Um Após - Bônus Especial

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A primeira vez que pensei em escrever esse capítulo, eu planejei muitas coisas pra ele. Porém, iria ser necessário uma grande lista de detalhes e se eu fosse dar todos, nós não teríamos uma 3ª Temporada. Fernando e eu esperamos que vocês gostem e que comentem MUITO, porque isso faz com que a história seja conhecida por outras pessoas.
Nós também queríamos agradecer todo o amor e carinho que estamos recebendo de vocês, desde a primeira temporada, a segunda e o bônus. Essa história não teria se tornado isso tudo sem vocês, muito obrigada mesmo.
Amamos vocês.

Boa leitura!

Pov Alice Cabello Jauregui

Minhas pernas pesavam, mas eu não queria parar de move-las, tudo o que meus olhos viam era um borrão branco, mesmo que tivesse frio o meu corpo soava e eu começava a sentir náuseas e o ar se tornar escasso nos meus pulmões.

Eu queria correr o mais longe que eu poderia ir, mas cheguei em uma parte da floresta em que tudo o que eu vi foi a neve cair e algumas árvores altas.

Então, como se todo o ar em minha volta tivesse chego ao fim, minhas pernas fraquejavam e mesmo contra minha vontade, cai de joelhos na nele. Eu puxava o ar de forma rápida e desesperada para os meus pulmões, mas eles pareciam estar em um processo lento e bastante doloroso de rejeição.


Eu estava sufocando pela falta de ar. Minha cabeça começava a rodar e eu sentia que ficaria inconsciente à qualquer momento.


Eu não estava respirando direito.

De modo desesperado, comecei a caçar pelos meus bolsos a bombinha, mesmo sabendo que ela não estava comigo, devido aos anos que eu não precisava dela. Poderia até mesmo ouvir a voz da minha m... A voz de Lauren para me lembrar de carrega-la sempre comigo. Me joguei de costas na neve e percebi que eu morreria ali, perdida em um lugar desconhecido e que talvez, no verão eles achassem meu corpo... Isso se algum urso não devorasse meus restos mortais. Quando eu estava fechando meus olhos, senti alguém carregar meu corpo e colocar um pequeno tubo nos meus lábios.


— Puxe! — a voz grogue de alguém ordenou.

Meu cérebro não conseguia reconhecer aquela voz e nem fazer o que pediam, mas por alguma razão meu corpo começou a ir por conta própria. Meus lábios sugavam de forma pesada todo o remédio que continha dentro da bombinha, meus olhos que antes estavam marejados começou a ganhar foco e quando isso aconteceu, conseguir finalmente entender quem estava do meu lado.

Eu estava nos braços de Lauren enquanto Camila segurava a bombinha na minha boca. Eu senti medo, meu corpo tremeu um pouco, mas eu não sabia dizer se era por causa do frio ou saber que eu estava perto... Delas.


— Você não precisa sentir medo! — Lo disse e eu olhei para ela. — Nós jamais iremos machucar você, filha.

Tudo em nossa volta era silêncio, Camila não me encarava. Até que finalmente consegui sentir o formigamento nos meus pulmões passar, entendi que não precisava mais da bombinha, ela a removeu e a segurou firme.

Lauren me carregou em seus braços como se eu fosse um bebê recém nascido e não uma adolescente de 16 anos com 58 quilos. Talvez eu estivesse magra demais.

A Primeira Eterna - Livro II - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora