Flash.
- Não é nada. - tento engana-lá.
- Se não fosse nada você não estaria correndo assim. Confie em mim, Bianca.
Meu choro continua, e dessa vez mais alto:
- Nicole... estou grávida de Harry Edward Styles e ele simplesmente falou que se eu não abortasse tudo que tínhamos ia acabar. Todos estão contra mim, até meus próprios pais. Tudo que tenho agora é você e esse bebê, tirando os bens materiais, como algumas roupas, produtos de higiene e maquiagens.
- Não acredito nisso! Como ele foi capaz? Ele jurou para mim e inclusive para você que nunca te abandonaria, e agora ele tem a audácia de fazer isso? Ah mais ele vai se ver comigo!
Seguro o seu pulso, a impedindo de tentar fazer alguma coisa.
- Ele não merece seu tempo, e nem minhas lágrimas. A partir de hoje estou solteira e grávida, e ninguém vai mudar isso!
- Assim que se fala! Por isso que te amo!
Sorrio fracamente e ela dá alguns pulinhos frenéticos.
- Consegui te fazer sorrir!- Reviro os olhos, e ela me abraça.
- A partir de hoje você mora na minha casa. Amanhã pegue suas roupas e tudo que ainda é considerado seu lá e nunca mais bote os pés lindos que você tem dentro daquela house. Entendeu?
- Sim. Mas eu não posso aceitar! Seus pais moram com você, lembra? Eles nunca irão permitir que eu more com você, grávida! Não tenho onde cair morta!
- Eles me compraram um apê. Não lhe contei?
- Não.
- Atah. Amo-te Bianca, nunca se esqueça disso.
- Amo-te.*Flashback Off*
Atualmente, continuo morando na casa de Nicole, que me acolheu abertamente em sua humilde residência. Seus pais protestaram quando ela os falou, pensando que eu iria influencia-lá em perder a virgindade cedo demais. Eu prometi que não iria fazer nada, e eles não falaram mais a partir daí. Tenho 22 anos e fiquei grávida com 19, uma desilusão pra toda a família. Também fiquei abatida com a situação em que me encontrava, pensei seriamente em abortar, voltar meu namoro com Harry e fingir que nada tinha acontecido, mas percebi que esse ser poderia mudar muita coisa na minha vida, e eu o amava muito mais do que alguma vez imaginei.
Naquela época, estava na faculdade de Medicina Veterinária, e não deixei o bebê me atrapalhar. Não que ele atrapalhe, mas a barriga ficaria maior e eu não conseguiria ir mais as aulas. Quando estava com cinco meses, parei a faculdade e fiquei em passos de lesma desde aí.
Depois do parto, que graças à Deus foi normal, fiquei alguns meses em casa, para cuidar da minha bebê, aproveitar cada momento, coisa que se depender de mim, Harry não fará.
Até hoje não consigo acreditar em como fui tão podre, a ponto de pensar que ele não me abandonaria, que me apoiaria em tudo que eu precisasse, até mesmo uma gravidez improvável.
Moro em Seattle, Washington, um lugar bem confortável, na minha opinião.
Harry continua morando aqui, em Seattle, mas rezo muito para que não nos encontremos. Ele participa de uma banda chamada One Direction.
Meu melhor amigo, Niall Horan, disse que participa de uma banda, só que não quer me contar qual é. Se fosse a que o Harry trabalhava, ele iria me contar, é claro.
Bem, pelo menos eu acho que ele iria me falar...
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Baby
FanfictionComo ele pôde fazer isso comigo? Nos conhecemos desde criança, ele me protegia, eu o protegia. Mas tudo mudou tão rápido, que não percebemos o que estava realmente aparecendo em nossas vidas. Não era exatamente o que, mas sim o alguém que atravessav...