Capitulo 11

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Eu não esperava vê-lo tão cedo. Mas aqui estava ele, em pé na minha frente com toda a sua glória. Cabelos negros perfeitamente bagunçado, sorriso torto nos lábios acentuando o furinho no queixo, olhos azuis que me encaravam satisfeitos e para completar essa divina obra de arte ele estava com um maldito terno preto feito sob medida para seu corpo deliciosamente músculoso.
Esse homem devia ser proibido de usar terno, é um perigo para todas as mulheres.
Tentei raciocinar e dizer alguma coisa, mas ele foi mais rápido.

"Que surpresa agradável, Larabelle." Falou com um voz sexy.

"Eu não esperava vê-lo nessa ala, Doutor Herrera" falei e percebi um lampejo de divertimento em seus olhos.

"Esperava me ver onde Larabelle?" Ele perguntou com segundas intenções. Safado.

"Na palestra." Falei cortando seu joguinho. Abaixei e fui juntando meus livros que tinham caído e ele me ajudou.

"Na palestra, claro. Vejo que ficou atordoada quando olhou o panfleto e viu meu nome."  Me provocando o maldito.

"Fiquei apenas surpresa. Não esperava vê-lo"  ele segurou minha mão e eu olhei para cima e seus olhos me consumiram.

"Acho que fui bem claro no cartão quando disse que iria te ver em breve, e cumpro todas as minhas promessas. Não ache que é só na palestra. Eu quero te ver mais, te ver por inteira. Você não deveria ficar surpresa com isso." Marco falou em uma intensidade que me tirou do eixo. Me ver por inteira?

"Respondendo sua dúvida interna quando eu digo por inteira é cada parte de você." Seus olhos brilharam de desejo. Eu ia responder, mas o Professor Pablo resolveu sair da sala.

"Lara, que bom que ainda está aqui eu esqueci de pegar seu telefone para falarmos sobre a pesquisa." Professor Pablo sorriu e foi diminuindo o sorriso quando percebeu Marco que apertou a mandíbula ao ouvir que o loiro queria meu telefone.

"Claro, Professor." Prontamente fui pegar meu caderno da mão do Marco Antônio que estava me olhando com raiva. Mas que homem louco.

"Doutor Herrera, que surpresa encontrá-lo aqui." Disse o Professor Pablo estendendo a mão para cumprimentá-lo. Eu não era a única surpresa por isso, interessante. A contra gosto Marco estendeu a mão para o Professor.

"Pablo. Trabalho aqui." Foi seco e nem deu o trabalho de chamar o outro de Professor.

"Aqui está meu número Professor. Meu WhatsApp também é o mesmo número, mande algo que irei gravar o seu." Ele sorriu docemente para mim

"Mandarei Lara. Boa noite Doutor. Boa noite Lara, nos falamos depois." Deu um último sorriso e saiu pelos corredores. No mesmo instante Marco pegou pelo braço e me empurrou até a parede.

"Você está maluco? Alguém pode nos ver!" Eu falei assustada

"O que você tem com esse maldito? Por que deu seu número a ele? E por que o desgraçado quase te comeu com os olhos?" Ele explodiu e seus olhos ficaram loucos de raiva.

"Eu não tenho nada com ele. Quer saber, não devo satisfação da minha vida a você. Te conheci ontem! Está maluco? " Ele me agarrou mais firme contra a parede. E disse em uma voz controlada, ignorando totalmente o que eu disse

"Eu não quero saber desse alemão do caralho perto de você. Conheço quando um homem está louco para comer uma mulher, é isso que ele quer. Mas escuta bem uma coisa Larabelle, isso não vai acontecer, eu não irei deixar que ele toque um dedo em você."
Fiquei sem fôlego com suas palavras e piorou quando senti seu membro duro que ele fez questão de encostar em mim.

"Ele é meu professor que me deu a grande oportunidade de escrever um artigo com ele, apenas isso." Ele ficou ainda mais louco e prendeu minhas mãos acima da minha cabeça.

