GD: Posso te fazer um pedido?
TOP: Depende.
GD: Me dá um beijo?
TOP: Um beijo? Na boca?
GD: Sim.
TOP: Ah, G Dragon, eu não sei...
GD: Só um, por favor...
TOP: Tá bom.
GD: Isso quer dizer um sim?
TOP: Sim...
Capa...
Depois da aula, na parada de ônibus... GD: E foi exatamente assim que aconteceu, TOP. Ele sorriu do meu desabafo, apesar da minha cara de desespero. GD: Porquê você tá rindo? Não ouviu o que eu disse? Minha mãe tá super orgulhosa porque arrumei uma "namorada" que ela ama! Eu não sei o que fazer! TOP: Tá, dizer a verdade pra todo mundo e humilhar essa vadia não rola, né? Então tira proveito da situação, oras! GD: Como assim, cara? TOP: Ora, como assim. Dá uns pega nela, logo. GD: TOP, eu não sou apaixonado por ela. Posso já ter sentido uma atração, mas nada próximo de gostar. Agora gosto menos ainda. TOP: Olha, eu entendo que você não quer decepcionar sua mãe. A única opção é esperar. GD: Esperar o quê? TOP: Essa garota quer alguma coisa com esse namoro. É só esperar que as garrinhas dela vão começar a aparecer pra sua mãe. Mas você tem que ter um motivo consistente pra terminar com ela. GD: Como vou conseguir isso? Ele deu um sorriso sapeca de lado. TOP: Todo mundo tem segredos, GD.
Fui para casa, e Bom já estava lá. Toda de sorrisinhos pros meus pais. Me recebeu com um beijo muito amargo. Pelo menos era o que eu sentia. M: Filhinho, que bom que você chegou! A Bom estava com saudades!
Eu não suporto mais esse teatro.
Foram dois meses e meio de longos passeios de mãos dadas, presentes sem data definida, selinhos forçados na frente de parentes, sessões de cinema entediantes. Eu tinha chegado no meu limite. Não suportava mais fingir ser quem não era. Eu não encontrava uma saída. Estava quase entrando em depressão.
Numa quinta-feira, ás três da manhã, acordo com uma mensagem.
Desconhecido:
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Olha o que sua namoradinha faz depois que sai da sua casa.
Quem é você?
Desconhecido: Alguém que está vendo Park Bom numa boate ás três da manhã "agradando alguns clientes"
Eu não sei quem foi, mas aquela mensagem salvou minha sanidade mental.
No outro dia, cheguei da escola ansioso. Lá estava ela, se fazendo de santa. Terminei com ela na frente de todos, e aquilo foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida. Mostrei a foto, e Bom estava demitida. De acordo com minha mãe, ela estava usando meios "anti-profissionais" para conquistar os clientes.
Me sentia livre, me sentia leve. Precisava falar com TOP.
