II=O Xamã

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   De  volta ao caminho estreito de barro, Lusgarth e Aria  estão distraídos.

       Enquanto andavam, eles olharam para as plantações não havia mais ninguém, o sol estava quase se pondo então deveria haver pelo menos alguns camponeses e crianças seguindo caminho para a vila, mas não havia ninguém nem nos  campos, plantações ou pelo cominho.

   Eles se entre olham. A curiosidade já quase os domando-os, eles se olham novamente.

— Quem chegar lá primeiro ganha! – falou Aria apontando em direção a vila, ela não esperou uma resposta de Lusghart.

    Lusghart ouviu um farfalhar nos arbustos. Ele pressentiu um péssimo ar.

—Me espere Aria – Falou Lusgarth correndo meio ofegante quando ele olha para os lados vê várias sombras dentre os arbustos e campos, ele se apressa mais, gritando —Aria me espere.

    As sombras logo se materializaram na frente e aos lados de Aria, Lusghart reconheceu na hora oque eram, lobos do Kulrka, são lobos que literalmente são  noturnos, eles são muito silenciosos vários caçadores que vão atrás dessas feras nunca voltam ou nunca voltam inteiros, esses lobos caçam em grupo de pelo menos sete, os lobos Kulrka são tão silenciosos que a uma lenda que os cerca.

     

       Um Xamã chamado Kulrka tinha enfeitiçado um totem em formato de lobo, e disse aos aldeões de uma pequena cidade : Aquele que for um caçador de coragem não irá matar lobos e sim conviver com eles….. mas como também em toda a  convivência também haverá sangue. Quem irá passar a conviver com lobos... agirá como um lobo e.. será que depois de tanta confiança ainda os traíra e os matará e diante deste totem colocará  seus frios mantos sujos de sangue e se tornará destemido diante de todos? mas se assim o fizer levará uma dor que nem uma mulher poderá falar que já sentiu.

    E um caçador que passava por ali tinha ouvido o Xamã falar e carregou o desafio como vários outros caçadores, depois de um mês, talvez ele foi o único que sobreviveu, colocou diante o totem sete peles de lobo, o Xamã rindo disse: Você teve coragem e determinação sim… mas você não entendeu a mensagem que eu passei diante de todos, você foi arrogante e ignorante se preocupando com seu próprio ego e esquecendo a parte da dor, e essa é a sua maldição: lobo tu serás e lhe arranco as cordas vocais para que não cresça mais teu ego, você nunca mais verá a luz do sol e sentirá somente fome acompanhada da tristeza, você viverá assim pelo resto de sua vida, e agora eu também  amaldiçoou a todos aqueles, que fazem de seu próprio ego sua principal pilastra, a seguirem o caminho dele.

   

  Lusghart não sabia como agir, mas ele teria que o fazer algo rápido, rapidamente ele juntou as mãos em um formato de círculo, suas mãos se iluminaram em um vermelho forte, ele abriu as mãos como se abre um leque, quando assim fez, uma bola de fogo pairou sobre a sua mão, e ele jogou para ela pairar sobre a cabeça de Aria. Os lobos, se balançaram em desespero, como eles viviam somente a noite seus olhos eram sensíveis demais para com uma luz forte, eles começaram a sair dali com a mesma velocidade de quando chegaram. Lusghart correu para chegar mais perto de Aria, que caia de joelhos e tremia dos pés a cabeça

—Muito Obrigado-disse ária com  lágrimas caindo de seus olhos em seu rosto Lusgarth em estado de choque por não acreditar em tal feito, ele a ajudou a levantar do chão.

  Eles caminharam juntos, a bolinha de fogo ainda pairava sobre Aria.

— Lusgarth, Eu nunca vi criaturas assim antes! O que eles são?– disse ela sem olha-lo, olhando apenas para o chão.

  Lusgarth conta a ela a lenda dos lobos e explica a ela. Eles ainda escutam uns farfalhar e passos os acompanhando. Aria segurou o braço de Lusgarth.

— Eles ainda estão nos acompanhando, Lusgarth, seria melhor a gente correr!

— Não se preocupe já estamos chegando na vila, e eles vão parar de nos acompanhar.

    Saindo da estradinha de barro, e agora caminhando em uma estrada de paralelepípedos, eles finalmente chegaram em zenit, as casas e tavernas eram de grossas madeira de carvalho, as ruas iluminadas por tochas deixavam um tom de vermelho amarelado nos paralelepípedos da estrada, eles caminharam em direção a suas casas.

— Lusgarth, quando está bolinha desaparecerá? – perguntou Aria.

— Eu não sei ao certo, mas não se preocupe ele não vai te queimar, é só uma bolinha para iluminar. – eles riram e se despediram.

The Twelve KnightsOnde histórias criam vida. Descubra agora