"O quê? Quer te comer a troco de um artigo. Desgraçado."  Seus olhos demonstravam fúria e sua mandíbula estava trincada, mas eu estava mais furiosa por ele achar que fui convidada a escrever o artigo por que o Professor tinha interesse em mim.

"Me comer o caramba! O único que está com essa intenção bem clara aqui é você e tem mais..."  ele me cortou segurando a minha nuca e reivindicou minha boca para si. A princípio tentei resistir, mas ele esfregou sua ereção em mim e eu gemi dando espaço para ele enfiar a língua sem dó em minha boca. O beijo era urgente, ele soltou minhas mãos que estavam presas acima da minha cabeça e eu coloquei direto em seus cabelos negros puxando-o mais para mim. Suas mãos correram pelo meu corpo enquanto sua língua trabalhava duramente com a minha. Não respirava apenas sentia ele me consumindo inteira, me deixando louca de tesão com o beijo. Marco Antônio mordiscou meu lábios inferior e foi descendo mordiscando meu pescoço, ergui minha cabeça dando mais acesso a ele. Aproveitou minha entrega e sussurrou no meu ouvido

"Gostosa. Sinta o quanto quero você." Sua voz rouca me causou arrepio. Puxei seus cabelos e olhei nos olhos de Marco agora totalmente escuros de desejo.

"Vamos sair daqui."  Não foi um pedido da sua parte, foi uma afirmação. Imediatamente se afastou de mim e pegou meus livros do chão mais uma vez. Eu não tinha me movido um centímetro, esse homem é um furacão que está me consumindo.

"Vamos." Ele olhou para mim e sorriu. Devo estar toda desarrumada, enquanto o maldito continua lindo e intacto em seu terno preto, apenas os cabelos estão aquela bagunça deliciosa. Passei na sua frente e ele colocou a mão na parte baixa das minhas costas.
Virando o corredor damos de cara com uma Cecília muito furiosa.

"Meu Deus Lara, já estava indo te procurar. Todo o pessoal da faculdade saiu e você ainda aqui, mas agora vejo o motivo. Boa noite Doutor" ela sorri para o encharcador de calcinhas mór. Desgraçada!
Calma peoa, calma...

"Boa noite Cecília. Como tem passado?" Ele pergunta como um bom médico, que de bom não tem nada!

"Bem graças a você" responde a vaca. Eu já perdi minha paciência de ver ela se derretendo igual uma cadela pelo homem, interfiro

"Que ótimo que já esclarecemos o quão bem a Cecília está. Vamos embora Cecília que está tarde." Já vou andando e Marco agarra em meu braço.

"Onde a senhorita pensa que vai?"
Indaga com raiva.

"Penso não, vou! Para minha casa"  respondo petulante

Vejo ele respirar fundo e conter a fúria. Deve ser por causa do amiguinho insatisfeito lá em baixo.

"Cecília nos dê licença um minuto." Ele fala pra ela, mas está com os olhos fixos em mim.

Passou a mão nos cabelos, bagunçando mais ainda.

"Porra mulher você está me deixando louco! A um minuto estava totalmente entregue a mim e em seguida já está toda decidida a ir embora. Não tão fácil."

"Marco Antônio, preciso pensar no que está acontecendo aqui. Nós nos pegamos no corredor da faculdade onde eu estudo e você trabalha, e se alguém nos visse?! Isso está muito louco."   Melhor dizer a verdade, quando estou com ele perco minha razão. Vi um lampejo de culpa em seus olhos.

"Você está me deixando fora da minha mente, mulher. Tudo bem não ser aqui, mas amanhã após a palestra jante comigo?"  Ele está me convidando para um encontro. Respira. Respira. Respira peoa!

Bem agora lembro da tal Amélia.

"Acho melhor não, você pode ficar em apuros com a Amélia."  Ele cerrou os olhos e falou com uma voz controlada

"Não aceitarei um não. Amanhã após a palestra."  Me deu um beijo no rosto e seguiu seu caminho. Fiquei babando ao vê-lo caminhar com passos controlados. Que costas meu Deus! E a bunda?! Até o andar desse homem tinha domínio.

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