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Sonhos estranhos II

Estar perto do Pytter sentir seu calor corporal, suas respirações e seus toques contra minha pele, seus batimento cardíacos acelerados, era uma sensação inexplicável de estar com ele.
Porém com a fatalidade que ocorreu com o Henry, não era um momento oportuno para está ao lado dele na cabana. Apesar de um confortar o outro, à atração física era uma coisa impossível de se controlar, não importa a situação que aconteça, se Pytter e eu estivermos juntos acabamos na cama nus ofegantes, exaustos.

Meu sono estava sendo tranquilo, até que o mesmo sonho surgia novamente em minha mente, era sempre a mesma coisa; as vozes gritavam querendo proteger ao que parece ser eu, um homem e uma mulher aparecem mas suas faces não, depois a entrada de uma torre, árvores das florestas e a lua até meus pais aparecerem.
Esses sonhos já estavam começando a mexer comigo, me deixando apreensiva por algo que eu não sabia explicar, me mexia na cama tentando endenter o sonho, até uma mão tocar no meu ombro me fazendo levantar rápida sentando na cama.

-Calma meu anjo. - falou minha mãe que me olhava assustada. Um barulho de trovão me fez virar rápido para a janelinha do meu quarto.

-Está chovendo? - sussurrei.

-Sim.

-Papai saiu de novo?

-Não nessa chuva, ele não é louco. - falou esboçando um sorriso sincero. - mas eu vou precisar sair nessa chuvarada.

-Por que? Aonde vai?

-A Emily precisa de mim para ajudar uma mulher que está preste a dá a luz do outro lado da alcateia. - falou pegando a capa a pondo.

-E dês de quando você é parteira? - levantei da cama.

-Não sou, só vou para ajudar caso ela precise. Meu anjo temos que ser solitários quando uma pessoa necessita de nossa ajuda.

-E eu vou fazer o que nessa chuva? - falei saindo do quarto atrás da minha mãe.

-Ficar quietinha em casa. - falou meu pai na porta.

-Aonde vai? - um coro formou-se na sala feito por mim e minha mãe.

-Calma também vou ter que sair, Lyan e Paul estão me esperando.

-Para quê?

-Ainda temos que acabar de inspecionar os cantos da alcateia. Com a morte do menino Henry à alcateia ficou em alerta. - falou respirando fundo.

-Triste que aconteceu com o Henry era uma criança tão alegre - disse minha mãe.

-É. Bella meu amor não saia nessa chuva. - me advertiu meu pai.

-Não vamos demorar. - falou fazendo biquinho mandando-me beijo no ar antes de fechar a porta.

-É claro que vão. - falei de braços cruzados.

                       ♠♠♠

A chuva tinha dado uma rendição para à alcateia que estava sendo massacrada, sai de casa para aproveitar o frescor que estava no ar, havia lama para onde você olhasse.
Um pouco afastada da alcateia andava distraída vendo os balanços das copas das árvores, passava pelos arbustos, com um único propósito de chegar na cabana implorando mentalmente para que Pytter esteja lá e não com o Lyan. Parei perto de uma árvore quando um som vindo dos arbustos chamou-me a atenção, estranhei mas preferi seguir porém fui derrubada bruscamente no chão quando Johnny pulou em cima de mim se pondo sentado.

-Bella está tão linda, como sempre. - falou em cima de mim.

-O que você quer? - pergunta idiota.

BellaOnde histórias criam vida. Descubra agora