A Marcha Dos Antigos

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Depois da cena trágica e da perda de Gutierrez,continuamos nosso caminho,pois lamentar não mudará o passado.
Continuamos andando,agora todos calados,o frio da noite no deserto corroía nossos passos,apenas as estrelas nos observando,foi realmente lindo,a noite no deserto é bem mais bonita do que a noite na cidade com tantas tochas acesas.
Durante a madrugada encontramos mercadores no deserto,eles nos convidaram para descansar ao pé da fogueira,eram uma família,entre eles comerciantes e mensageiros,todos eles estavam indo para a mesma cidade que a nossa, então resolvemos ir juntos.
A caminhada foi longa e calma,nossos amigos alegraram as coisas com músicas e histórias,o que veio numa hora muito boa.
Fomos bem recebidos na cidade,porém a cidade não parecia estar em seus melhores dias,muitas casas estavam destruídas ou em chamas.
Caminhamos até um posto fronteiriço de Qubba,pedir novas armas e suprimentos,mas tivemos uma noticia chocante.
Qubba está sofrendo cerco, está convocando todos os aliados e pessoas que se disponham à luta, então eles não nos deram armas nem suprimentos,mas nos obrigaram a lutar em Qubba,mesmo sabendo que seria suicídio.
Sem opções, não pudemos nem descansar, lá estávamos caminhando nas areias novamente.
Uma tempestade de areia passou perto de nós,pelo menos não fomos arrastados novamente para lugar nenhum.
O sol brilhava muito,um brilho cegante,mas um objeto que se aproximava de nós abriu nossos olhos,os demônios maculados,como os sábios falavam, demônios de ferro com armas,nunca tinha visto um antes,quanto mais dois,os sábios diziam que eles eram dos antigos,e que são uma das poucas coisas que sobreviveram a chuva de aço.
Conforme eles se aproximavam,mais aterrorizados todos ficavam,eles eram gigantes,cobertos de areia,e soltavam uma fumaça preta sufocante,eles passaram do nosso lado,mas tinha um porém,um deles carregava uma gaiola com pessoas dentro, nós tínhamos que ajudar, Jamesh jogou sua lança no único olho que a besta tinha,ela estremeceu em dor,a gaiola caiu de suas mãos e os prisioneiros puderam fugir,a besta desesperada começou a atirar em todas as direções,matando seu companheiro e dando chance para nós fugirmos.
Depois dessa ação inconsequente,continuamos andando,pasmos mas orgulhos por matar uma besta de aço.
Seguindo nosso caminho,um dos prisioneiros dá besta veio correndo ao longe,resolvemos esperar por ele, além de descansarmos um pouco,depois de um certo tempo,ele nos alcançou,ele estava muito agradecido,e queria entrar para o nosso grupo,o que era a última coisa que queríamos no momento,mas ele disse que lutou em Qubba,e que tinha uma dívida conosco, então resolvemos aceita-lo.
Ele nos disse que aquelas máquinas lutam para o exército de ferro,que são controladas por homens que ficam numa gaiola em cima dela,e que ela são muito resistentes,e elas estão no cerco de Qubba,quando ele foi capturado,Qubba estava quase caindo.
Mesmo com essa notícia continuamos nosso caminho,pois nós não caminhamos tanto para nada,quem sabe Qubba conseguiu resistir mais um pouco?
O caminho foi longo,o jovem "recruta" ficou calado durante muito tempo,acho que era timidez,ele brincava com uma faca que nós demos a ele, não demorou muito para cortar sua mão.
A noite chegava e o recruta não falava nada,quando paramos resolvi começar um diálogo:
- Olá, você pode falar seu nome? - Eu falando
- Ham,oi,eu sou o Kaleb,e você,quem é? - Disse o recruta
- Eu faço as perguntas aqui,por que você veio atrás de nós?
- Eu já disse,eu tenho uma dívida com vocês
- Entendo,bem vindo
Depois de uma conversa amigável,dormimos tranquilamente.
Na manhã seguinte,nosso recruta já tinha arrumado nossas coisas,acho que ele queria levar tudo e nos deixar perdidos no deserto,mas não era momento para paranóia, então continuamos andando.

The Breath Of DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora