Capítulo 6 : Uma ajuda inesperada

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Da para imaginar algo assim?
Meu pai, um ladrão, eu já devia ter suspeitado, nossa. Me deparei com a bolsa, a maldita bolsa que eu havia pedido hoje de manhã, mesmo a querendo muito, eu ainda estava terrivelmente assustada com que iria acontecer agora.

Aquela noite me desabei em preocupação, mas eu precisava me livrar dela, não quero ter rugas aos 39 anos.  Me levantei da cama, disposta a ligar para minha amiga, e ir para uma boate aqui perto.

                           (...)

A noite estava incrivel podia ver no olhar de Carmen a decepção por eu estar muito bêbada.

- Não acha que já chega?- Perguntou tomando de minhas mãos o copo de Vodka.

- Me... De. Deixe em paz... Você não pode... Dizer... O que eu posso fazer... - Disse com a língua bastante pesada.

- Eu sei disso, mas você não esta em condições de ... - O telefone dela toca. - Com licença.

Ela passa alguns minutos com o celular colado ao rosto, depois me
olha.

- Preciso cuidar do Lukas . Ficou doente.

Ele direciona seu olhar para o centro da boate, e parece encontar alguém conhecido.
Só para esclarecer, Lukas é o irmão mais novo dela, ele tem 5 anos de idade.

Ela sai de onde estamos e conversa com alguém.

Carmen on

- Christian né?

- Sim, sou eu.

- Oi eu sou Carmen. Bom, peço desculpas por isso mas é que preciso de ajuda, e minha amiga não colabora. - Seu olhar fica confuso.

- Pode me explicar melhor?

- Minha amiga alí, Anelise, esta muito bêbada, e eu preciso ir para casa cuidar do meu irmão. Você poderia levar ela em casa?

Ele suspira, mas percebe que eu estava realmente apressada.

- Tudo bem.

- Oh, Christian, muito obrigada, já que estudamos na mesma escola, você pode devolver meu carro amanhã, estou confiando em você, cuidado com meu carro e a vida da minha amiga.

Ele franze as sobrancelhas, bem, acho que o assustei.

- Aqui esta o endereço. Ela precisa ser levada urgentemente para casa, senão vai virar uma louca aqui.- Entreguei o papel. - Sabe dirigir né?

- Apesar de não ter carro, eu sei.

- UFA, OK, muito obrigada. Aqui as chaves, tome cuidado.

- Vou tomar.

Anelise on

- Ei. Você.... Ah não....

Um garoto apareceu na minha frente... Ah, Christian, esse grosso, o que esse idiota queria?

- Venha, vou te levar para casa. - Falou segurando meu braço.

- A mando de quem? - Me soltei.

- Da sua amiga.

- Não quero ir, você não vai me obrigar.

- Você dúvida?

Não acredito que ele vai fazer o que eu estava pensando.
É,ele fez.

- Ei!!! Me solta!!! Você não é meu pai!!!!

- Graças  a Deus não sou.

Eu batia nas suas costas, e gritava para que ele me soltasse, mas era inútil. Tive que aceitar a situação.

Enfim chegamos em um carro, que eu reconheci ser de Carmen. Eu vou mata- lá amanhã!!!

- O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA SEU ESTÚPIDO!!!

- Da pra calar a boca?!? Não estou afim de receber reclamações de uma patricinha. Estou fazendo um favor para suas amiga, gosto menos disso do que você, então fassa silêncio!!

Nossa! Eu fiquei com um pouco de medo ao ouvir essas palavras, mas também fiquei com raiva de Carmen, por me mandar voltar para casa com um completo desconhecido.

Alguns minutos se passaram, não estávamos muito longe, e eu já não estava tão bêbada assim.

- Pare aqui. Preciso vomitar.

Ele parou, e sai correndo para uma lata de lixo, eu estava muito mal. Uma tontura se apoderou de mim rapidamente, e me ajoelhei depois de e ter soltado pela boca o álcool forte que ingeri praticamente a noite toda. Minha respiração estava acelerada.

Vi Christian descer do carro com uma garrafa com água.

- Beba isso aqui. São quase uma da manhã, precisa se nutrir.

- Obrigada. - Peguei a garrafa de suas mãos. -Alguma coisa te mordeu?

- Desculpe. - Pareceu confuso.

- Esta tão educado.

Ele sorriu, não pareceu sentir raiva.

- Não sou um mal- educado. Só com pessoas que merecem.

-  E eu mereço?  - Olhei nos seus olhos, percebendo a real beleza deles, nunca tinha reparado nisso.

Christian não disse nada apenas se levantou e estendeu a mão.

- Vamos Anelise, esta tarde.

Segurei e me levantei, e nos dirigimos para o carro.

                           (...)

- Não se preocupe, pois eu acho que isso não vai acontecer de e novo. - Disse para ele, abri a porta do carro, mas antes dei um beijo em sua bochecha. - Obrigada Chris, boa noite.

Christian pareceu surpreso, não me preocupei, afinal sempre fui digamos " Fora da casinha".
Ele se foi.

Na minha cama me perguntei, como ele sabia meu nome?

E estranhamente dormi com esse garoto grosso e misterioso em meus pensamentos...

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2017 ⏰

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