O.V.A Memorias Esquecidas #2

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Depois que acordei,ouvi a voz de meu pai,eu ainda estava fraco,ele falava com alguém,mas logo eu adormeci novamente.
Eu acordei depois de um tempo, não sei bem quanto,ele chegou em meu ouvido e falou:

Oficial da guarda
- Eu vou te soltar, você tem sorte de seu tio ainda gostar de você,diferente de toda a família,se dependesse de mim,suas costas não teriam mas ossos para quebrar.

Governador Kohl
- Eu disse para deixar meu sobrinho em paz,saia desta sala,ou serei obrigado a retira-lo a força.

Oficial da guarda
- Certo,mas saiba que não podes mais contar com sua família,nunca mais.

Depois do que meu pai falou,eu desmaiei novamente.
Acordei,desta vez com meu tio ao meu lado,ele havia trazido uma amiga minha,disse que ela queria falar algo comigo,eu já sabia quem era e já sabia o que ela queria.
Ela chegou perto de mim,e sussurrou em meu ouvido.

Lea
- Você não falou nada para eles, não é?

Eu
- Como pode perguntar isso, não vê que eu quase morri,se é que eu ainda não irei morrer.

Lea
- Isso significa que você não falou, não é?Pois eu não vou ficar presa aqui,e se você falar,daqui você não sai vivo.

Eu
- Eu não falei,certo?Eu também não quero ficar aqui,mas eu quase falei,se eu tivesse forças eu teria falado.

Lea
- É,mas agora você não está mais sendo chicoteado,e seu pai não pode mais encostar em você,mas eu posso.

Eu
- Se eu conseguisse me mover,eu estaria te enforcando até a morte,e aposto que meu tio não iria deixar que me levassem.

Lea
- Não ligo,agora finja que está tudo bem,tem alguém vindo.

Governador Kohl
- Tudo bem aqui sobrinho?

Eu
- ... Está,tudo.certo por aqui...

Lea
- É, nós estamos apenas conversando.

Meu tio sai,e Lea sai também, finalmente,a companhia dela me dava nojo, não acredito no que fiz por ela,se eu pudesse me mover.
O cansaço me dominou,apaguei denovo.

Fiquei meses na clínica da prisão me recuperando dos ferimentos,e Lea vinha quase todo dia,conferir se eu não tinha falado nada,mas o dia em que eu pude sair chegou,e eu fui atrás dela.
Eu a encontrei numa casa que ela tinha comprado,cheguei a noite e arrombei a porta.

Lea
- O que você está fazendo aqui?

Eu
- É hora de acertar as contas,sua desgraçada.

Lea
- Acalme-se,deixe isso de lado, já passou...

Eu
- Já passou?As horas que eu fui torturado?E os meses que eu passei na clínica?

Lea
- Já passou, esqueça,me perdoe.

Eu
- Perdoar?Como eu poderia?Eu vou me vingar.

Nesse momento eu puxo um revólver de meu coldre,ela começa a chorar, então eu atiro seis vezes,dividos entre a barriga e o peito,ela caiu no chão,seu sangue escorreu,mas ela ainda estava viva,eu sai de sua casa,dois homens de meu tio esperavam-me na porta,fui embora antes que os vizinhos saíssem para ver o que havia acontecido.

The Breath Of DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora