Adolescence

Cap. 100 - Chegou a hora.

Pov. Narrador

Não muito longe dali Mirian tinha acabado de chegar de viagem. Depois de ter passado muito tempo fora e de ter terminado sua faculdade de psicologia. Ela estava voltando para o Brasil, havia acabado de chegar. Ela usava um vestido simples, mas bonito, na cor azul marinho, com uma leve transparência nos ombros e colo, marcava sua cintura e caia solto e leve até a altura de seus joelhos, também um salto fechado que combinava perfeitamente com o seu vestido. Sua roupa combinava perfeitamente para a ocasião que suas antigas amigas estavam se preparando.
Ela não estava nem um pouco preparada para encontrar todos, muito menos para reviver algumas lembranças que havia esquecido. Mirian saiu do aeroporto e levou suas malas para o seu antigo apartamento e dali pegou um táxi para a casa de Mary. Ela queria reencontrar a amiga e saber como todos estavam. Mas antes de chegar ao seu destino, o táxi passou pela avenida da praia e ela viu que haveria um casamento ali. Então pediu para o motorista parar e deixá-la ali.
Ela continuou caminhando pela calçada na beira da praia. A cada passo que dava se lembrava dos momentos que passou ali com as amigas e até mesmo quando ela ficava sozinha.

Pov. Mary

Okay. Respire Mary...

Arrumei pela última vez minha pulseira, sempre a uso e não seria agora que tiraria.
Estou no altar, muito nervosa enquanto vejo as madrinhas entrarem ficando três de cada lado. Minha mãe esta sentada a poucos passos de mim, junto a meu irmão e pai. Vejo minha sogra entrando e se sentando em seu lugar da mesma forma que minha mãe, mas no lado oposto. Prendo a respiração. A música escolhida por Sophie começa a tocar, calmamente, ao som do piano, enquanto todos os convidados se levantam e viram em direção à entrada da praia, de onde não tiro os olhos.
Passa-se meio segundo, meu nervosismo já está maior. Para então parar de respirar e sentir o coração acelerar quando a vejo na outra ponta. Ela esta linda. Tão linda quanto eu poderia imaginar e muito mais.
Ela vem andando lentamente, seus olhos sempre em mim enquanto em nossos rostos vão aparecendo sorrisos iguais. Apaixonados e felizes de estarmos naquele momento, que planejamos por tanto tempo.
Seguro sua mão quando chega próxima a mim e beijo sua testa sentindo seu perfume, me fazendo se acalmar. E então ficamos lado a lado, de frente ao juiz de paz.
Ele então fala às palavras que escolhemos. Nada ligado a religiões ou estereótipos. Fala sobre sentimentos, sobre o amor, como ele deve ser cuidado, cultivado e espalhado. Como uma relação não pode vir do esforço de um, mas dos dois lados. Que um bom relacionamento não é aquele que nunca tem brigas, mas aquele que não se deixa abalar por discussões e sempre se mantém firme e forte pelo apoio mútuo entre as duas pessoas.
E então vem a parte tradicional.
- Você, Mary Lopes Romanini aceita de espontânea vontade, para amar e respeitar, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, Sophie Fernanda de Melo, todos os dias de sua vida? - Olhei nos olhos da mulher a minha frente, agora na mesma altura que eu por estar de salto por enquanto e sorri antes de responder.
- Aceito.
E então foi a vez dele perguntar a ela, novamente tudo sobre amar e respeitar... Para logo depois a ver sorrir e me dizer, assim como eu, olhando em meus olhos.
- Aceito.
Então veio a troca de alianças, onde todos morreram de fofura ao ver Henry e a Helo trazerem os pequenos círculos que seriam a prova de que isso é real. A troca de nossos votos, para então vir o final.
- Então. As noivas podem se beijar - Ele deu um passo atrás e nós duas sorrimos olhando uma nos olhos da outra.
Suas mãos delicadas seguraram meu rosto enquanto uma minha ia para sua cintura e a outro ao seu rosto enquanto nos aproximávamos.
Sorrio quando sussurramos ao mesmo tempo um "eu te amo", para logo puxar seu rosto com delicadeza e juntar nossos lábios em um beijo simples e delicado enquanto os convidados e nossos amigos batem palmas, gritam e jogam flores em nós.