Cap. 38 - A carta...

30 5 0
                                    

Hey...

Okay, eu não sei como começar isso. E muito menos o que escrever realmente. Mas, infelizmente, pode me chamar de medrosa se quiser, não consigo falar para tu o que realmente quero.

Pra começar, não nos conhecemos com alguma das duas caindo na fonte de um banheiro, nem ao som de uma música tocada por nós. Muito menos com alguma de nós sendo conhecida pela escola como a encrenqueira. Ou com nossas melhores amigas se trombando na rua. Na verdade não posso realmente dizer quando prestei atenção, realmente, em você. Mas sei como começamos a nos falar e a primeira coisa que reparei foi o seu sorriso.

Para mim, em teoria, sentimentos são como plantas. Você pega a semente e a planta ( é quando se cativa pela pessoa), você cuida e rega (começa a gostar), você vê ela brotar pequena e delicada, mas que pode durar ou não depende de seus cuidados (e aqui é quando não sabemos que o gostar  está virando paixão), o primeiro botão então aparece, que deve receber atenção (e a pessoa já está apaixonada) e então se ela chegar a florir, terá um pouco mais de trabalho, terá que cuidar, dar atenção e a manter, ou irá morrer (e isso é o tal do amor).

Claro que, minha teoria representativa não diz muito, mas é assim que vejo meus sentimentos. Uma forma bem clichê e delicada na verdade. Talvez você a ache estranho e sem sentido, mas como qualquer pessoa normal, eu tenho um pouco de loucura.

E aqui chegamos. Minha loucura. Se for parar pra pensar posso parecer uma louca agora, lhe escrevendo uma carta e incerta do que lhe falei antes de você percebê-la. Mas se não fosse assim, talvez não fosse totalmente eu.

Quero dizer que a acho linda, que gosto de seu sorriso. Da forma como fica com o boné para trás. A forma calma que fala. Quando fica animada, quando apenas olha para o nada. Claro que não conheço todas as suas manias, mas seria uma honra conhece-las.

Não sei quando, onde, nem porque, mas me vi apaixonada por você. Infelizmente sou tão lerda para perceber o que sinto quanto para saber se senti algo por mim. E isso quer dizer muito. Provavelmente já gosto de você antes mesmo de nos falarmos e sem perceber me vi apaixonada por ti quando te conheci.

Quero que saiba que mesmo se não responder ao que sinto, nada irá mudar. Ainda vou querer ser sua amiga (se você quiser ser a minha), que pode contar comigo para o que precisar. Para ser seu porto seguro e estar lá para dar forças quando precisar. Quero te ajudar, te fazer sorrir, chorar de rir. Deixar sem graça e a fazer correr. Dar abraços cheios de carinho e te confortar quando precisar.

E bem, por aqui me despeço... Nesta "carta" não tradicional e oficial. Pra começar que queria uma folha sem linhas, mas não tenho em mãos.

De qualquer forma, beijos e abraços para você Little Queen. (Ps. Em meu "Jardim sentimental" tenho um pequeno botão a florir, mas este último depende de ti).

De então, sua amiga, Sophie.    

AdolescenceOnde histórias criam vida. Descubra agora