Capitulo 13

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Saímos do estacionamento da faculdade direto para um restaurante. Durante o percurso ficamos em silêncio. Estava focada em manter minha mente, coração e respiração sob controle.
Marco conduziu o carro até um restaurante na parte nobre da cidade que eu nunca tinha ido e garanto que se não fosse com ele hoje, nunca na minha existência iria. O trem era chique demais! Descemos do carro e ele entregou a chave para o motorista, fomos em frente e eu estava com uma puta vergonha. O restaurante era alto e tinha a frente toda em vidro, acima estava escrito "Le Arthuro" . Entramos e fomos recebidos pelo maître.

"Boa noite Dr. Herrera, siga me por favor" disse o homem impecavelmente vestido.

"Boa noite. Vamos Larabelle" dei um passo à frente e Marco pousou a mão na parte baixa da minhas costas.

Fomos conduzidos a uma mesa na frente de uma fonte, com esculturas lindíssimas.
Marco Antônio puxou minha cadeira e sentou-se à minha frente.

"O que achou do lugar?" perguntou com um olhar interessado, esperando que eu tivesse gostado.

"Achei magnífico. Nunca vi nada assim antes." Estava admirada.

Ele sorriu e o bendito furinho apareceu. Nossa Senhora Que Protege Do Encharcador de Calcinhas Mór!

"Que bom que gostou."

"Mais vou logo avisando, não tenho grana para pagar isso não! Só para sentar nessa cadeira já deve custar horrores. Por minha tínhamos ido no Subway, lá eu poderia pagar o meu e o seu." Falei logo o que pensava. Ele olhou para mim com aqueles olhos risonhos.

"Não se preocupe com nada. Eu convidei você e mesmo que fosse ao contrário jamais permitiria que assumisse a conta. Que tipo de homem acha que eu sou?"

Um gostosão,lindo, HOMÃO DA PORRA esse é o tipo que você é!

O garçom veio e fizemos o pedido. Em seguida aquele mar azul se fixou no meu rosto.

"Você nunca mencionou no que você trabalha." perguntou com curiosidade.

" Eu sou uma Faz Tudo" 

"Como assim uma Faz Tudo? Estou curioso." Sorriu e seus olhos estavam intrigados e curiosos.

Retribui seu sorriso e expliquei

"Bom, eu ainda não consegui nenhum emprego fixo que possa conciliar com a faculdade. Então eu sou do tipo que Faz Tudo..." Ri e continuei " A maior parte do meu trabalho é para uma empresa pequena fazendo anúncios dos seus produtos na internet, mas no restante do tempo que tenho declaro impostos de renda das pessoas, faço concerto de celulares, ferros, formato computadores, troco lâmpadas e cuido das crianças da minha vizinha alguns finais de semana por mês. Basicamente isso, uma Faz Tudo."  Termino de falar e rio. Vejo em seus olhos que ele está admirado e surpreso.

"Realmente você faz tudo. Onde aprendeu a concertar coisas?"

"Nasci e fui criada no interior do Mato Grosso em um sítio com meus pais e irmãos, o sítio é um pouco longe da cidade e então tudo que precisávamos tínhamos que fazer nós mesmo. Se o ferro quebrasse tínhamos que fazê-lo voltar a funcionar. Assim eu fui aprendendo muitas coisas com meu pai que sabia sobre essas coisas e até faz suas próprias engenhocas."  Expliquei sorrindo e sentindo aquela saudade de casa e deles.

"Você é uma caixinha de surpresas Larabelle, estou muito admirado com tudo isso." Ele sorriu e seus olhos brilharam por alguma coisa que ele pensou.

"E você Doutor? Conte-me algo sobre você e sua família." Estava cheia de curiosidade sobre esse homem. Precisava saber mais sobre esse pedaço de mal caminho que tem me tirado do eixo nesses últimos dias.

"Me chame de Marco Antônio, Larabelle. Acho que já estamos bem íntimos pra você continuar com essa de Doutor. " ele falou bravo. "Nasci e cresci em Madrid, sai de lá para estudar medicina em Yale e retornei para Madrid para fazer minha residência e especialização. Após alguns anos de estudos e pós graduação, fui convidado pelo meu amigo Ricardo para passar um tempo aqui no Brasil ministrando aulas e dirigindo o setor de cardiologia do hospital. Estava querendo passar um tempo longe da Espanha e isso uniu o útil ao agradável, e aqui estou eu."  respondeu bem profissional, mas não falou nada sobre ele ou sobre sua família, apenas relatou sua carreira profissional. Não entendi, mas resolvi ficar na minha.

Nossas refeições chegaram e comemos em um silêncio confortável. Bebemos vinho e vez e outra Marco Antônio pegava na minha mão por cima da mesa e sorria aquele sorriso torto para mim. 

Chegou na parte da sobremesa e eu estava cheia, mas se a sobremesa for igual a refeição mesmo satisfeita eu vou comer. Nunca comi uma refeição tão boa desse jeito.

"Larabelle você vai querer qual sobremesa?" Marco Antônio perguntou para mim malicioso.

"Pode ser o mesmo que você for pedir." Se aproximou de mim e sussurrou com aquela voz grossa

"A única sobremesa que eu quero é você na minha cama, toda abertinha e molhadinha pronta para mim." Estremeci e corei. Aí.Se.nhor! Minha calcinha já era.
Ele olhou para mim com um olhar devasso e mais uma vez sussurrou

"Ficou corada e garanto que também ficou  molhadinha." Pegou minha mão por debaixo da mesa e colocou diretamente em cima da sua ereção.
Puta.Que.PARIU! Calma peoa, respira!
Ele estava grande e duro por mim. Eu o queria agora, estava tão necessitada que não reclamaria se ele me jogasse em cima da mesa desse restaurante lotado e me fodesse duro.

"Sentiu o que você faz comigo? O quanto estou duro por você? Quero você. E quero hoje! Vamos sair daqui" Seus olhos estavam um mar revolto azul. Marco Antônio se levantou jogou um bolo de notas em cima da mesa pegou na minha mão e saímos correndo do restaurante em direção ao seu carro. Não podia raciocinar eu precisava é dar! Chega de negar quero ser fodida por esse homem hoje.
Entramos no carro ele acelerou e saiu cantando pneus.
É hoje que esse homem vai me "desvirginar" pela segunda vez.

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