Quem somos nós?-J.K

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Segunda de manhã, mais um dia, mais uma semana, me levanto antes mesmo do nascer do sol. Isso é comum para mim. Faço minhas higienes matinais, me troco, arrumo minha bolsa, com o que precisarei para hoje. Normalmente eu mesma faço meu café da manhã, ás vezes como qualquer coisa no caminho. Hoje tenho exames para fazer no curso, e não estudei quase nada, por falta de tempo que não foi. Sinceramente, eu não esperava que iria acorda todas as manhãs algo que queria fazer a tanto tempo, é como se nada fosse como esperava, sendo que eu fiz as escolhas.

Depois que me afastei de Henry, deixei a internet de lado, apenas usava para se comunicar com meus familiares, a seis meses minha vó veio a falecer, eu não pude ir me despedir da mesma, fiquei uma semana responsável por Júlio, meu pai e pela casa, para que minha mãe pudesse ir, juntou suas economias, comprou uma passagem e no mesmo dia se foi. Isso deixou uma grande divida para a mesma, quase perdera o seu consultório de odontologia, bom resumindo foi um caos. Eduardo me deu uma força e tanto naquele momento, mas eu sei que quem realmente me entenderia seria Henry, por um momento quis ele aqui, como eu estive quando sua mãe veio a falecer.

O caminho da minha casa até o cursinho é de meia hora andando, quase perto da escola que estudava, basicamente o mesmo caminho até lá, quando dou sorte, encontro Eduardo pela manhã, mas é bem difícil agora, que irá se forma em engenharia em breve, e está finalizando os exames. Seu amigo Steven, já é formado em mecânica, e ajuda Eduardo nos fins de semanas, basicamente mal o vejo agora, ele trabalha de segunda á sexta, e de vez em quando aos sábados.  

-Bom dia.-Fala uma senhora com quem me esbarro na porta de entrada do prédio.

-Bom dia.-Falo educadamente.

Subo as escadas até o terceiro andar, caminho até a minha sala. Abro a porta, e vejo que o professor já estava na sala, caminho até uma cadeira e me sento, Clara está atrás de mim, e murmura um bom dia desanimado. E minha frente senta um aluno do qual nunca conversei, e se me lembro, seu nome é Henrique, ele aparenta ser mais velho, e sábio, usava óculos quadrado, cabelos negro, seu penteado era um pequeno topete, sua roupas todas na cores cinza e preto, e isso lhe dava a impressão de ser alguém intelectual. 

São quatro horas de aula seguidas, hoje o professor deu algumas explicações do que provavelmente cairá na prova, e por fim deixou revisarmos algumas coisas, em caso de dúvida poderiam recorrer a sua ajuda.

-Odeio economia.-Escuto Clara reclamar atrás de mim. Estava concentrada sobre direito penal, algo que me dou bem, melhor do que comercial ou constitucional  ou até mesmo economia.-Jasmine.-Clara me chama, olho para ela, que mordia um marca-texto da cor vermelha.

-Sim?-Falo, e a mesma suspira.

-O que é economia monetária?- Me pergunta enquanto tirava a tampa do marca texto e passava por cima de algumas palavras.

-Você estudou isto na semana passada e não lembra?-Falo tentando parecer inconformada, pois nem eu mesma me lembrava o que era.

-Não, você sabe né?-A mesma pergunta me olhando.

-O professor está bem ali.-Falo inclinando a cabeça para que a mesma veja.

-Não, obrigada, em casa eu pesquiso ou peço ajuda para o Antônio.-Fala e volta a folhear seu caderno e livro.

-Monetária é uma forma de sociedade onde os produtos são trocados por dinheiro, parecido com a economia de escambo.-Escuto uma voz masculina, um pouco rude no jeito de falar até. Imaginei que fosse o professor mas não era, Clara me olha e sorri, olho para frente, e vejo Henrique virado para mim.

-Obrigado Henrique.-Clara fala, e começa a escrever algo com um sorriso no rosto.

-Obrigada.-Digo sem graça, pelo jeito que me olhava deveria me achar burra, só o seu olhar já pesa, imagina o que deveria está pensando estudam e não sabem do básico .

The Destiny {STALIA}Onde histórias criam vida. Descubra agora