Hora de voltar

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Boa leitura!

Pov Isabella Sofia

– E agora pirralha, você vai voltar para os Jauregui? – Tio Chris perguntou.

– De jeito nenhum. Você sabe que mamãe é mais importante. – Estava na cara isso.

– E se... – Laura ficou em silêncio assim que tio Chris e eu viramos o rosto para encará-la.

– Se? – Incentivou meu tio.

– E se vocês tentassem levar Mila com vocês?

– O que? – Tanto meu tio quanto eu falamos ao mesmo tempo.

– E qual é a chance dela ir conosco? – Questionei.

– Poucas, mas se você estiver junto.

– Olha, não é por nada, mas não sei se ela vai querer. Porém vou deixar uma coisa claro aqui. Eu não vou deixar minha mãe! – Queria deixar bem claro isso.

Laura riu.

– Tenho certeza que não, querida.

Eu estava há uma semana aqui, e não tive muito progresso com mamãe. No primeiro dia de conversa, quero dizer no primeiro dia que eu tive meu monólogo. Sim, isso mesmo, porque mamãe não abriu a boca nenhuma vez. Ela só ficou lá escutando, escutando e escutando. Sinceramente eu acho que ela foi educada em não me mandar calar a boca, porque só depois que eu terminei de falar que percebi como estava falante, não que eu converso pouco, mas confesso que dessa vez exagerei e acho que é por isso que ela não fala quase nada em nossas conversas a não ser um “obrigada” aqui ou “não tem problema” ali. Com exceção de uma vez que ela ficou curiosa com a cor dos meus olhos e quando respondi que era porque me alimentava de animais senti ela ficar desconfortável com o que falei, mas isso era normal para qualquer um que se alimenta de humanos.

Eu acho que ela evitava falar mais para não estender meu falatório ou porque ela não queria papo comigo.

Mesmo assim eu não desisti e isso nem passa pela minha cabeça, só espero que ela não exploda de irritação com meu falatório. Laura acha que eu estou tendo progresso, e eu não acredito em nada do que ela disse.

Bom, depois disse um dia depois tio Chris chegou e ai que foi uma loucura. Por quê? Simples, a mamãe de agora nunca viu lobisomens ai já viu né!

Flashback On

– Christopher tem certeza que acha uma boa ideia falar com ela agora? – Simon perguntou tentando acompanhar os passos largos do titio e eu acompanhava o ritmo deles.

– Ela é minha irmã, Simon. Se ela recebeu Sofi tenho certeza que vai me receber, eu já vi ela assim uma vez e minha irmã não fez nada.

– Mas você não está pensando direito, dessa vez ela não se lembra que você é seu irmão.

– Marcus disse que ela de certa forma reconheceu Sofi.

– É porque ela me ama tio! – Falei revirando os olhos.

Ele me olhou de esguelha e me empurrou com seu ombro.

– Saiba que ela me ama mais que você.

– Não ama não. – Disse convicta sorrindo.

– Ela me ama dezoito anos a mais que você, então me ama sim. – Ele voltou a olhar Simon – Então Simon não se preocupe que ela não vai fazer nada.

– Deixe irmão, eu quero ver como vai ser o encontro deles. – Antônio disse com um sorriso estranho.

Estreitei os olhos na sua direção e assim que ele me viu encarando-o piscou com um olho para mim. Não pude deixar de sorrir, aí tinha. Eles com certeza tinham um motivo para essa preocupação.

A Primeira Eterna - Livro II - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora