2-Mas que diabos? O que faço agora?

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Ela é a moça da lenda não é?

Claro que não Dylan, chega dessas tolices.

Ele riu e assentiu.

Claro, mas sabe Lawrence, o nome do marido da jovem que vive na cabana de acordo com a lenda era Michael.

– O que?

Gaguejei, o que o fez rir mais.

– Sim meu amigo, o filho do primeiro duque, se chamava Michael.

– Isso é loucura Dylan.

– Bem seja o que for, ela está ai para provar.

– Ela não passa de uma mulher louca.

– Então chamaremos um médico e a internaremos em um hospício.

– Só sobre o meu cadáver.

Rosnei já imaginando formas de protegê-la, Dylan arqueou uma sobrancelha. Grunhi eu e minha boca.
Diabos!

– Entendi.

Ele sorriu abertamente, com certeza me pegando na minha mentira, afinal essa moça me interessava mais do que gostaria de demonstrar, pensei em chamá-lo novamente para convencê-lo de que ela não era moça da lenda, mas como convencê-lo de algo que nem eu mesmo tenho certeza? Ele chamou os rapazes para o seguirem, assim que sumiram respirei aliviado. Dylan podia ser um parvo às vezes, mas ele era muito mais observador do que lhe davam credito. 

Voltei-me para a cabana temendo um pouco do que encontraria quando entrasse. Camila estavam me deixando louco, suas atenções me deixavam em chamas, mas sua insistência em me confundir com outro homem estava acabando com meu juízo. Respirei fundo mais uma vez e entrei na cabana, como tudo que envolvia essa mulher desde que cheguei aqui e sua casa não era diferente. Apesar de ela viver no meio do mato, seus poucos móveis estavam bem conservados, e sua cabana pequena era quente e aconchegante. Havia uma cama de casal modesta, além de uma grande poltrona próxima à janela, ela tinha também um grande baú aos pés da cama, que imagino é onde ficavam suas roupas. Perto da lareira uma bacia com alguns pratos e copos, havia também uma tina bem grande atrás de um biombo já meio velho e puído pelo tempo. Encontrei Camila ajoelhada perto da pequena lareira, mexendo em um caldeirão que borbulhava com algo que cheirava muito bem, fechei a porta entrando mais na pequena cabana, chamando assim a atenção dela, que sorriu abertamente a me ver.

– Você está aqui.

Se levantou secando as mãos em um avental amarrado a sua cintura.

– Eu não vou a lugar nenhum.

Ela sorriu mais ainda se isso fosse possível, vindo até mim, agarrou minha mão me puxando até a grande poltrona que ficava ao lado da janela. Ela me empurrou para que sentasse, sentando em meu colo, seus braços rodearam meu pescoço sua cabeça pousando em meu ombro, passando meus braços em volta da sua pequena cintura a puxei para mais perto de mim, antes que pudesse me parar.

– Estou tão feliz que está aqui, Michael.

Suspirei exasperado, mas não disse nada, eventualmente ela esqueceria esse Michael e aceitaria que eu sou Lawrence.

– Estou feliz de estar com você também Camila.

Ela enterrou o rosto em meu pescoço e fungou, meu coração se apertou ao ouvir seu choro.

– Eu sabia, sabia que voltaria.

Choramingou agarrando minha camisa como se tivesse medo que eu desaparecesse a qualquer momento. Apertei mais meu domínio sobre ela, a enterrando contra mim até estarmos fundidos, beijei seus cabelos cheirosos com um suspiro de contentamento.

I Will Always Wait For YouOnde histórias criam vida. Descubra agora