39.

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Em passos precisos, firmes severos caminhava até o meu quarto, determinantemente ignorava o Vampiro que me seguia e chamava-me inúmeras vezes enquanto apertava meus passos.
Abri as portas entrando sem as fechá-las deixando-as fechar sozinhas, mas foram impedidas pelo Conde que as empurrou assim pode entrar e fechá-las atrás de si enquanto cruzava meus braços o incinerando com meu olhar severo.

-Podemos conversar civilizadamente alteza como dois adultos civilizados dialogariam? - ironizava enquanto reverenciava-me.

-Diga logo sem delongas o que maldição você quer? - voz severa dizia tudo em só uma vez. Retornado a sua compostura anterior, Klaus olha-me sereno, mas com seu maldito jeito de ser safado.

-Perdoe-me.

-Quê?! - indaguei entortando minha cabeça.

-Perdoe-me. - repetiu. Estranhamente o olhava incrédula na tentativa de o entender.

-Quê? - ajoelhou no chão fazendo seu joelho produzir um som oco ao se chocar com o chão.

-Perdoe-me. Eu te amo.

-Sério! Hoje de manhã invadiu meu quarto para cuspir aquelas palavras e fez aquele patético showzinho na mesa, para agora me pedir perdão?! - esbravejava enquanto o via abaixar e depois levantar a cabeça levanto seus olhos a mim.

-Eu te amo. - pasma o olhava esperando algo a não se "eu te amo" como desculpa para um perdão.

-Saia daqui. - disse o dando as costa.

- Não posso ficar longe de você Bella, por mais raiva, ódio que você me cause, não posso, por um simples motivo. Eu te amo. - sua voz aproximava de mim.

-Klaus...

-Sei que não te ganhei, mas vou ganhar estou convicto disso.

-Sério!? - virei-me o vendo há pouco centímetros entre nós.

-Não da para ganha você estando com raiva, eu te amo e vou mostrar isso para você. Eu juro que mato o ser que se atrever entrar no meu caminha. - afaste-me dele seguindo até a porta a abrindo.

-Não quero que você derrame nenhum sangue de qualquer que seja. Sei que é duro para você Klaus mas... todo aquele avassalador sentimento que senti desesperada por você... não existe mais, admito que você conseguiu a proeza de confundir meus sentimentos as deixando louca por você. Mas eu não te amo. - dizia buscando as palavras necessárias para não o feri-lo. Aproximava-se de mim porém parou ao chegar na porta onde estava, olhando-me.

-Vou fazer você me amar de novo, nem que para isso seja necessário derramamento de sangue. - finalizou antes de seguir para fora do meu quarto deixando-me remoer o que havia dito.

♠♠♠

Olhava a floresta branca, sentada via suas copas balançarem-se lentamente pelo vendo fraco que sobrava. Abraçada a mim mesma mordia os lábios as lembranças do Pytter, um misto de branco e verde das árvores das florestas. Coração apertava a cada momento que invadia minha mente, seus abraços permitindo-me a ouvir seu coração bombear, o calor que emanava do seu corpo para o meu, nus, o calor avassalador era mais ardentes, intensos, fervorosos, inexplicavelmente inesquecíveis para mim.
Ao fechar meus olhos apertava minhas pálpebras deixando minhas particularmente ridículas lágrimas caírem pelo meu rosto enquanto abri meus olhos e observava a floresta, puis uma das minhas mãos no vidro gelado da minha janela acariciando o vidro desejando a todo momento querer estar envolvida em seus braços, em seu corpo nu precisamente.

Seus beijos, suas pequenas mordidas nos meus lábios, suas mãos apertando cada parte do meu corpo deixando marcas avermelhadas precisamente em minhas coxas da qual ele fazia questão de deixá-las aparente, arrepiava-me so de saber que sua pele estaria colada ao meu, deixei escapar uma risadinha ao lembrar das marcas em minha coxas.
Não posso pensar, sonhar, ver que o perdi, não posso perder o homem que eu amo,que eu amo tanto. - pensava em um pequeno desespero que crescia em mim, engolia em seco na fracassada tentativa de desatar o nó que surgia em minha garganta, fechava minha mão em um punho ainda no vidro gelado o desejando.

Meus lábios sussurrava silenciosamente o refrão de uma música que Pytter cantava para mim na cabana em meio a lareira, dizendo que nosso amor era único, forte. Sei que ele também canta, olhando para algum lugar imaginando-me em sua mente, sei que estar em algum lugar dentro da floresta debaixo de muitas árvores da qual vejo suas copas cobertas de neve.

-Sinto sua falta. - finalizei silenciosamente a música.

-Que música linda. - virei o rosto assustada por ter surgido do nada, a via sentar perto de mim enquanto me ajeitava levando meu olhar ao chão.

-Cantavam para mim na alcateia. - disse lembrando dos lábios que cantavam beijando-me doce, intenso, ardente, com fervor, avassaladoramente.

-Sente falta de lá, não é? - perguntava apanhando minha mão delicadamente.

-Sinto, e muito.

-Você vai voltar, não pelo seus pais adotivos. - a olhei incrédula. - mas por uma pessoa especial não é?

-Não quero deixar vocês. - disse na tentativa de inverter o assunto.

-Meu anjo o que importa é sua felicidade.

-Sofreram tanto sem mim. - sussurrei.

-Sim. Mas você está aqui. Mas seu coração esta lá ou estou errada? - respondi em negação com a cabeça. - vamos ficar... meio triste por saber que a nossa filha estará com Lobos ao invés de nós, mas vai existir uma felicidade ao saber que você esta viva.

Dizia envolvendo-me em seus braços repousando a minha cabeça em seu colo, sua mão acariciava minha cabeça. Pensava em como iria fazer uma decisão se as duas eram importante para mim, o amor dos meus pais biológicos, e o homem que amo. Nenhuma decisão é tão fácil assim, sempre sofremos quando acabamos de nos decidir. E eu sofro antes de escolher e possivelmente depois que eu escolher.
Fecho os olhos apertando minhas pálpebras escolhendo uma decisão que me mataria por dentro mas os deixariam felizes.

-Vou ficar. - sussurrei com a voz embarcada.

Meu peito doía ao ter dito, porém minha verdadeira decisão já havia sido tomada, iria ficar com o homem que eu amo.

Observava minha mãe seguir até a porta arrastando consigo sua saia volumosa rendada, virou para mim mandando-me um beijo no ar antes de fechar a porta atrás de si deixando-me só novamente com meus pensamentos. Levava serenamente meu olhar a floresta novamente. Lembrando-me do sonho, havia firmemente me decidido, iria ficar com o Pytter havia o escolhido... bom, pelo menos meu coração o havia escolhido, não podia determinantemente escolher meus pais biológicos, apesar dela ter dito que "o importante era a minha felicidade ", mentira, sei que irão ficar super magoados por eu ter escolhido meu Lobo. Talvez não irão aceitar, vão tentar compreender mas sempre vão disser " por que ?" vão pensar em mil e uma coisas para trazer-me de voltar, talvez alegando várias coisas.

-Por que decisões tem que ser tão difíceis?! - esbravejava pondo minhas mãos em minha cabeça levando meu cabelo para trás.

BellaOnde histórias criam vida. Descubra agora