Chapter 8: I know!

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Saio do fórum com um sorriso largo e vitorioso em meu rosto e aquela peste chorando em meu colo. Eu me sentia bem por ter tirado ela de Bianca, mas o ruim é que ela era mais chata do que pensei, igual à mãe. No começo, achei que o juiz não fosse aceitar todo o suborno que eu tinha lhe dado, dez mil reais não é pouca coisa, e ele deve ser retardado de ter aceitado essa proposta, mas até que ele caiu direitinho. Quando veio me cobrar o dinheiro depois que Bianca foi embora, falei que precisava ir ao banheiro, e acho que ele está à minha procura neste momento. Mesmo se não estivesse, quero ver como aquele velho gordo iria chamar a polícia, sendo que ninguém pode saber disto, mas fazemos qualquer coisa por dinheiro, não é mesmo?
Entro no carro, e coloco minha bebê no banco da frente, com um cinto. Ainda não comprei as coisas que irei precisar, mas por enquanto é isso que ela vai ter.
Observo seu choro aumentando ainda mais, e alguns minutos depois, seu cessar e um suspiro ser ouvido por mim. Achei que teria que tomar medidas drásticas para fazê-la dormir.
Chegando em casa, coloco a menina no quarto que preparei exatamente para ela, e em seguida, desço as escadas, bebendo um pouco de água, e ligando a televisão. Aparecem várias tragédias no mundo, típico. Me pergunto por que as pessoas são tão.. fúteis, a ponto de fazer todos esses roubos, ou roubar o próprio país em que vivem.
Vejo um serzinho observando a televisão, com cara de que acabou de acordar, e vou em direção à ela, também vendo-a se afastar. Dizem que ela é muito esperta pra idade dela.
- Por favor, só fiz isso para seu bem...
- Meu bem? Papai, não sou tlouxa. Sei que fez tudo isto para deixar minha mãe triste, e se vangloriar, além de me tratar como lixo.
- Juro que não foi bem assim... qual seu nome?
- Viu? Nem o meu nome sabe. Como posso ser sua filha deste jeito?
- Só me responda, antes que eu tenha que tomar providências piores.
- Darcy.
- O nome que eu sempre quis dar para minha filha... - Sussurro, dando um pequeno sorriso, lembrando do que dizia para Bianca.
- O que disse?
- Nada. Está com fome?
- Um pouco.
- Quer pizza ou comida japonesa?
- Arroz, feijão, bife e batata frita está ótimo. - Ela disse sorrindo, e percebo que é igual a mãe.
- Não tenho nada disso em casa amor. Pizza ou comida japonesa? - Repito.
- Pizza.
- Okay.
Pego o telefone em meu bolso, ligando para a pizzaria, e esperando.
Volto para a sala, ouvindo um grito muito alto.
- Mamãe! - Ela chora, enquanto chego perto da mesma.
Passa-se a imagem de Bianca rindo, com os saltos altos na mão, enquanto Nicole a apoia em seu corpo.
- Tenho que a ajudar!
Pego Darcy no colo, desligo a televisão, e vou a pé mesmo, já que ela sempre morou perto de mim. Ao chegar na frente da boate, vejo Nicole quase caindo ao lado de Bianca, corro até elas, pego Bianca no colo e olho para Nicole.
- O que está fazendo? Como chegou aqui? - Ela disse com um tom de raiva misturado com ódio, suspiro e vou até ela. Bianca se segura em meu pescoço e esconde seu rosto no mesmo, ela estava prestes a dormir ali e eu desejava que isso acontecesse o mais rápido possível.
- Primeiro, estou tentando te ajudar, mal agradecida. E segundo, tenho meus contatos.
Pego a chave de meu carro, abrindo o mesmo, e colocando o corpo de Bianca no banco de trás. Darcy pede para ficar ao lado da mãe, e eu concedo, lhe dando um beijo na bochecha, e deixando o cinto de segurança bem preso.
-Vem? - Pergunto para Nicole, e ela vem me dar sermão.
- Harry, pelo amor de Deus, nos deixe em paz. Já chamei o Alexander para vir.
- O Alexander? Ele é boiola - Dou uma risada.
- E você o galinha da banda - O Alexander chega, falando para mim.
- Melhor galinha do que boiola, só acho.
Ligo o motor, e saio da boate, com vários paparazzis à minha volta, em alta velocidade.
Chego na casa das duas, e percebo que esqueci de pedir as chaves. Com Bianca no colo, arrombo a porta com força, fazendo- a cair no chão. Levo seu corpo para o quarto que parece ser dela, e levo Darcy para brincar no dela, enquanto dou um banho na mãe de minha filha.
Depois de tudo arrumado, abro a geladeira, faço o prato da bebê, dou à ela, e espero a Nic chegar.
Meus olhos vão ficando pesados, e quando estou prestes a dormir:
- O que aconteceu com essa porta? - Ela grita, e me levanto de súbito.
- Lembrei-me que tinha esquecido de lhe pedir a chave, então decidi arrombar a porta, já que se eu fosse te esperar, Bianca morreria no frio.
- Pode me dando o dinheiro dessa porta já!
- Claro, isto não é um problema para mim. - Sorrio cínico.
Retiro a carteira de meu bolso, a abrindo e colocando o dinheiro na bancada.
- Vou subir. Nos vemos amanhã.
- É o que? Quem disse que você vai dormir aqui?
- Eu disse, e se você não me deixar, eu simplesmente tiro a Darcy de perto da Bianca para sempre, e não é isso que quer ver, não é?
- Não sei como a Bibi foi se relacionar com você...
- Não éramos adultos o suficiente, e eu era trouxa, por isso a pedi em namoro.
- Cafajeste! Te odeio!
- Sei disso! - Mando um beijo no ar para ela, e saio subindo as escadas.
Acho um quarto que não esteja ocupado. Tiro meus sapatos, depois a camisa. Logo em seguida retiro a calça, e deito-me, sentindo meu corpo relaxar. Durmo, pensando se Bianca ainda gosta de mim, e me perguntando por que ainda me importo com isso.

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