Anéis

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Fui para a escola ansioso com o que aconteceria. Subi correndo as escadas para acordar TOP na sala. Quando cheguei, ele já estava acordado.

TOP: Preciso conversar com você.

Não gosto quando ele fala assim. De qualquer forma, já sabia o que ele ia dizer, e meu coração se entristeceu. Passei o dia inteiro triste, apesar do comeback do BTG. Até pras meninas eu tava sem clima. Os meninos estavam pirando, mas sabe quando você percebe que a pessoa está sorrindo muito pra disfarçar? Assim que TOP tava.

Na saída, fomos para a parada, como sempre. Tinham muitas pessoas por perto, por isso ele esperou ficar mais vazio.

TOP: Acho que você já sabe o que eu vou dizer, né?

Já comecei a chorar.

TOP: GDragon, não chore, por favor. Eu não posso beijar você.
GD: Porquê não? É só um beijo! Depois eu vou embora e ninguém precisa saber!
TOP: Porquê eu não gosto de você!!

Eu já sabia disso. Mas ele nunca havia dito daquela forma. Por isso eu dei uma pausa pra me recuperar.

GD: Eu sei que você não gosta de mim. Não precisa repetir isso.

Minha voz era quase como uma súplica. Seus olhos marejavam, mas ele piscava para que eu não percebesse.

Ficamos calados por um longo tempo, até que ele quebrou o silêncio.

TOP: Me perdoe, Jiyong.

Ele só me chamava pelo nome quando era sério.

Do nada, começou a caminhar até um vendedor de bijuterias que vendia na porta da nossa escola.

GD: Espere!!! Aonde você vai?!

Fui até ele.

TOP: Então me dê dois desses de metal, por favor.

Ele pegou minha mão esquerda com muito cuidado, e colocou o anél em meu dedo anelar.

TOP: Para que me perdoe. E nunca esqueça de mim quando estiver em Daegu.

Peguei o anél e coloquei na mão dele.

GD: Para que você pare de iludir as pessoas.

Isso era pra soar sério, mas não aguentamos e acabamos rindo. Não me julguem, se conhecessem TOP veriam como foi engraçado.

TOP: Isso parece cena de Drama.
GD: Verdade, só faltou uma música dramática.

Fui pra casa sorridente, apesar de tudo. Foi como se tivéssemos nos casado, mas eu sei que a intenção dele não foi essa. Não sou tão iludido assim.

M: Filhinho, semana que vem é sua última semana de aula, né?

Nem tinha me tocado pra isso.

GD: Sim, mãe.
M: Ok. Nós vamos só esperar você terminar o ano e vamos partir. Não posso perder tempo de trabalho lá na filial em Daegu, estão precisando de mim.

Aquilo foi um choque que me fez voltar á realidade e lembrar da minha situação. Agora não adiantava mais chorar. Tinha pouco tempo pra arrumar minhas coisas.

M: Ah, filho! Mais uma coisa: a vizinhança preparou uma despedida para nós, você quer ir?

Não tinha nada melhor pra fazer, e achei que seria desfeita com as pessoas que arrumaram tudo faltar.

GD: Sim, mãe. Vamos todos juntos.

Ela sorriu satisfeita.

Chegando lá, havia um banquete esperando por nós. Muitas homenagens e muita comida depois, um rapaz bem novo e engomadinho veio falar comigo.

S: Eae, cara. Tô sabendo que você vai embora. Boa sorte lá na sua nova cidade.
GD: Ahh, obrigado......er... Desculpe, não sei seu nome.
S: Meu nome é Seungri. Sou seu vizinho desde que moramos aqui, mas nunca nos falamos por falta de tempo. Minha mãe acabou de me avisar que você mora do meu lado.

Rimos muito disso. Ele expressava uma inocência no olhar e no falar. Não sei se era verdade. Conversamos muito sobre vários assuntos aleatórios

GD: Cara, eu acho que devíamos ter nos conhecido antes.
S: Verdade. Você parece uma boa pessoa.

Nossas mães vieram falar conosco.

M: Que bom que estão se dando bem, filho! Já que Seungri vai para Daegu também.

Ele me olhou confuso.

S: Pera, sua mãe também foi transferida pra Daegu?
GD: Sim, parece que vai ter que me aturar por mais tempo, Jerry.

Chamei ele de Jerry porquê ele era pequeno e inocente. Sentia vontade de protegê-lo do mundo, entendem?

S: Então, nos vemos em Daegu, Tom?
GD: Com certeza, Jerry.



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